sexta-feira, 5 de abril de 2013

Agora sou um Foncionário Publico.


Aposentei em maio de 1989. Mais sem nenhum pouco de vontade de encostar, resolvi ser funcionário publico, prestei um concurso e fui trabalha na FEBEM. Lá fiquei dez anos.Depois de sofre barbaridade com um salário reduzido a menos de um terço do que eu ganhava antes de me aposentar, numa situação mais que contrangedora numa infração que devorou em pouco mais de dois meses, quinze anos de fundo de garantia, que saquei ao me aposentar, naquele momento pude ver como esse pais é injusto com quem  produz, um trabalhador exemplo de força, fé e dignidade, que ficou 30 anos de sua vida dentro de três firmas apenas, trabalhando passando por situações pra lá de embaraçosa com o patrão lhe fragando tentando aprender uma profissão, isso era como se eu estivesse roubando alguma coisa da firma, e na verdade estava mesmo roubando para mim uma profissão,   ali eu vi como nos operários brasileiros somos desprotegidos. Eu com meus filhos estudando em escolas particular no meio do semestre fiquei sem saber o que fazer. Em fim não ia mais ter dinheiro pra pagar a escola dos meus filhos,  criei coragem e fui conversar com os diretores das escolas que eles estudavam, essa parte do problema conseguir adiar. Corro dum lado pra outro, o que fazer? prestei um concurso publico, e fui trabalhar no Estado. lá no estado fiquei dez anos, e assim consegui reequilibra minha vida financeira, isso foi muito bom, isso depois de me submeter a vários procedimento administrativo, em fim fomos escolher a unidade que eu ia trabalhar, fui trabalhar numa semi liberdade, muito difícil esse trabalho, você com um grupo de delinquentes, ladrões criminosos pra você cuidar, sem nada, pra lhe proteger, olha foi uma grande experiência  na minha vida, assim também pude ver a minha capacidade de lidar com um assunto tão delicado como esse, de cuidar com aqueles menores, tão marginalizados, levados à marginalidade pela sociedade, pela pobreza, pelo desemprego pelo meio social em que vivem, esses vão parar na vida do crime. Fiquei lotado na semi liberdade por mais de quatro ano, foram quatro anos complicados mais deu pra tirar sem maiores problemas. Não foi fácil, a qualquer momento agente podia se complicar, responder sindicância, até ir preso, mais deu tudo certo, depois de quatro pra cinco anos fui, mandado pra uma unidade fechada, ali trabalhei mais de cinco anos, com jovens de 17, 18 e 19anos, foi tranquilo. Fui feliz lá ensinei e aprendi muito trabalhar naquele lugar me fez refletir muito sobre a vida, sobre as pessoas, sobre deus. Trabalhei numa unidade na Av do Estado, um lugar completamente inadequado pra se guardar menores infrator de alta periculosidade, lugar cheio de frequentado pela escoria da sociedade, abrigando mais de 130 menores em semi liberdade, com plantão de 10 ou 12 funcionários pra cuidar 70, 80 menores super perigosos, nascidos e criados na vida do crime o era brincadeira, agente precisava está atentos as 12 horas não podíamos por hipótese alguma dar as costas para eles, era um lugar   na vida que tudo podia e aconteceu, uma noite num plantão bem agitado, recebem
  o plantão com menos de vinte por cento dos menores na unidade,  o restante ainda estava para chegar e  foram chegando a maioria drogados, um menor no seguro na casa, tivemos que tira esse menor se não ele seria morto, montamos um esquema pra tirá-lo  para outra unidade, conseguimos, eu fiquei encarregado de leva-lo pra outra unidade e levei. Outro dia num plantão também muito agitado, os menores começaram uma confusão nos não conseguimos acalma-los terminou em invasão pela tropa de choque com bombas de gaz lacrimogênio e  cassetetadas pra todos os lados, hoje eu fico pensando: como eu pude enfrentar tudo aquilo? não encontro explicação. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário