Estradas Reais., 226. 227, 228.
Livro Revista.
O menino Rei.
Como eu estava dizendo, em casa sem fazer nada, não queria que a tristeza tomasse conta de mim, dai fui pra luta, inventei fazer arte, era o tudo ou nada, quando pequeno via minha mãe fazer burrinho de argila, bonequinha e cachimbo de barro. enfrentei, peguei um estilete e uma serrinha, ai estava pronto um escultor, isso esta fazendo dês anos, já com um acervo de mais de duas mil peças, estou feliz. A minha arte segundo um amigo Waldeck jé nasceu com uma identidade própria. Um trabalho rústico, sem a preocupação com a beleza estética, mas com personalidade e alma, minha arte é um clamor, traz em si o sentimento Nordestino, sertão puro, encontro na madeira morta tudo que eu preciso: dureza, cor e beleza, minha fonte, é os pastos, da Bahia com seus jacarandás perdidos, esquecidos na manga, digo pastos, PAUS BRASIS, Aroeiras, Ipês, são as minhas madeiras. Minha arte não tem um preço, não faço com a finalidade de vender, não saberia me desapegar dessa companheiras que salvaram minha vida, eu podia ser um ser triste hoje, não sou, cada trabalho que eu ponho no mundo, me soa como se eu tivesse salvando do fogo, dos fim, madeiras maravilhosas que iria se perder no fogo das queimadas, eu transformas em esculturas não sei se lindas, mas esculturas com vidas, com sentimentos, com muita, muita poesia.
Os meus principais títulos são '' Que são uma serie de dês quadros, que eu me inspirei na tela de ''Tarsila do Amaral'' ''Operários'' Depois vinheram: ''ITAPICURU'' ''CANUDOS'' ''CARAMURU'' ''XJNGU'' Um trabalho magnifico feito com um Dormente industrial, de carrinho de carregar materiais sobre trilhos, e uma serie muito grande de peças sem título, feitos, esculpidos em galhos de pau Brasil, esses trabalhos são muito especias. ''A ''CORUJA '' Um bloco de Peroba Rosa muito bonito, que antes de chegar em minhas mãos foi usado com cepo de cortar carne em Açougue, talvez por mais de cinquenta anos.
PG.226.
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REVISTA Menino Rei.
O trabalho que foi inspirado na tela operários de Tarsila do Amaral realmente é um trabalho esplendoroso. Me desfiz de três telas dessa serie, uma está com o Mestre Valdeck de Garanhuns, uma tá com um Diretor da Casa de Portugal e a outra esta com uma pessoa da fundação Tide Setúbal.
Tenho tido muitas alegrias, com esse trabalho, tenho ganhado muitas vidas, não deixo de pensar nos grandes mestres das artes, jã que todos eles tiveram histórias fabulosas como ou melhores do que a minha, mas sigo, já não sou mais um jovem, mas os anos tem sido muito generoso comigo, porque estou sempre me descobrindo, meus olhos e mente muitos atentos, procuro andar lado a lado com o novo. Descobrir que as arvores são minhas amigas as plantinhas também, ouso e sinto os seus olhares para mim. Eu tenho esse dom. Falar de um trabalho muito importante para mim, um Jesus Cristo crucificado, feito com um galho de Nêspera, fruta do nossos quintais. Esse trabalho por ser feito com um galho perfeito eu coloquei o título; em homenagem as nações indígenas; ''JESUS TUPY'' Jesus Tupy eu doei para a Igreja de São Francisco de Assis , esta na igreja de São Francisco de Assis no Ermelino Matarazzo.
Nesses dês anos de Arte eu tive a companhia integral do meu cachorro ''Frank Pedra.'' O Frank era um Pit BUL legitimo nasceu no Natal de 2002, eram 12 filhotes lindos, escolhemos ele, eu não sabia que ele mudaria minha vida, pra melhor, me tornei um cara amoroso aos animais por sua causa, eu que era um bruto, um bruto de coração bom, mais um bruto. Escrevei o meu primeiro poema por causa dele. Ele era um lindo, morreu olhando pra mim. Fiz outra doação de uma peça maravilhosa para o museu da Zona Leste, idealizado por uma pessoa muito amiga e não tive mais noticia se o Museu saiu ou se vai sair um dia, isso é lamentável por que mexe com a boa fé da gente.
PG.227.
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Estradas Reais.
Livro Revista.
Como ´foi esculpido em madeira muito nobre, vai aparecer daqui a muitos anos, feito por autor desconhecido. Ou não...
A Deusa De Pedra
Me aproximo do Espaço
Ali perto bem ali...
Me alimento de nuvens
No café da manhã no almoço
E no jantar.
Todo dia visito uma Estrela
De dia me aqueço no Sol
Não quero vida melhor
Na solidão me aconchego.
Chego perto do medo
Busco a minha Deusa de Pedra
Sei que não vou encontra-la
Busco assim mesmo
Cantando uma Canção
Pelos caminhos Brancos e Azules
Vou escrevendo o meu caminhar
Num papel feito de Nuvens Brancas
E.Gois
PG.228.
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