Ponto final: Ponte Grande Guarulhos, ali ficamos na rua da feira de sexta feira, dia seguinte acordei sedo para ver o mundo, e o mundo estava ali na minha frente, tinha que escrever uma carta urgente para dizer que tinha chegado e estava tudo bem, e escrevi carta pra todo mundo mamãe, Gildete, Arlete Idalicia. minhas três amigas. Mais não tinha mais tempo a perder, meu primo Zezé me ajudou muito, ele estava desempregado e saia comigo pra mostra as coisas de São Paulo, me ajudar a tirá documentos, ir ao cinema , no campo, ele foi muito importante pra mim sim eu tenho muito o que agradecer a ele, mais ele sumiu não dar noticias. documentos tirado reservista, carteira do trabalho, agora é só procurá emprego e trabalhar isso foi fácil, primeiro numa fabriquinha de causados infantil. fiquei menos de um mês, depois arrumamos numa metalúrgica, onde trabalhei oito anos, foi ai que me estabeleci em São Paulo. Sai homem feito, lá nessa fabrica de molas de carro realizei o meu sonho de compra uma bicicleta, e quando sai com o dinheiro de
direitos trabalhista, comprei o terreno, onde moro hoje. hoje depois 52 anos em São Paulo estou voltando lá em Coaraci sempre, quando chego lá causo uma certa admiração nas pessoas que lá deixei, eu sempre visito aquela gente, as que ainda estão vivas, aquelas pessoas que ficaram, e estão lá. Confesso que sinto uma sensação de: será que eu não fiz bobagem em ter ido pra São Paulo? mais ai não tem mais jeito, tó feliz realizado fiz uma vida com muita genuinidade e um certo sucesso, construído com muito trabalho, nunca faltou trabalho pra mim, sou bem aposentado, estudei aqui por que gosto e sempre gostei de das coisas da cultura, do que a cultura pode nos dar, adoro o mecanismo alfabeto acho sublime a montagem das palavras, a nossa língua maravilhosa pra mim é mágico ler e escrever, escrever e ler.
sempre dei muito valor ao estudo, numa época que a Universidade era pra poucos eu estava lá estudando, questionando muitas coisas, que eu insistia em não entender, por que tem coisas assim mesmo , e uma vez que você esta ali pra aprender você tem que aprender.
Bom 1961, novembro trabalhar, arrumamos emprego, primeiro pagamento, dinheirinho no bolso meu tio estabeleceu um valor pra mim ajudar em casa, ele queria que eu entregasse o pagamento na mão dele, mais isso eu não aceitei, continuei com ele até a vinda de minha mãe e os meninos, foi ai que alugamos uma casinha e fomos morar no Parque São Rafael, no Jardim Tranquilidade Guarulhos SP. lá ficamos dois anos, depois mudamos para o Itaim Paulista, meu pai tinha comprado um terreno e tinha com muito sacrifício sem eu saber construído dois cômodos, quando o dono da casa que nos morarmos pediu a casa eu falei pra meu ´pai procura uma casa pra alugar, o que era muito difícil naquela época principalmente pra baiano como todos nos eramos chamados em São Paulo, meu pai falou dessa casinha que ele tinha feito e ofereceu pra nois, e eu aceitei com muita discussões com minha mãe por quer a casa não tinha luz elétrica, e nem luz nenhuma. só a luz solar, com uma condição, eu tinha que arrumar dinheiro pra colocar piso, porta e janela, arrumei o dinheiro e colocamos as coisas que faltava e mudamos pra casa, e com isso nos transformamos em pioneiros no bairro do Jardim dos Ypes SP. onde moramos até hoje. Estamos no Jardim dos Ypes desde 1965 Setembro de1965. O bairro tinha umas 20 casas, não tinha luz elétrica, não tinha agua encanada, fizemos um poço, também conhecida como cisterna, não tinha condução, agente andava 25 minutos pra pegar o trem da'' Central do Brasil'' pra ir trabalhar. Em outras palavras sou também fundador de um bairro de São Paulo sim. Onde trabalhei conquistei a todos com meu bom humor e meu amor a vida e ao trabalho, quando olho pra traz consigo enxergar um monte de coisas boas que construir, sim por quer é muito de mim querer deixar pegadas por onde passo. sempre foi assim.
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