Estradas Reais. 299, 300. '' Natureza Morta'' REVISTA.
Poesia
Natureza Morta.
Caminho agora nesse solo acido
Sozinho nem uma sombra
Nem agua pra refrescar.
Sinto a ausência de todos
Os que ficaram:
Me cerca um silêncio mortal.
Tudo agora é natureza morta.
A quebrada ficou muda.
Dilminha foi embora
A caravana está passando.
Esta passando Sem alarido
Sem algazarra
Os cachorros da vizinhança
Pararam não ladraram
Não ladraram pararam o samba
Pararam o Funk a Dilminha se foi
Nem falou pra mim que ia
E pra onde ia.
Perdi o apito perdi
pg.299.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais.
Me desolei meus filhos
Se desolaram e Deus?
Deus observa e cuida de nós
O Sol está quente
Não tem uma sombra
Tudo é solidão
Não tenho mais a sua presença
Pra me completar
Estou incompleto
Sem solo para pousar para pisar
Estou a deriva
Meu barco quebro o mastro
O pano da vela rasgou
Não tenho bote salva vida
Não tenho remo
Tudo agora; é soliidão
Tudo agora sou eu e eu como nasci.
Fim.
pg.300. E. Gois.
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