domingo, 17 de junho de 2012

Os Carnavais.

Num Carnaval daqueles anos maravilhosos da década de 50, tava indo tudo normal,
Eu não sei porque cargas d´aguas nesse dia eu não tinha ido pro carnaval, eu tinha ido pescar.
Tava pescando, não tava bom pra peixe, dia nublado é meio frio, quando alguém que veio do centro trouxe

  • a noticia: Mataram um homem na praça. Quem foi? ninguém sabia dizer.

Depois de contada é recontada o história ficamos sabendo  quem matou, quem morreu e porque.
Essa história é contada até hoje.

  1. O rapaz tinha vindo de Salvador passar o Carnaval em Coaraci na casa do seu tio, um farmaceutico muito conceituado e querido na cidade. Esse rapaz era Oficial do Exercito, ou Marinha não importa. Tinha ido tirá um lazer la na rua do campo, depois de tomar umas e outras, passou a perturbar a ordem, depois de muitas tentativas de leva-lo pra casa, já que todo mundo conhecia seu tio O Clóvis da farmácia.

O Sr. Clóvis era um farmaceutico muito respeitado na cidade, foi muito triste a morte desse rapaz.
Como aconteceu? Naquele tempo os policiais usavam Revovere é um sabre especie de baioneta.
Eles usavam na cinta do lado esquerdo
O policial chamado Mariano vinha trazendo o rapaz é conversando com ele, o carnaval tava quente na praça, quando chegaram na cabeceira da ponte ouve um descuido por parte do policial Mariano, o rapaz se aproveitou disso é arrancou o sabre da cintura do policial Mariano é no solavanco o
 Policial foi impulsionado pra frente, é o rapaz lhe cravou o sabre nas costas, de cima pra baixo, é
saiu correndo com o dito sabre na mão abrindo passagem na multidão apavorada que corria em todas as direções. Eu não estava lá.
O soldado Mariano mesmo caído puxou o revolver é atirou. Tiro certeiro na cabeça do rapaz que caiu fulminado, socorreram os dois levaram pra Itabuna. O policial Mariano sobreviveu o rapaz não.
Esse caso teve grande repercussão na região.
Alguns dias depois o soldado teve alta é voltou pra cidade eu mesmo fui visitar ele na pencão de dona Cindú enquanto se recuperava.
Assim passamos a ter um herói na cidade de Coaraci, ele foi removido da cidade é dizem que foi também promovido a Cabo.
Sr. Clóvis ficou muito tempo desgostoso da vida, por muito tempo se via nas conversas da praça os comentários sempre exaltando a coragem  do Soldado Mariano.
Apartir desse ano os carnavais foram ficando mais fracos, aos poucos a família dos Mendes foram deixando de participar das calvagadas na parte da manhã, alguns deles vieram pra São Paulo.
Os anos dourados foram ficando pra traz como tudo:. Tem o inicio, o auge a decadência é o fim.
Hoje não tem mais carnaval na região.
Na infância levei muito lança perfume nos olhos, os lanças perfumes era livre naquele tempo.
 Nessa época eu tinha uns 16 anos de idade. Com essa idade eu me sentia homem feito, já ajudava muito meus pais desde os 10 anos como já falei.
Agente ajudava de todo jeito, a família era muito grande muito trabalho,uns ajudava a mãe outros o pai é assim vencíamos as dificuldades.. do dia a dia.
O carnaval acabou o soldado apesar da gravidade do ferimento se recuperou, foi promovido, chegou quarta feira de cinza, todo mundo cuidar da vida.
Não tenho duvida a maior atração dos carnavais daquela epóca pra mim, era os fazendeiros, na parte da manhã com suas montarias prateadas.
Nos Micaretas apartir do ano de 1957 ou 58 umas músicos montaram numa camionete, uma especie de ''Trio Elétrico'' que saia pelas ruas tocando uns Frevos frenéticos que tirava todo mundo de dentro de casa, com pouco tempo esse ''Trio Elétrico'' já arrastava uma verdadeira multidão pelas ruas centrais. Até eu ele arrastava.
As musicas dos Carnavais daqueles tempos Chiquita Bacana, Menina vai, Olá ô, Pierrô Apaixonado, Estrela Dalva, Ei Você ai, Domingo é Dia de Pascaria é muitas outras, tinha o Quinda que era meu maior amigo agente estava sempre junto, ia pra roça de seu José aquele que era compadre de meu pai lembra?
pra o campo, matar passarinho, roubar manga na feira, tomar banho de rio, pescar tudo nois estava juntos pra o que der é vinhe, a mãe dele mais as irmãs enrolavam charutos pra ganhar dinheiro.
Em 1958 talvez com o evento da Copa do mundo, comessou a criar forma em meus penssamentos um projeto de vim pra São Paulo ou pra o Rio de Janeiro...isso quando eu completase 18 anos de idade.
A Liberdade que agente tinha era imprecionante, com 09 ou 10 anos agente ia pra todo lugar, pro rio tomar banho, pra o campo, pra roça dos pais dos amigos pro cinema, pro circo em fim.
A gente era  dono do nosso proprio nariz.
No cinema se o filme fosse proibido não entrava as vezes até entrava dependia muito do porteiro.
Uma vez eu asistir um filme da Brigite Bardot. que foi fogo eu fiquei assustado com o que vi.
Naquele tempo os cinemas tinha geral pra galera que tinha pouco dinheiro, enchia.
uma vez o cinema pegou fogo acho que em 1949 teve gente que pulou la de cima.
Fui lá em Coaraci em 2011 fiquei horas olhando o predio do cine Coaraci que se trasformou numa Igreja Huniversal do Reino de Deus. que pena eu disse.






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