Ainda muito pequeno,
nos confins da minha infância
na Bahia que já foi
a terra de Santa Cruz,
nos caminhos daqueles
tempos tão idos, de um
povo mais católicos,
e menos caóticos, andava.
Pelos caminhos pintamos
e bordamos capelas e cruzes.
As capelas no alto, para serem
vistas de longe, passeiam
por elas serpentes e grilos,
a noite vaga-lumes vagueiam
a iluminar... Dizem que tem
almas vivendo por lá!
Caminhos, um risco no chão
cortando o Sertão. Encruzilhada
e cruzes pelos caminhos E
eu passava por lá Sentia um frio,
danado, oh Jesus! me benzia e rezava
o credo. Eu tinha medo de cruz..
Diziam o povo católicos:
aquela capela é malassombrada!
tem almas penadas vivendo
por lá e desafiava: eu quero
ver quem vai lá meia noite
e diz; Eu vim aqui por aposta,
não vou voltar sem resposta.
Eu era um menino veio
não tinha medo de nada,
matava baratas e cobras,
nadava em aguas profunda,
montavas em cavalos e jumentos,
galopava em avestruz, mais
tinha medo de cruz.
Alguns homens destemidos
valentes, sem medo aceitava
a aposta. E ia... Voltava branco,
tremendo, borrado, acabado,
sem fala, batido, sem balas
na agulha, na agulha.
FIM.
Texto de Euflavio Gois Lima.
AGOSTO DE 2014-São Paulo-BR.
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