REVISTA Meino Rei.
O FALCÃO.
Sobre a arte, sobre as nuvens.
No sertão sou o Sol puro sem dó.
Sou sertanejo valente,
Sapateio em serpentes.
Os Gaviões Carcarás,
As Ariranhas azuis Onças pintadas,
As pardas meus bichos de estimação.
Sou Cavalo . Bicho cão.
Tou cansado de ser gente.
Estou cansado...
Tenho que tocar a vida e dançar
Mulé rendeira dos cabras de Lampião.
Falar minha própria língua,
Cantar o meu próprio hino,
vou cantar...
Eu sinto as horas passar.
Tó no fio da navalha,
Andando na corda bamba,
na contagem regressiva
vou morrer...
Não sei dançar essa musica...
Não tenho tempo pra
um passo de cada vez.
vou dar dez.
Tou cansado de ser gente.
Fazer seda, fazer mel,
eu vou beijar as flores, avoar...
Ser Águia, ser Falcão.
Quero florestas desertas,
Rios de agua limpas pra
nadar, eu quero a paz.
FIM
Autor: Euflavio Gois
SP 2017.
pg.83.
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