domingo, 31 de julho de 2022

Eastradas Reais, 182, 183, 184, 185, 186.,187 

Livro Revista.

 Algo Sobre Anália Franco.


              Anália Franco nascida em Rezende Estado do Rio de Janeiro em 1856, filha de uma Professora, se formou professora também, trabalhou auxiliando sua mãe, depois se mudou muito jovem pra São Paulo, onde viveu toda sua vida lutando pelos pobres ex escravos e ou ex escravizados, órfãos dos tempos tão difíceis, pais que morriam de todo tipos de doenças e até e principalmente  de picada de cobras que tinha como o Diabo naqueles tempos. Aqui em São Paulo onde ela se instalou com o seu  ''Quartel General em mente já prontinho'' ficava no Tatuapé: Também conhecido como Caminhos do Tatu. A sede de todo seu projeto de vida. Naquele tempo Tatuapé era uma grande extensão de matas Atlântica e terras alagados no vale do Tiete. Anália Franco nasceu em 1856. como já disse. sua mãe Professora como já disse também. De coração generoso se comoveu com a causa dos negrinhos filhos da Lei do Ventre Livre que eram jogados pra fora dos limites das fazendas onde seus pais eram escravisados, sem dó ou piedade, ao contrario do que diz a história,  Professora Anália Franco simplesmente recolhiam e passava a dar-lhes educação-os, e dando -lhes profissão alimentando e vestido, cuidando da saude.  Anália Franco  comprou sem um tostão furado do Padre Diogo Antonio Feijó uma gleba de terra, na parte alta do Tatuapé o sitio, pode se dizer um Chácara  Fazenda que logo transformou as capoeiras dali  e parte de mata Atlântica no seu quintal. Ali criou uma sementeira e ali produzia verduras e frutas de todas especies existentes na época com laranjeiras, abacateiros, e até cana de açucar. Um belo lugar para colocar os seus protegidos e dar lugar para trabalhar, continuava a recolher negrinhos e negrinhas como já disse filhos da Lei do Ventre Livre pelas Estradas Reais por onde passasse aquela mulher extraordinária. Mulher mais de cem anos a frente do seu tempo  hoje essa mulher linda e maravilhosa podia com certeza ser perseguida pelo conselho Tutelar da vida. Anália Franco  foi incansável, na busca de crianças abandonadas nas Estradas Reais. Essas crianças filhos de negros escravisados eram soltos ainda pequenos indefesos, se escondiam como bichinhos em todo o Brasil, mais só os daqui ela recolhia e os alimentavam.



                                                                                                                                           pg.182.

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              E os Barões do café? esses com suas mulheres Baronesas: há esse não cometeram crimes nenhum eram apenas negros, negros intendeu? Hoje esses mostros ganharam nomes de Ruas, retratos em notas de cem, pontes e estradas. As Baronesas essas viviam dentro das igrejas Católicas que eram Coniventes com a situação dos pobres assim como hoje, salva-se o Padre Julio Lancellot. Essas mulheres atiravam pedra na grande Dama por onde passava, por ser Espirita, também a Igreja onde era xingada, virava-lhe as costas. Anália Franco saia pessoalmente com seus mais de trinta alunos a pedir esmolas em festas de Igreja  para alimentar seus negrinhos e negrinhas, era preciso  para manter as escolas  reunidas na Capital e escolas isoladas no interior.  A obra de Anália Franco se resume em Fundou um sitio Fazenda de 75  alqueire de terra que comprou sem um tostão furado, como já disse, criou ali  ''A Colônia Regeneradora'' Don Raimundo. Á obra toda constitui em 71 Escolas, 2 Albergue,  1 Colônia Asilo, 23 Asilos para crianças Órfãs.  Anália Franco morreu em 1919 em São Paulo foi. Acredito que dona Anália Franco soltava muitos pescadores no Rio Tiete para pescar para ajudar na  alimentação dos seus protegidos. O RiaTiete era grande criadoro de peixes de varias especies. Acredito que ainda tenha vivos por ai bisnetos e tataranetos daqueles negrinhos e negrinhas recolhido  e educado   por aquela senhora. Os distritos de Vila Formosa e Tatuapé naquela época era uma grande coxa de retalho com fazendas e sítios espalhados por sobre ele. Chácaras de criadores de cavalos e mulas para também abastecerem as tropas de cargas pelos arredores e Minas Gerais. Também tinha grandes fabricantes de carros de bois e fabricantes artesanais de selas e arreios. Os tempos eram Românticos de mais diga-se   de passagem. Nesse meio tempo chega a construção da Ferrovia Central do Brasil trazendo com ela um grande empreendedor chamado Brás cuba, consta nos altos  que ele próprio adquiriu grade gleba de terra do lado se cima da ferrovia e fez o primeiro loteamento. isso já na virada do Século.



                                                                                                                                         pg.183.

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               Tatuapé bruto media pra mais de 35 km quadrado, antes nas décadas de 60 e 70 as estações eram a Quinta e a Quarta parada que servia esse simpático. Conta que o prédio de apartamento mais luxuoso de São Paulo e o Anália Franco no Tatuapé, uma curiosidade na década de 40, 50 era daqui que saia os carroções puxado por mulas para fazer a coleta de lixo dos bairros mais centrais da cidade de  de São Paulo. Um  progresso  absurdo para São Paulo e o Sul do Brasil. Ganhavam a vida, o sustento outros na Arte de ferrar, por ferraduras nos burros e cavalos,  outros eram ferreiros que faziam as ferraduras e outros tipos de ferragem,  nas oficinas de ferreiro, também tinham os Grandes ferreiros Artísticos, os Italianos e os Espanhóis que chegaram depois eram ótimos na Arte de na manipulação do ferro, conheciam bem os fornos de fole e as bigornas. Ferreiro habilidosos foram os responsáveis, construções  grandes portões para os Palácios e mansões dos Barões do Café. nesse meio tempo vem a inauguração da ferrovia com suas Locomotivas movidas a lenha trazendo muito progresso e fazendo desaparecer partes das tropas de burros, e dos viajantes que passaram a viajar de Trem os que não tinha medo.  Aos poucos as ferrovias foram se esparramando pelo Brasil todo de Norte a Sul, de Leste a Oeste. e assim foram também desaparecendo um pouco das Estradas Reais. Eu continuava ali sentado a beira do caminho pensando nesse Brasil de um Século e meio a traz. por mais de uma hora eu ali escrevendo na mente via nítida A senhora Anália Franco montada no seu alazão ou na charrete vindo de la e de cá vermelha que nem um camarão na sua lida diária  destemida enfrentando os perigos da época que não eram poucos  Estradas Reais. Nesse meio tempo conheceu alguns Republicanos Abolicionistas de Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, que conheceu por acaso.  E que fez amizade. Figuras como o Poeta Castro Alves, Joaquim Nabuco, e outros Abolicionistas, conhecendo uma figura aqui  outra ali os seu negócios iam se expandido pelo interior, por algumas cidade do vale do paraíba que ela tinha que estar também presente.


                                                                                                                                         pg.184.

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As mulheres da sociedade daquela época não gostava nem um pouco dela por ela ser Espirita e também por ela esta sempre pedindo ajuda para manter alimentado um exército de meninos e meninas pobres e órfãos encontrado nas estradas paulistas abandonados.  No projeto dela tinha já constava escola de Arte, faziam flore de papel, ela abriu  um Armarinho lojas de enfeito e uma escola no Largo do Arroche. Nas Escolas dela eram formados os professores, os Artistas, os músicas, os Atores que eram distribuídos nas Escolas da Organização para trabalharem.  Anália Franco morreu em 1919 em São Paulo cidade que ela adotou no coração. Cheguei em casa exaurido todos estavam doidos a minha procura quando cheguei de alma lavada enxaguada.  Hoje dia 28 de Setembro aniversario da Lei do ventre Livre, pouco destaque a essa data, fique a observar o destaque, mais não ouvi nada sobre a falta de humanidade dos senhores de escravos, nada sobre o que eles mandava fazer, soltar os pequenos nas Estradas Reais longe dos limites. das suas Fazendas de Café ou de outros  cultivo como A cana de açúcar, não ouvi. 


Texto do meu Livro ''ESTRADAS REAIS''LIVRO REVISTA.


 Poesia.


                                            Entro de cabeço nos meus melhores sentimento 

                                                     E vou em busca da semente da Arte.

                                                               Vou de corpo e alma 

                                                      Fico minutos até horas em silêncio

                                                             Acordo e grito estou aqui 

                                                             Vim buscar algo pra fazer.

                                                         E esse mundo do lado esquerdo

                                                  De mim me responde pega na minha mão

                                                    Me fala: pegue um formão uma Goiva

                                                          Pegue alguma coisa para bater 

                                                          Pegue uma prancha de madeira 

                                                          pare de cortar, de tira os exerço

                                                Salve o que sobra que é sua Arte .


                                                                            FIM.

                                                                                                                                       PG.185.

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Estradas Reais. 

Livro Revista..

UM POVO SÓ SE DEUS.


          Tenho dificuldade de intender o nosso povo. As vezes acho que não somos um povo somos indivíduos únicos, cada um na sua solidão, somos cada um pra si, como o mais solitário Gato. Somos Gatos somos Borba Gato moderno, elegemos elegemos Raposas para . para nos Governar. Políticos que nunca leram um livro, de história  do Brasil, Políticos analfabetos Políticos, temos aqui Juízes que nunca leram um livro eleitores analfabetos políticos  e analfabetos mesmo. Políticos que nunca leram um livro. Vivemos a maior derrota. Somos do Hemisfério Sul. Podíamos ter criado uma classe trabalhadora nos trezentos anos de escravidão, não criamos e facilitamos a vida de traficantes de pessoas negras para serem escravizadas aqui. Com tanta mão de obra nascidas aqui. Como pode o Brasil adotar a mão de obra tão desumana? e a Igreja Católica o que fez? O Brasil ia buscar mão de obra nas florestas, os Padres da Companhia de Jesus ajudava nessa missão de escravização de Indios a mesmos coisa que Evangélicos fazem hoje, vergonha!  Com  essa pratica a pobreza só aumentava, o trabalho não era remunerado. o povo pobre tinha dezenas de filhos, mais o trabalho era feito por um povo escravizado vindo da Africa. Tínhamos Rui Barbosa, tínhamos Joaquim Nabuco, tínhamos grandes brasileiros. Os escritores Machado de Assis, José de Alencar. Tínhamos José do Patrocino, As fazendas podiam ser tocadas por trabalhadores assalariados,  não tinha sido cometido tantas injustiças contra o povo da Africa. Milhares de homens negros foram atirados no mar. Mamãe Africa por quer entregou os seus filhos aos homens Europeus, por que  colocou seus filhos nos Navios Negreiros?  Saudo você Zumbi dos Palmares, Saudo os seus Guerreiros sua luta sua Fé. Filho de Rainha veio para no Brasil para ser escravizado por Europeu, ele era Principe, fugiu e criou o Quilombo dos Palmares, chegou a acolher perto de Cinquenta mil irmãos, entre negros e brancos procurados, perseguidos. E preciso que se conte a história desse Brasil se não uns e outros vão ter Estatua gigantesca lhe homenageando.  história tem, precisa ser recontada.



                                                                                                                                          pg.186.

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Um país tem que ter uma história. Domingos Jorge Velho Bandeirante assassino, contratado pelo Governo para caçar e extermina-lo coisa que ele sabia muito bem como fazer. Na escola nos ensina a ver Domingo Jorge Velho como o Herói. Zumbi há Zumbi o bandido. No que ouvimos dizer, nós o povo branco dizem que somos quase todos bis netos ou tataraneto de Senhores de Engenho, minha mãe falava todo orgulhosa que era. Nos os mais alfabetizados não temos vergonha. Os nascidos da década de 40  pra traz tiveram seus pais analfabetos, por eles seus pais também não tinham se alfabetizado não tinha, por que só as Elites que podia pagar para estudar muitos iam estudar na Europa. O absurdo é tão grande que as Universidades publicas são ou foram feitas para ricos se formarem em Medicina, Engenharia, Direito.  O povão, esse não tem e nunca teve direito  a nada, não conhecem os sabores da vida. Perambulavam atoa nas Estradas Reais pelo Brasil a fora, muitos Negros escravizados fugiam e se escondia noa lugares mais profundo do território nosso, ali formavam os Quilombo. Navios Negreiros cruzavam os Mares carregados de almas, se precisasse sua carga eram lançadas no mar, numa tormenta muito homens negros foram lançados, um acorrentado ao outro. Anália Franco mulher generosa não aceitava a escravidão de um povo, um povo que só por ter a pele negra fora subestimados sem dó e piedade pelo povo de pele branca e de coração escuro.

 










                                                                                                                                      pg.187..

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Estradas Reais. 187,188,189, 190 191 192, 193, 194.

 Um pouco mais de Anália Franco


          Cadê os Padres? cadê as pessoas de bom coração? Pois é! Os Famosos Barões do Café e suas lindas Esposas faziam isso. Aqueles Negrinhos e Negrinhas não tinham nenhum valor comercial. Lembro do Barão do Itapetininga, Barão do Ladário que viraram nomes de Ruas importantes, Barão do Rio Branco, Barão do Raio que o parta... Será que fizeram isso?  há como hoje eles negaria tudo, faríamos também, porque não somos melhores do que aquelas gentes de 1800, 1750. C Aquela gente só estava vivendo o seus tempo, o que era costumeiro fazer. Relembrando que tinha lido a algum tempo sobre essa magnifica mulher ''DIFERENTE'' de um coração limpo, bondoso, mulher linda andando e resgatando Negrinhos abandonados a própria sorte, que por sinal era tão pouca a sorte... Ela era odiada pelos Padres e Pastores que por sinal eram poucos, não tinham com o Diabo. Não tinham. Odiado por  ser Espirita, praticava o Espiritismo. Se tornara Escritora, escreveu dois Romances, e criou uma  Revistas, foi Poetisa, em São Paulo recebeu apoio dos Abolicionistas e Republicanos, sem nenhum tostão comprou  uma fazenda de  75 Alqueire de terra, mata Atlântica e capoeira sem fim no distrito de Vila Formosa, um sitio, uma Chácara. Acredito que ela tenha adquirido essas terras do Padre Diogo Antônio Feijó. ''O Regente Feijó'' que vivia solitário no  casarão junto a senzala e  Anália Franco transformou tudo num ''Paraíso Verdadeiro'' e entrou pra dentro com os seus  seguidores, colaboradores e transformou tudo em plantações para abastecer suas lojas que já eram duas, o seu grupo de seguidores e seguidoras, já contava no momento de fundar essa Associação com vinte mulheres. Em 1901 fundou no Largo do Arouche  a ''Associação Feminina Beneficente e Instrutiva'' no dia 17 de novembro de 1901. Teve um momento na vida dessa brava mulher, que ela pegou os seus alunos, Negrinhos e Negrinhas mais de trina e foram pra Rua pedir esmola pessoalmente, Numa festa de Igreja todos olharam torto. Para alimentar seus negrinhos. Em 1903 passou a publicar uma revista 'Á voz Maternal'' com uma tiragem de 6.000 exemplares, impressos em oficinas própria. 


                                                                                                                                         pg.187.

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Mantinha Escolas Reunidas na Capital e Escolas Isoladas no Interior. Fundou ali no no sitio Anália Franco ''Colônia Regeneradora D. Romualdo''A obra toda constitui  em 71 Escolas, 2 Albergues, 1 Colônia Asilos , 23 Asilos para crianças órfãs, 1 Banda de Musica Feminina, 1 Orquestra, 1 Grupo Dramático, Oficinas, de Manufaturas de chapéus, Flores, em 24 cidades do Interior e Capital. Essa Gigante morreu em 20/01/1919 em São Paulo. E as meninas de hoje só conseguem gostar de Gatos. Me levantei e fui embora pra casa, cheguei em casa estavam todos me procurando em todo lugar, mais cheguei em casa de alma lavada e enxaguada. São Paulo era em pequena cidade, importante só pelo Café produzido e Exportado para Europa e Estados Unidos.  

 

                                         ''O SINO'' 

                                Não sou fácil 

                                Não sou 

                                Sou teimoso

                                Sou pra frente

                                Sou da terra quente

                                Eu sou é gente.


                               Sou renitente 

                               Sou linha de frente

                               Na paz sou bandeira branca

                               Na guerra sou casamata

                               Sou trincheira

                               Na Igreja sou o Sino.


                                        Fim.     E. Gois. 



                                                                                                                                          PG.188.

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Estradas Reais .

Livro Revista.

                                                                                                          

             Com meia dúzia de Barões do Café, de um lado, do outro lado centenas de flagelados: Índios e Negros escravos, alguns Nordestinos fugindo da seca, da Guerra dos Canudos e chegando aqui a pé tentar a sorte nas colheitas do Café e no corte da Cana de Açúcar. ficavam onde hoje é o Museu do Imigrante esperando que agentes de Fazendeiros do interior vinhecem escolher-los para levar para o trabalho na lavoura, ocupar o lugar vagos que os ''escravos'' tinham deixado'' se acotovelavam com os Italianos que chegavam aos montes no Brasil. No inicio do século dezenove 19. Pronto falei. Chegado os anos 60 eu só pensava em vim pra São Paulo para trabalhar, ganhar meu dinheiro para gastar, comprar roupas, fumar cigarros fino e beber bebidas boas era o que eu pensava. Eu tinha um cabrito crescendo rápido na Fazenda do Sr Zacarias Bonina que ia ser a minha passagem assim estava escrito. Eu continuava trabalhando como aprendiz de sapateiro sem ganhar nada, mais interessado em ser um sapateiro de Luiz XV. sempre sonhei alto. Estava prestes a largar tudo: Minha Mãe com meus irmão e amigos, iam ficar sem mim em breve pois eu tinha um sonho que não podia esperar. E assim foi. Em 61 larguei tudo e vim sem nada, sem documentos que era o principal não podia ser esquecido de tirar esquecemos isso foi uma derrota eu lembro. Conseguimos as duras penas tirar todos aqui, agora com todos os documentos eu estava pronto para me F durante quarenta anos sem respirar, só na primeira empresa me roubaram um ano de registro em carteira, me enrolaram um ano.  Com um ano em São Paulo eu já estava sabadinho, chegou minha Mãe e todos os meus irmãos pequenos, recebi eles com o coração aos pulos de alegria. Dai pra frente eu só fui feliz, eu achava sempre que já tinha mais do que precisava para viver. E eu acho que tinha, fomos ensinado a pensar pequeno. É : A comida nossa era a de sempre como estar escrito: Ovo frito, ou uma sardinha, frita ou ensopada com tomate. Uma sardinha salvadora, de vez em quando um bifinho de carne se segunda. E trabalhar ou ficar desempregado, nada de lazer, o lazer é cachaça, a cachaça já foi inventada pra isso, pra suprir a falta de alegria na vida do pinhão de fabrica.



                                                                                                                                           pg.189.

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Na vida do pobre que toma chuva e Sol o dia todo na roça sua ou dos outros, a noite comer uma banana verde cozida. Agente até ia no samba, no forro, ouvia musica, ia na praia, mais tudo movido a cachaça. Também ia na boca do lixo, afogar as mágoas, digo o garçom kkk. Lembrar que tudo ou quase tudo que escrevi sobre essa mulher extraordinária é dedução, fruto do que eu li, e deduzir e concluir. 




                                                                                                                                                         













                                                                                                                                             pg.190.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------   Estradas Reais 233, 234, 235, 236. O CAIXEIRO VIAJANTE

Livro Revista.



             Tínhamos um vizinho na Bahia, um homem muito rico dono de varias fazendas de gado e de cacau, por boa parte do Estado da Bahia, na década de cinquenta  o Brasil era coberto de uma figura que acho que não temos mais: O Caixeiro Viajante.  Esses homens geralmente  bem vestidos 99% brancos de boa aparência cruzavam o Brasil de Norte a Sul de Leste a Oeste. Eram representantes, vendedores de tudo que se possa imaginar. Mais tinha um que destaco que era os retratistas, que se destacavam por baterem palmas em todas as casas, para vender os retratos das pessoas. Na quele tempo você chegava em uma casa e lá na parede bem na sua frente o retrato dos chefes da  casa bem colorido. Meu pai e minha mãe não escaparam dessa moda. O senhor Virgilio O fazendeiro Crente fervoroso e eu fomos vitima desses famigerados Caixeiros Viajantes. Rapaz ido de São Paulo vendeu um retrato pra o Senhor Virgilio. Um mês depois ou uns 40 dias chega o homem com a preciosa entrega, bateu de novo palmas e não saia ninguém. Depois de horas nos procurou para saber informação, minha mãe falou que esse pessoal que era crente, e nos não gostava de crentes, falou que eles estavam na roça, a roça deles era na serra da palha. O que faz o que não faz, minha mãe ofereceu eu pra ir levar o homem lá na serra da palha onde era o roça do homem. o Senhor Virgílio. ''Eu no alto dos meus 09 ou 10 anos de idade '' lá me vou com esse desconhecido total no meio da queles matos e lamas e cobras e se vacilar até onça pintada. Não sei como mais eu sabia aonde era a fazenda. Vamos lá eu e o homem calcado de sapatos naquele lamaçal sobe serra e desse serra chegamos na porteira da fazenda, chamamos  e lá vem alguém, conversaram e acho que o homem fez a entrega do retrato e tomamos um pouco de agua. e voltamos pelo mesmo caminho. Pensei que o homem o tal Caixeiro Viajante ia me dar uns dez contos, que nada! não deu nada. Foi embora ou veio embora pra outra entrega e eu fiquei chupando o dedo Esses Caixeiros Viajantes pularam o século Dezoito.


                                                                                                                                  pg.191.

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          É dezenove e vinheram  pará no nosso século, antes eles eram chamados de Mascates, vendiam de um tudo, eram dominados pelos Árabes, pelos Libaneses. No Norte e Nordeste ele se alastraram como ramas de batata.   


                                                               Em volta de uma viagem

                                                              Me faltou toda a coragem 

                                                               Ao chegar em meu barracão

                                                           Encontrei as portas todas fechadas

                                                               Passei horas amarguradas 

                                                               Com minha pasta na mão


                                                             Numa Doze mais potente 

                                                              Avizinha estava ausente 

                                                           Ea noite foi que ela voltouuu

                                                         Para me entregar envergonhada

                                                               Com pena do meu estado 

                                                            As chaves que a outra deixou 


                                                             Abri a porta do meu barracão

                                                                    Meu infeliz coração batia

                                                            loucamente  sem parar.


Esse é um pedaço de uma letra que o meu pai cantava quando estava romântico e eu estou a homenagea-lo


                                                                                                                                              PG.192.

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Menino Rei Livro Revista.


                                                                   

                 Conta a história de um Caixeiro Viajante e a traição da sua amada, que fugiu com outro enquanto ele estava viajando. Voltado ao tema: O cacheiro viajante eram figuras muito bem vestidas na minha avaliação,  usavam óculos Raybam eu acho uma bonita Pasta Preta, se hospedavam em bons Hotéis, isso era a base para mim querer ser um dia um Caixeiro Viajante, ja tinha tirado da cabeça de ser Padre.kkk. Ter ido levar aquele um lá na Fazendo do, do Coronel Virgilio só me fez bem. Digo seu Virgilio. A figura do Caixeiro Viajante surgiram logo depois da Revolução Industrial quando começaram a aparecer as primeiras Industrias, os produtos tinham que ser demostrados nos quatro cantos do mundo. Venho de uma era sem The Beatles sem Rol Stone, sem Guerra de Vietnã. Curioso eu queria conhecer outros lugares. Vinha da escola do cinema, muita fantasia na cabeça, o Cinema Era a Minha Universidade eu queria ser Caixeiro Viajante, algo me dizia que só assim eu ia conhecer o mundo, vestir boas roupas, que um dia eu ia calcar sapatos, nunca conseguir chegar nem perto. Eu via poesia em tudo, vejo ainda, pensava que aquele homem que eu levei pelas aquelas estrada de tropeiros enlameada podia ter me dado uns trocados e não deu, justo eu que colocava todo mundo que fazia bondade comigo e morria eu colocava junto com as estrelas no céu, os que me davam doce. foi encantadora a minha infância mesmo pobre. O cinema me construiu, com os seus filmes espetaculares, '' O  Maior Espetáculo da Terra,'' e '' E O Vento Levou '' Os Dez Mandamentos'' Assim Caminha a Humanidade entre outros mil.  Ainda tinha dona Zefa charuteira, mulher  negra alfabetizada peça rara nos nossos tempos que sabia ler e escrever, tinha sido neta de escravizados, criada por fazendeiro que colocara na Escola. Era a Mãe do  Quina meu grande amigo de infância, ela parava de enrolar charutos para ler Romances de Cordéis para nos. conheci assim a história do ''Pavão Misterioso'' '' O Cachorro dos Mortos'' A Chegada de Lampião no Inferno''.  Assim foi a minha Infância, tudo isso enrigada a belas surras, bastava se interter e demorar a chegar em casa. A cidade de  Coaraci as duras penas tinha Luz elétrica, mais só as casas dos ricos possuíam. 


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                PG.193.                 

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Menino Rei Livro Revista. 





               As ruas só tinha calçamentos  a Rua Rui Barbosa e a Rua J J Siabra. Eu queria ser Caixeiro Viajante quase não chego a servente de Pedreiro e não cheguei ser. conquistei a função dentro da indústria de Ajudante Geral e exerci por bons oito ou nove anos, Hoje aposentado me descobrir ArtistaEscultor e Poeta. 











                                                                                                                                        PG. 194.                                                                                                                                           

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Estradas Reais Livro Revista. 195, 196, 197.

Um Metalúrgico bom de fé 

               Via o Sol nascer por traz das montanhas me emocionava, queria saber de onde ele vinha, queria saber o que tinha atras dos morros, perguntava pra pessoas mais velhas pra os sábios da cidade ninguém tinha a resposta. Ainda estou aqui movido por uma paixão: paixão pelas grandes construções que podemos deixar: Sou movido pelo grandioso.  Carlos Drummond de Andrade e a sua obra maravilhosa, Raquel de Queiroz, Mario de Andrade, Mario Quintana, Catulo da Paixão Cearence, Patativa de Asare, João Cabral de Melo Neto, Não temos mais Di Cavalcante, Cândido Portinari, nem Tarsila do Amaral, não temos Jobim e nem Vinicius de Moraes. Vitor Brechere, Mais temos o Chico Buarque, filho e irmão do Dicionário, de Aurelio eu acho. Temos o Caetano, o Gil, a Bethania, temos a Gal. Temos ainda o Lula o maior homem, metalurgico como eu.  Vou voltar a falar de um fato acontecido entre eu e dois sócios proprietário da primeira firma que trabalhei, era uma Metalúrgica fabrica de molas de automóvel, eu era muito jovem tinha vinte e três anos eu acho, sofri um grave acidente numa maquina velha deles, quase perdi a mão direita. Fui pra o seguro, no meio do caminho o Brasil foi apanhado por uma Ditadura Militar. Os Militares, as Forças Armadas que nós armamos para defender o Brasil, para nos defender vira as armas contra nós, nos mata em nome da nossa Bandeira. Temos milhões de brasileiros que estão pedindo mais um golpe Militar nas Urna. Eu estava no Seguro de acidente do trabalho quando o golpe militar baixou intervenção federal em todas as companhias de seguro de acidente do trabalho, para nós os assegurado, acidentados foi um golpe em cima do golpe. Seguro fechado quem ia nos pagar? o seguro parou de ter obrigações com agente, pulo pra ali e pra ca, a firma me falou que não tinha nada com isso e eu fiquei descoberto, num gesto de bondade extrema um dos patrões me garantiu os tratamentos médicos e só. Pra receber tive que ir pra o foro, coloquei a firma no pau, quando da primeira audiência, eu já tinha voltado ao trabalho, tive que ser improvisado em outro setor, pois o acidente foi na mão direita.



                                                                                                                                              pg.195.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais. 




           Os patrões usou toda a sua maldade contra mim, sofri até carcere privado dentro da empresa, eu não tinha nenhuma orientação lá dentro só ia obedecendo as ordens que vinha de cima. Audiência de conciliação, não ofereceram nada. todos pra casa. No dia seguinte voltei ao trabalho, tive garantido a minha permanência  no trabalho e só. Os homens passam por mim trabalhando  e me diz que queria conversar depois do expediente: Passe no escritório que queremos conversar com o senhor. Eu pensei: Opa! cinco e meia também conhecido assim: 5:30h entrei quase sem bater por quer educação não era bem o meu forte,  aliáz eu não tinha forte nenhum. Eles foram dizendo sem rodeio, então agente lhe dar emprego quando o senhor tinha a sua mãe e irmãos passando fome na Bahia ou no Raio que os parta já que um dos infeliz era Português de Portugal e a paga que recebemos é essaSaiba que se você ganhar aqui recorremos pra o Rio de Janeiro se você ganhar no Rio de Janeiro vamos pra o Supremo em Brasilia quatro pares de olhos em cima de mim eles falando. Um falou com todas as letras: quanto o senhor quer pra amanhã ir lá no Foro retirar a queixa reclamação contra nós? com os olhos me encostando na parede fez um silêncio. Eu tinha uma situação bem ruim mais já tinha melhorado naquele momento eu já estava trabalhando, já estava tendo Salário eu respondi nada, não quero nada! Se eu ganhar maravilha e se eu perder perderei lutando e dei as costas e caminhei para a porta de saída. Como pinhão esse foi o melhor dia da minha vida. Já escrevi três livros com esse e venho contando essa história nos três

 

Trecho de Sampa. Caetano Veloso.  

                                                             

                                   '' Alguma coisa acontece no meu 

                                      Coração sempre que cruza a Ipiranga 

                                      Com a avenida São João

                                      É que quando eu passei por ali

                                      Eu nada sabia da fina Poesia

                                      Que ali existia...

                                      Alguma coisa acontece

                                      No meu coração sempre

                                      Que eu cruzo a Ipiranga 

                                      Com Av São João''



                                                                                                                                        PG.196.

 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas REAIS.                                                                                                                                                                          

                                                                       

          Eu na minha metalúrgica ia lembrando de passagens da infância, das travessuras que me rendia belas, e belos coros, digo surras terríveis. Ali na solidão do meu trabalho minucioso de Soldador especializado eu lembrava: Também nasci numa Manjedoura sim onde não faltavam Cavalos, Carneiros, Vacas. Éramos muito pobres, engatinhei pedindo passagem para varias especies de insetos e pequenos animais Galinhas, Patos, e até porcos. Até serpente jararaca foi encontrada caminhando na bordas da rede onde eu dormia. Eu não podia ver um buraco no chão de terra vermelha,  que já queria cavar para tirar o tatu de dentro, também podia encontra um cabra lá na escavação. Mais éramos assim , destemido e corajosos, não tínhamos medo de nada. Tinha no meio os medrosos , que ficavam o tempo todo: vamos embora meu! que já esta ficando tarde. Mais a nossa vida era assim cheia de aventuras de tirar o fôlego. Sei lá acho que era isso que gerava homens de verdade. Os preparativos para ir pra o mato: Estilingues balas de pedra, mochila de pedras, pé no chão, um taco de fumo de rolo para deixar pra Caipora ou o Saci Pererê num toco de pau. Eu juro... Eu esquecia de ir pra escola para ir pra o mato casar passarinhos para cantar pra mim. Gurinho, sete cor, Papa capim até canário da terra que andavam em bando. Em São Paulo virei Metalúrgico como o nosso Presidente. afinal eu tenho uma história bem parecida com a dele. como ele vim pra São Paulo com um saco de farinha, como ele tive que cuidar de mãe e irmãos pequenos. como ele fui preso na Ditadura Militar. Pergunto gostaria de perguntar ao General Goberido Couto e Silva se fosse vivo: O EXERCITO E FORÇAS ARMADAS NÃO TEM VERGONHA DE TER DADO TRÊS GOLPES MILITAR NO BRASIL.? Falta de respeito com o povo brasileiro com o Trabalhador brasileiro esse mesmo povo que compra suas armas, que pagam seus salários? que paga salários vitalícios pra suas filhas? Falo General Goberi do Couto e Silva por quer li algo sobre sua vida e detectei alguma coisa de um ser humano nele.             




                                                                                                                                        PG. 197.

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 Estradas Reais.

LÁ NA BADONI ATB. PG.198,199,200.201,202,203.


                    

                Lá na Badoni-ATB. o meu tipo era o 34, tipo uma barrinha de aço com um numero  numa extremidade, cada vez que se termina de fazer uma solda é carimbada o numero no local para identificar quem fez a solda, os Soldadores da Badoni-ATB. eram profissionais altamente especializados. Impressionante  era não achar nenhum paulista lá naquele  universo de trabalhadores, eu bom observador via tudo em detalhe. Sou parte da história recente desse pais, me comporto como tal. Foi um grande prazer trabalhar naquela empresa, lá me tornei auto suficiente, nela tive a iniciativa até de casar, logo eu que tinha vergonha de tudo, até de casar, pensava: como era que eu ia vestir um terno para poder casar? mesmo assim toquei o projeto do casamento pra frente. A Badoni me dava toda as condições, Salários excelentes, segurança, bons relacionamentos com os companheiros, com a chefia. Falar do Sr Vitório Castanheda, me disse uma vez que era técnico mecânico, equivalia a um Engenheiro aqui no Brasil. O senhor Vitório me deu varias promoções lá na Empresa fabricamos varias Comportas das varias hidroelétricas fabricadas por nós, eu era soldador Mig especializado na carteira. Vou falar mais da construção  da ''Usina de Itaipu'' que honra ter trabalhado nessa construção. porem não conheci o canteiro de obra da nossa usina, não chegue ir lá! fazia mos as peças que era transportadas para lá. da mesma maneira construimos também 'Tucurui'' no Pará. fizemos também as Prensas da FIAT. Auto Forno da Cinderúrgica Nacional e outras grandes obras do Governo Militar, esse mesmo do Golpe que eu vou falar um pouco agora.    Quando foi dado o Golpe em março  64 eu estava lá dentro da minha primeira metalúrgica, ainda um quase menino, ajudante geral, uma especie de faz tudo é... Sai cinco e meia encontrei a Via Dutra tomada pelas Forças Armada marchando sentido Sul, foi assustador, conseguir tomar o trem Calmon Viana, cheguei em casa assustado, perguntei pra minha mãe  se, se ela tinha ouvido alguma coisa no Radio, é na quele tempo era só na base do Radio ela falou que o Radio não parou de dar noticias que tava tudo sobre a revolução. 

 


                                                                                                                                       pg.199.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais. 

O mais eu  estava feliz que por pouco não, eu não sabia que logo ali na frente, naquela caminhada eu sofreria um terrível acidente  e seria vitima da Famigerada Ditadura de 64. Eu ganhava vinte cruzeiro a mais do Salário, só que o dito Salário era bom, satisfazia quem dele precisava, dai foram depilando com os planos, os pacotes econômicos, até ficar essa desgraça, que esta ai, e já foi pior no Governo do Fernando Henrique Cardoso o Salário era cem reais. um dia de trabalho na roça era dez quinze reais. Temos infelizmente aqui nesse fim de mundo dois Brasis, dois, a coisa é tão aberta que não preciso por aqui no meus escritos quais são os dois? Sou uma pessoa bem humorada, mais herdei dos meus antepassados, momentos de alta complexidade no meu temperamento, de repente  eu mudo, sou capaz de mudar de rua ao ver uma pessoa que eu não esperava ver naquele momento.



                                                                                                                                           pg.200. 

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais.


           Até um irmão me faz mudar de rua, é involuntária não me controlo. Sempre quis escrever sobre isso, sou capaz de me esconder em baixo da cama quando não quero ver uma pessoa, pode ser parente, nunca fiz isso, mais sou capaz de fazer.  Sim como estava falando sobre o meu bom humor, tenho sorriso muito fácil, mais quando estou de mau humor me isolo para não contamina as pessoas próximas.  Sempre fui e sou assim, me amo por isso, sou uma pessoa reflexiva, uma pessoa de abitos previsível, Mudo de humor assim como troco de roupas. Sim voltando a falar da multinacional da minha vida. Em 1988 quando da troca da Constituição eu já estava no anoitecer dos meus tempos de trabalho, em vespera de aposentar ex que me mudam as leis do país, ninguém sabia como ia ficar os aposentados e os que iam aposentar. Mais prejudicados fomos nós os que estavam próximos de aposentar, procurei o Sindicato para pedir orientação, o sindicato ficou olhando pra minha cara. Eu numa situação muito ruim na empresa. O que fazer? Tomei minha própria decisão, eu ganhava de dez a doze salário mínimo recebi como primeiro pagamento 4,4 salário, pra mim um desastre, tive que mudar tudo na minha vida, tirei filhos da escola particular, etc. Tive que mudar os costumes alimentar, e até o de beber, não tomei mais o meu Wiski. 




 


                                                                                                                                             PG.201.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Estradas Reais.


O Brasil seu nome Sertão.

 Poesia 

                                         Brasil o seu nome é Sertão.



                             O Sol era de Sertão naquela manhã 

                             Acordei pra votar, lembrei, passou um filme

                             Em mim, pra mim, comecei a ver vizagem

                             A ver arvore do Sertão, ouvir o canta da Cauã.

                             Eu pensava meu Deus será que o Brasil 

                             Virou Sertão? Dai pensei vou vestir 

                             Minha camisa vermelha me deixe ir ali votar 

                             Mudar os rumos desse pais do meu País.


                             Por um povo mais humano pra minha gente

                             Esquecida no pe da serra frente ao um pé 

                             De Mandacaru, lá dentro um candeeiro

                              E nem um livro pra ler, no terreiro uma Arte

                              Feita de toco de madeira, outras de barro 

                              Queimada Astro Rei. Ontem para mim 

                              O brasil virou Sertão. Até o canto da Cauã

                              Eu ouvi. Eu tinha o coração batendo de emoção


                                                                                                                                          PG. 202.

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Menino Rei Livro Revista.


                               Meu amigos peço desculpas mais tive que votar 

                               Com o coração foi como votar num irmão

                               Para mim nunca foi tão fácil escolher

                               Metalúrgico como eu nordestino com eu 

                               Com uma infância igual a minha 

                               Com uma história igual a minha. 

                               Viva os povos das Florestas! viva o povo 

                               Trabalhado viva o povo brasileiro.


                               Tenho orgulho de ser quem sou

                               De ter essa vida que tenho

                               De pensar assim de viver assim 

                               Tenho orgulho da minha caminhada

                               De ter os amigos que tenho.

                               Vamos meu Brasil temos muito pra fazer

                               O que fazer o PT é o Brasil. 

                               O Brasil é o PT.

 

                               

                                                        Fim.

                               Euflavio Gois.

                                                                                                                                       PG.203.

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                                                                                                                                         PG.203.

                                                 


 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  










                                                                                                                                          PG. 131.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------      Estradas Reais Livro Revista.                        

Estradas Reais Livro Revista.204, 205.  

Meu Pau-brasil 

             Ainda comigo morando lá,  primeiro apanhei uma menina deles descascando o tronco da arvore, acendendo fogueira embaixo, bem perto do inicio do tronco para se aquecerem nas noites de insônia, de inverno, depois botaram fogo em uma fresta feito por eles  no tronco da arvore, que só ainda esta viva por um milagre, ou por ser uma arvore muito resistente, ou talvez esteja esperando eu ir lá me despedir dela, ainda não fui prolongando por mais um pouco a vida da minha arvore querida.  Bom lá no serviço de onde eu trouxe a mudinha, cavamos uma valeta de mais de 150 metros por 40 centímetros de fundura, mais 30 de largura, para passar uma tubulação com um cabo que levaria a eletricidade do transformador la fora,  até a fabrica, mais ai eu já estava feliz, tinha levado minha mudinha pra casa, que ficou uma Arvore linda. Realmente o Pau-Brasil é uma Arvore preciosa, além do mais foi ele que me inspirou a entrar na Arte. Se hoje eu tenho essa arte foi por sua causa meu Pau-Brasil.  Meus vizinhos que também eu vi nascer, a minha tristeza absoluta por eles que tanto se beneficiam ainda com a sombra preciosa desse lindo.  Que resiste ainda, embora mortalmente ferido. Só me resta tirar centenas de fotos, só me resta, me restou transformar os seus galhinhos quebrados pelas  meias tempestades, ventania em Arte. Na mais pura Arte popular. Eu tenho o maior orgulho de ter feito isso, essa Arte que amostro pra minha centenas de amigas e amigos, eu sou muito, muito feliz por fazer essa Arte. Acredito ter feito mais de 1.000 mil trabalhos artísticos entre rostinhos e estatuetas humanas esculpidas,   quase vivas, com alma e expressões, personalidade, carregam a majestade do meu Pau-Brasil. O pau-Brasil me levou pra Arte e na Arte estou. Só que o artista pra ser reconhecido precisa esta na hora certa, no lugar certo para ser resgatado pelo destino. A sua obra tem que gritar bem a alto. Me encanta a arvore do Pau-Brasil, suas folhas oleosas, o tronco com seus espinhos, sua madeira fortíssima me inspirou  a fazer Arte. Quando vi pela primeira vez uma mudinha lá na fabrica de motores, me veio a cabeça levar uma pra mim e levei,

 


                                                                                                                                  pg.204.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais. 



          Essa muda cresceu e eu virei Artista por causa dela. Para mim o pau-Brasil me transformou no quase Artista que sou hoje. Tenho muito que agradecer. O Pau-Brasil Uma arvore linda e inspiradora. Inspiradora e Sagrada para nos brasileiros, ela é a mãe do Brasil. É A MÃE da minha Arte, me deu de graça muita alegria de viver, me deu de graça a minha Arte, e deu muitos amigos Artistas, me expandir, evolui na vida, me encontrei, me encantei e encantado estou. Sou uma dupla pessoa por sua causa.  Procurem na internet. por ''Euflavio Madeirart'' curta minha Arte, leiam meus poemas, mostre pra seus amigos, compartilhem. Euflavio Agradece.


        

                                                                                                                                        






                                                                                                                                     PG.205.

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 Menino Rei. 206, 207, 208. 

Livro Revista.


    Pau-Brasil.  de 30 Anos

                

         ANO 1992: Eu me encontrava sem rumo, estava aposentado, estava bem quebrado, precisando de ajuda pra o bem da verdade. Um amigo, Mestre Eletricista me chamou para fazermos um serviço de Elétrica em São Bernardo Do Campo, eu mais que depressa topei e fui com eles. Era uma Fabrica de Motores de carro, Fabrica Alemã de Motores, Curioso que só, no horário de almoço eu sai vendo a parte externa da Fabrica, curiando, pelos matos adoro matos, descobri um viveiro de Pau-brasil. com mais de 50 mudinhas plantadas em saquinhos, eu não conhecia o Pau brasil, alguém me falou que era,  que tinha sido o Governador da Bahia que tinha dado de presente pra os diretores da fabrica, numa visita do diretor a Salvador, as sementes de Pau-brasil, que ele plantou em saquinhos de terra especial. Começou ali em mim uma vontade irresistível de levar um pra mim. Não foi fácil, o medo foi muito grande, mais  consegui um plano perfeito para tirar  uma mudinha de lá para mim, cheguei em casa com a mudinha como num passe de magica. Arranjei uma lata grande e plantei a mudinha. Quando ele cresceu eu plantei la fora, fiz um gradeado  de madeira ai molhava todos os  dias, o bichinho cresceu ate rápido.  Me arrisquei muito tirando aquela mudinha de dentro do viveiro de plantas exóticas da quela fabrica de Motores. Era pra mim um luxo, um trofeu  ter aquele pau-brasil na frente da minha casa, mais assim que ele cresceu  ao ponto, ao ponto de caber uma pessoa em baixo, ele logo foi invadido, ocupado  por vagabundos,  por poetas, marginais,  e o Diabo que o parta dia e noite, ele o pau-brasil ficava bem em frente a  janela do quarto, era uma festa todos os dias e todas as noites. Reuniões interminável, para discutirem o sexo dos Anjos, a cor das calcinhas das  Freiras usavam calcinhas, se era fio dental, biquini e que cor, onde elas estendiam. Se vocês não conhecem, não podem imaginar como e bela as folhas, também as flores do pau-brasil com suas duas pétalas amarela e uma vermelha, suas folhas brilhantes são lindas, preciosas as folhas do Pau-brasil. De repente aqueles que podia e devia cuidar da arvore começaram a destruir-la mais a arvore e inacreditável, tem resistido ao fogo, ao descascamento do seu tronco bravamente.


                                                                                                                                         pg.206.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais. 




           Ainda comigo morando lá,  primeiro apanhei uma menina deles descascando o tronco da arvore, acendendo fogueira embaixo, bem perto do inicio do tronco para se aquecerem nas noites de insônia, de inverno, depois botaram fogo em uma fresta feito por eles  no tronco da arvore, que só ainda esta viva por um milagre, ou por ser uma arvore muito resistente, ou talvez esteja esperando eu ir lá me despedir dela, ainda não fui prolongando por mais um pouco a vida da minha arvore querida. Bom lá no serviço de onde eu trouxe a mudinha, cavamos uma valeta de mais de 150 metros por 40 centímetros de fundura, mais 30 de largura, para passar uma tubulação com um cabo que levaria a eletricidade do transformador la fora,  até a fabrica, mais ai eu já estava feliz, tinha levado minha mudinha pra casa, que ficou uma Arvore linda. Realmente o Pau-Brasil é uma Arvore preciosa, além do mais foi ele que me inspirou a entrar na Arte. Se hoje eu tenho essa arte foi por sua causa meu Pau-Brasil.  Meus vizinhos que também eu vi nascer, a minha tristeza absoluta por eles que tanto se beneficiam ainda com a sombra preciosa desse lindo.  Que resiste ainda, embora mortalmente ferido. Só me resta tirar centenas de fotos, só me resta, me restou transformar os seus galhinhos quebrados pelas  meias tempestades, ventania em Arte. Na mais pura Arte popular. Eu tenho o maior orgulho de ter feito isso, essa Arte que amostro pra minha centenas de amigas e amigos, eu sou muito, muito feliz por fazer essa Arte. Acredito ter feito mais de 1.000 mil trabalhos artísticos entre rostinhos e minhas pessoazinhas esculpidas   quase vivas, com alma e expressões, personalidade, carregam a majestade do meu Pau-Brasil. O pau-Brasil me levou pra Arte e na Arte estou. Só que o artista pra ser reconhecido precisa esta na hora certa, no lugar certo para ser resgatado pelo destino. A sua obra tem que gritar bem alto.  Me encanta a arvore do Pau-Brasil, suas folhas oleosas, o tronco com seus espinhos, sua madeira fortíssima me inspirou  a fazer Arte. Quando vi pela primeira vez uma mudinha lá na fabrica de motores, me veio a cabeça levar uma pra mim e levei, essa muda cresceu e eu virei Artista por causa dela.



                                                                                                                                          pg.207.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais. 



             Para mim o pau-Brasil me transformou no quase Artista que sou hoje. Tenho muito que agradecer. O Pau-Brasil Uma arvore linda e inspiradora. Inspiradora e Sagrada para nos brasileiros, ela é a mãe do Brasil. É A MÃE da minha Arte, me deu de graça muita alegria de viver, me deu de graça a minha Arte, e deu muitos amigos Artistas, me expandir, evolui na vida, me encontrei, me encantei e encantado estou. Sou uma dupla pessoa por sua causa.  Procurem na internet. por ''Euflavio Madeirart'' curta minha Arte, leiam meus poemas, mostre pra seus amigos, compartilhem. Euflavio Agradece. Devo minha Arte para o meu Pau-brasil,  acho magico o dia que encontrei perdido num recanto daquela fabrica de Motores lá em São Bernardo de Campos aquele monte de mudinhas de Pau-brasil e eu me encantei aponto de querer trazer uma mudinha, e vinte anos depois eu me tornar um Artista em função disso. A arvore do Pau-brasil é uma arvore extraordinária, suas folhagens brilha como que pra chamar atenção.

        

                                                                                                                                        






                                                                                                                                     PG.208.

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