Estradas Reais Livro Revista , 121,122, 123, 124, 125, 126 127, 128, 129, 130
LIVRO DE CONTOS.
CONTO : A Lenda do Nego D'agua [I]
Caio Miguel e Thiago meninos filhos de ricos da nossa Cidade, meninos bem nascidos de família de Pioneiros, Netos de Senhores de Engenho da Bahia, viviam pra lá e pra ca ente a Escola e o Palacete a onde moravam exibindo boas roupas de bons panos e sapatos Colegiais comprados na Bahia e nóis? meninos veio, mal criados. Eu sou Bisneto de Marques, eu disse: quem perguntou? eu lhe disse, os moleques envermelhou-se, eu mais o Quinda sorrimos que nós não ia levar esse desaforo pra casa, não ia. Nóis morava na parte pobre da cidade, na Rua do cemitério, de vez em quando uma enchente deixava nóis dentro d'agua eles não, moravam Eles na parte Rica. Vivia-mos matando cachorro a grito e passarinhos de estilingue tipo de arma de matar passarinhos eram-os craques nisso dai, Quinda tinha doze anos eu tinha treze, era-mos afoitos qui nem o cão, mais só vivia-mos batendo na travekkkk.
PG.121.
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Estradas Reais Livro. revista
A Lenda do Nego D'agua
Tínhamos que matar passarinhos, pescando piabinha e beré para poder comer. Nossos não sabíamos direito o que fazei, sabia mais não sabia muito, meu pai era carpina mais nunca tinha trabalho, vivia assobiando no vento, acho que era até Jagunço dos fazendeiros como muitos lá, outro viviam tocando jegue carregado de pedra ou arei para as poucas construções da cidade. Éramos do tipo ''Capitães de Areia'' Quinda moleque da porra aprendeu se encantar: Virava toco, virava pedra sei lá o que, quando eu via ele sumia na minha frente. Agente vivia na beira do Almada, vivia no mato comendo goiaba, abil, comendo jaca. esquecia de ir pra casa comer muitas vezes. Éramos filhos do Almada. Aqueles meninos ricos gostavam de nós, das nossas histórias eles ficavam de olhos brilhado até. Não tínhamos medo de nada, nois era como Romãozinho, Can cão de Fogo, Malazarte. o Quinda sumia se izalava no ar. como um cheiro ou um fedor.
pg.122.
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Estradas Reais.
Livro Revista.
Aqueles meninos rico trazia merenda pra nois, nos dava maçã. agente comia, quem andava matando cachorro a grito? era nois, então pronto! vivia assustado com noticias ruim. Hum dia cismemos de seguir os Nego d'agua do Rio, se escondemos onde eles apareciam nas pedras, para mergulhar atraz deles quando eles fossem pro o fundo do Rio. saímos de casa cedo tudo planejado. Quinda pegou oa apetrechos de caça dele eu peguei os meus, penduramos em nois estilingue, saco de balas de pedras. Quinda me ensinou a virar peixe. Aqueles meninos Ricos pra nois eles eram anjos, agente ensinava eles se defender dos meninos veio kkkk. Em fim os nego D'agua pular atraz deles sem eles ver, nois virado peixes descemos nos seus encalços, dos moleques D'agua virados peixes e descemos até chegar no fundo, do Rio.
PG.123.
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Não perdemos eles de vista. Agente muitas vezes agente desviava do caminho da Escola pra ir brincar no Rio, nadar fumar cigarro de fumo pegado do pai ou da mãe para fuma, agente fumava brincava, brigava, batia, apanhava, quando apanha dizia que tinha empatado, brincava de cinema, montava cenas de filmes, montava cena de circo, de malabarismo com musica de circo e tudo. Sim no fundo do Rio seguimos os meninos nego d'agua pra ver onde eles entravam, ainda estávamos peixes. O Quinda era um peixe alegre, brincalhão digo um menino risadinha, aprendi muita coisa com ele, a mãe dele sabia ler e escrever ao contrario das mães da maioria de nós. A mãe do Quinda falava de vários assuntos acadêmicos, estava mais pra ser uma professora do que pra ser uma enroladeira de charuto de quinta. As aguas na correnteza era veloz, agente não podia descuidar. Quando eu estava me sentindo um peixe tivemos que desvira, viremos gente outra vez.
PG.124.
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Estradas Reais Livro Revista.
No nosso mundo agente tinha que brigar na rua, se apanhasse ficava desmoralizado, mais podia se recuperar, mais tinha que ser no campo de batalha, brigando na porrada. quinda e eu tinha fama de valentões, era. Voltando lá no fundo do rio, estávamos seguindo os meninos do fundo do rio, não perdia eles de vista. Os dois meninos ricos tinham ficado nossos amigo e estavam sabendo da nossa história no fundo do rio, sabia que nós virava peixes, que nóis virava pedra, se encantava, sabia tudo, eu estava esquecendo de falar o apelido do Quinda e também meu: o Quinda era ''Quinda come Cobra,'' e meu era ''Coração de Borboleta.'' Pois é! piscamos o olho e estávamos em frente o Portal da cidade deles tinha Arte espalhada por todo canto, digo ,lado, eu não gostava do meu apelido, parecia coisa de boiola, o Quinda come cobra estava feliz com o dele. na cidade de Negrezia. A cidade parecia nossa! Negrezia que era o nome da cidade. Conhecemos o Negro Rei. que governava Negrezia. ele foi muito gentil com a gente, na verdade já nos conhecia de vista, tinha nos visto nadando no Rio quando ainda não era Rei.
PG.125.
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Nos mostrou a Cidade, com suas Ruas de calçamentos de Cristal, muita coisa de ouro e prata, muitas coisas de latão e bronze, os nomes das Ruas eram escrito em ouro, ou em prata, com fundo em latão ou cobre. Me chamaram atenção o tamanho dos bichos, as Borboletas Gigantes davam voos rasantes parece que pra nos assustar, conseguiram estávamos muito assustados, muitas mulheres bonitas, fizeram uma grande festa para nós apesar de assustados estávamos muito alegre com eles, ficamos com medo de nunca mais poder volta pra casa, sabia de alguns caso de meninos que desapareceram e nunca mais voltaram. A cidade deles era de longe muito mais bonita do que a nossa, ficamos boquiaberta com tanta beleza. Os bichos, as plantas eram diferente as Ruas eram calçadas com mármore e cristal, a iluminação a noite era muito linda, não era eletricidade, era luz Estrelar.
PG.126.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais Livro Revista.
O governador nos deu as chaves da Cidade, Coração de Borboleta era branco, já o Quinde era bisneto de escravisados, sua mãe uma negra apesar da idade era muito bonita, era mãe de nove filhos, linda sabia ler e escrever dominava a gramatica, e a matemática, adorava a literatura de Cordel. Na cidade do fundo do Rio Almada fizeram uma grande festa para nós com um grande Sarau, vimos o melhor da musica dele o Quinda Come Cobra recitou um Poema meu foi um grande sucesso. O Rei de la nos deu de presente Ouro e Prata. Comemos as melhores comida, bebemos as melhores bebida. Ficamos encantados com os bichos de lá Papagaios Gigantes, Elefantes pequeninos, Borboletas Gigantes servia de transportes, muito coloridas, tinham obras de Arte de vários Artistas conhecido e não, pareciam Asas Deltas. Pareciam.
As formigas eram domesticadas e muito grandes, medias dois metros de altura, eram usadas para carregar cargas de um canto pra outra, e serviam de montaria também. mais as horas também eram longas ele tinham um calendário próprio. Eu já estava preocupado com a minha mãe. Quinda vambora já esta tarde, vamos nos encantar e vamos embora,
PG.127.
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Estradas Reais Livro Revista.
Como os dois meninos ricos se tornaram nossas amigo, primeiro eles eram ricos mais não eram otários, eles cumprimentavam agente eu e o Quinda um
belo dia o Quinda encontrou uns quatro moleque enquadrando dito cujos o Quinda
que não é flor que se cheire partiu pra cima dos moleque que estão correndo até
agora. Os meninos ficaram nossos amigos, aquela coisa que nem esta sendo mais
usada hoje em dia chamada gratidão, da até vontade de chorar.
O Quinda Come Cobra ninguém sabe de onde veio, um menino daquele,
menino alegre, ligeiro, Cancão de Fogo, Malazarte perde pra ele. a ideia de fugir não
saia das nossas cabeçonas kkk. Quinda comprava fumo de rolo pra fazer cigarro pra
fumar escondido, ele que me chamou para ser seu amigo, menino risonho, brincalhão,
esperto, não gostamos de amigos abestalhados. Dali pra frente ficomos amigos, os
melhores amigos, respeitados pela malandragem locais. Todo dia o Quinda me chegava
o que tinha ouvido sua mãe falando pra vizinha, o mundo não verá o nano dois mil
chegar, e vai acabar por fogo dizia ela : estão pondo fogo no mundo ele dizia da outra
vez foi por agua lembra da história da Arca de Noel? ela dizia, de tanto ver criancinhas
morrendo afogadas ele se compadeceu e disse não vai ser mais por agua, não vai ser.
PG.128.
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Estradas Reais Livro Revista.
O Quinda fez aquela amizade com os meninos ricos e me disse vamos levar!
Eu concordei, e disse vamos fazer uma reunião todos nóis para resolver o dia da partida.
Esses meninos nos dava maçã e amburgues coisa que nunca nois tinha comido, nos
pegou pelo estomago foi.
O Quinda era um sujeito magrinho, acho que passava até fome meu amigo.
Ele nos falou na reunião: no fundo do Rio Almada tem uma linda cidade de
de ouro e de cristal de milhões de anos. onde mora os Negros D'agua. eles nos visita, eu
já falei com eles meus amigos.
resumindo: os meninos ricos vão com agente. eles vão se salvar juntos com
agente, seus pais vão nos agradecer por ter trazido eles, viraremos peixes para essa ,grande viagem das nossas vidas, o Quinda tem a formula para virar-mos peixes.
Sim meu amigo, vamos nos encantar virar peixe para poder subir, já sabemos o caminho já temos mil amigos por aqui, agora vamos embora, vamos inventar uma boa história para contar, para poder não apanhar.
PG.129.
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Estradas Reais Livro Revista
PAGINA DE DESCANÇO .
Procima pagina˜!
A LENDA DO NEGO D'AGUA
Continação:
PG.130.
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