quarta-feira, 6 de julho de 2022

Estradas Reais  A Decada DE 50. 212, 213.

Livro Revista.                                                                                                                                                                                   

 

Década de 50 estava se despedindo.


             A década de 50 estava se despedindo, já se respirava os anos 6o nasceu em mim uma grande vontade de ir embora pra outra estado, se falavam muito em São Paulo e no  Paraná meus olhos brilhavam, tenho que ir embora.  isso não me saia da cabeça, eu tinha um tio que tinha vindo tentar a sorte por aqui. Fui trabalhando essa ideia, quando eu fizer dezoito anos eu vou embora. A década foi embora, meus dezoito anos estavam chegando dai chegou. ai não deu outra me preparei arrumei meus quase nada montei num Pau-de-Arara e fui embora  digo; vim embora. A década de 50 foi uma década muito especial foi onde eu passei toda a curta infância, e adolescência, embora o termo adolescência ainda não fosse usada do lado pobre da humanidade, as coisas chics não eram. Eu estava lá na festa de emancipação da minha cidade, quando ela passou a de maior, eu participei, desfilei, fui destaque na fanfarra, eu era  tocava na banda da escola, tocava  na pequena fanfarra pra mim grande. A minha linda professora Irene que não me deixe mentir kkk. Eu todo de branco, roupa e tênis ires branco comprados por minha mãe, que lindo, não guardei nem uma foto. ''1952'' Tenho ido lá visitar minha segunda paixão, Coaraci dos meus encantos.  Eu e meu pai na quelas viagens locais interminável, meu pai cantava as musicas da época naqueles caminhos desertos da Bahia  Abria abria a voz:  Hé, mais década de cinquenta estava se despedindo, eu já me preparando e preparando meus amigos e minha mãe para a grande viagem, não lembro de muitas coisas de 1959,  ano eu com dezessete anos, pequeno, preocupado com o tamanho, achava que não ia crescer um sofrimento a mais, se eu não crescesse não viria pra São Paulo. O ano todo de mal humor, não era mais criança só cara feia, meu pai tinha nos abandonado, minha mãe sofrendo muito o abandono, com quatro crianças pequenas, etc. Estou contando nessa ''confissão'' a parte mais triste, onde eu não via mais possibilidades, entrara numa especie de beco sem saída, não tinha mais a escolas, os colegas de classe, a professora. 



                                                                                                                                                                                                                                                                         PG.212.

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Estradas Reais. Livro Revista.


            Eu já conheci o lado escuro, parece que o Sol deixará de brilhar, não tinha mais os banhos demorados de Rio, não sabia e nem tinha cabeça pra namorar, não tinha, a minha casa ficara muito triste, nesse meio tempo perco mais dois irmãos, uma irmã e um irmão, conseguir atravessar os anos 50. Lindo se for falar só da infância, mais não vou falar só da infância, vou falar também da pós infância depois dos doze treze  anos de idade, quando vem as maiores cobranças,  depois vem os quatorze, quinze ai não para mais. A década de 50 perdemos em pleno mandato o Presidente Getulio Vargas dito o pai dos pobres. Estávamos na escola quando deu no Radio, no Reporter ESSO na voz marcante de Eron Domingues. todos pra casa, não teve mais aula nesse dia de 1954. Sobrevivemos e entramos e Entramos nos anos 60. Entramos em contagem regressiva para a viagem, esse ano também tinha tudo para ser um ano muito ruim e foi. Entrei para o time dos de maior de idade. Eu ia fazer dezoito  anos em outubro. Ano de muita preparação de tudo, prepara para deixar minha mãe sofrendo sozinha no abandono, minha mãe não reunia mais ninguém para ouvir suas histórias. Chegou setembro, de 60 vamos, fui buscar o cabritinho que tinha crescido, fui buscar, meu pai preparou, vendemos a carne, apuramos mil e uns trezentos cruzeiros, procuramos Quidinho um caminhoneiro que viajava uma e até duas vezes por mês com um Pau de Arara cheio de gente, compramos a passagem, fizemos o que tinha pra fazer, agora era só esperar o dia da viagem. Eu olhava pra traz não via mais nada pra me encher de esperança e eu tinha tantas coisas para dividir com aquela Cidade, com aquela gente,  tantas... O meu destino estava ha quase dois mil Kilométros longe de mim, em São Paulo e foi em São Paulo que eu me encontrei e me encantei. Me tornei um cara importante, muito importante, um grande condutor da minha juventude trabalhadora, nunca me enveredei para o lado das coisas fácil,  fiz uma luta de verdade, sentir muita falta da minha terra? sentir, mais quando pude voltei para visitar os meus amigos de  infância, já não encontrei quase ninguém.   


                                                                                                                                       pg.213.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais.


 

                              Uns tinham ido embora pra Salvador, outros como eu para São Paulo, a cidade mesmo mudou pouquissimo só a praça da cidade. mudou muito, tiraram todas as arvores, deixaram pelada não gostei do que fizeram. Eu virei um inlústre desconhecido na minha cidade, preço alto de mais que tive que pagar. Os conhecidos velhos tinham indo embora todos ''morrido.''














                                                                                                                                pg.214.

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 tinha vindo tentar a sorte por aqui. Fui trabalhando essa ideia, quando eu fizer dezoito anos eu vou embora. A década foi embora, meus dezoito anos estavam chegando dai chegou. ai não deu outra me preparei arrumei meus quase nada. peguei um Pau-de-Arara e fui embora  digo; vim embora. A década de 50 foi uma década muito especial foi onde eu passei toda a curta infância, e adolescência, embora o termo adolescência ainda não fosse usada do lado pobre da humanidade, as coisas chics não eram. Eu estava lá na festa de emancipação da minha cidade, quando ela passou a de maior, eu participei, desfilei, fui destaque na fanfarra, eu era  tocava na banda da escola, tocava  na pequena fanfarra pra mim grande. A minha linda professora Irene que não me deixe mentir kkk. Eu todo de branco, roupa e tênis ires branco comprados por minha mãe, que lindo, não guardei nem uma foto. ''1952'' Tenho ido lá visitar minha segunda paixão, Coaraci dos meus encantos.  Eu e meu pai na quelas viagens locais interminável, meu pai cantava as musicas da época naqueles caminhos desertos da Bahia  Abria abria a voz:  Hé, mais década de cinquenta estava se despedindo, eu já me preparando e preparando meus amigos e minha mãe para a grande viagem, não lembro de muitas coisas de 1959,  ano eu com dezessete anos, pequeno, preocupado com o tamanho, achava que não ia crescer um sofrimento a mais, se eu não crescesse não viria pra São Paulo. O ano todo de mal humor, não era mais criança só cara feia, meu pai tinha nos abandonado, minha mãe sofrendo muito o abandono, com quatro crianças pequenas, etc. Estou contando nessa ''confissão'' a parte mais triste, onde eu não via mais possibilidades, entrara numa especie de beco sem saída, não tinha mais a escolas, os colegas de classe, a professora. 



                                                                                                                                  PG.213.

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Estradas Reais. Livro Revista.


            Eu já conheci o lado escuro, parece que o Sol deixará de brilhar, não tinha mais os banhos demorados de Rio, não sabia e nem tinha cabeça pra namorar, não tinha, a minha casa ficara muito triste, nesse meio tempo perco mais dois irmãos, uma irmã e um irmão, conseguir atravessar os anos 50. Lindo se for falar só da infância, mais não vou falar só da infância, vou falar também da pós infância depois dos doze treze  anos de idade, quando vem as maiores cobranças,  depois vem os quatorze, quinze ai não para mais. A década de 50 perdemos em pleno mandato o Presidente Getulio Vargas dito o pai dos pobres. Estávamos na escola quando deu no Radio, no Reporter ESSO na voz marcante de Eron Domingues. todos pra casa, não teve mais aula nesse dia de 1954. Sobrevivemos e entramos e Entramos nos anos 60. Entramos em contagem regressiva para a viagem, esse ano também tinha tudo para ser um ano muito ruim e foi. Entrei para o time dos de maior de idade. Eu ia fazer dezoito  anos em outubro. Ano de muita preparação de tudo, prepara para deixar minha mãe sofrendo sozinha no abandono, minha mãe não reunia mais ninguém para ouvir suas histórias. Chegou setembro, de 60 vamos, fui buscar o cabritinho que tinha crescido, fui buscar, meu pai preparou, vendemos a carne, apuramos mil e uns trezentos cruzeiros, procuramos Quidinho um caminhoneiro que viajava uma e até duas vezes por mês com um Pau de Arara cheio de gente, compramos a passagem, fizemos o que tinha pra fazer, agora era só esperar o dia da viagem. Eu olhava pra traz não via mais nada pra me encher de esperança e eu tinha tantas coisas para dividir com aquela Cidade, com aquela gente,  tantas... O meu destino estava ha quase dois mil Kilométros longe de mim, em São Paulo e foi em São Paulo que eu me encontrei e me encantei. Me tornei um cara importante, muito importante, um grande condutor da minha juventude trabalhadora, nunca me enveredei para o lado das coisas fácil,  fiz uma luta de verdade, sentir muita falta da minha terra? sentir, mais quando pude voltei para visitar os meus amigos de  infância, já não encontrei quase ninguém.


                                                  







                                                                                                                                       PG.213.



                                                                                                                                                                                                                    

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