Estrada Reais Quinda amigo de Fé. 187 , 188, 189.
O Menino Rei.
Quinada! esse era o meu melhor amigo na cidade, era ligeiro como o Diabo, mais esperto doque Malazarte e Cancão de Fogo juntos, vivia com seus 8 irmãos, sua mãe trabalhava com as irmãs mais velhas enrolando charutos para Jaquera seu tio, que pagava dez contos por milheiro de charutos enrolado. Quinda ouviu falar lá pra banda da cidade, que estava para pocar, estoura uma Grande Guerra Mundial, ele se agoniou, ele nem sabia direito o que era uma ''Guerra Mundial'', no alto dos seus doze anos de idade, ele ficou apavorado, Bomba Atômica! gaguejou geral, atotomica. Ele não conseguia pensar em outra coisa, o mundo que ele tanto ama vai se acabar. Quinda Come Cobra era o cão chupando manga, conseguia tudo. Quinda era menino corajoso, não tinha medo de nada, resolvido, treitero, comprava tora de fuma de rolo pra poder fumar, aprendeu beber cedo com seu próprio pai que tocava jegue, carregado de arreia, mais só chegava babado em casa, só sabia sorri, sorria de tudo, nunca mais tive noticias dele para ver se conseguiu ser alguma coisa na vida. Os meninos ricos trazia uma maçã pra nóis poder comer. Tenho muita vontade de voltar a ver-lo para ver como ele está bem, se está ainda forte, se está vivo, se conseguiu alguma riqueza. Ele ia todos os dias na minha casa me chamar para ver se via-mos os Negros d'agua, dizia os mais velhos que la no Rio em cima numa pedras ele eram vistos chupando maga, comendo goiaba. Me falava que ouvia sua mãe dizer, eu ouvia a minha também dizer que esse mundo não chegaria ha 2000? agente fazia uma contas e dizia que azar. Em 2000 ainda estaremos vivos? Sua mãe assim como a minha eram especiais profetas, sabiam de tudo e mais um pouco, ainda que a mãe dele era negra mais sabia a leitura, acho que era filha de escravos da Lei Áurea, ou do ventre livre. Era ''filha ou neta do Ventre Livre'' os Senhores donos dos seus pais, eram caridosos e a adotaram e lhe deram boas Escola, o saber. O fato é que ela sabia ler e escrever. Lia folhetos de cordel para nós. Contava história do tempo do Cativeiro, nós amava a dona Josefa do Charutos. Aperta meu coração só de lembrar.
PG.187.
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REVISTA Menino Rei.
Era uma pessoa fina perdida ali nos anos 50 como todos nós sendo tratada com desprezo pelas elites plantadores de Cacau e por todos que se achavam ricos sem ter nada igualzinho hoje. O nosso Rio tinha um poço muito , muito fundo, agente queria de qualquer forma ver tudo, que tivesse no Rio, nas matas, nas matas: Diziam que tinha o Caipora, que se agente não levasse cachimbo e fumo nunca mais voltaríamos pra casa, então quando agente ia casar passarinhos nóis levava fumo para ela a Caipora. A pobreza do meu amigo era muito grande maior do que a minha. Quinda era para mim uma especie de Anjo da guarda, ele estava sempre em vários lugares ao mesmo tempo, onde eu estivesse. Eu dizia pra ele: antes de eu ir embora , eu quero lhe ver, me despedir de você intendeu? No dia da minha viajem ele não dormiu e nem eu. Na hora da partida vi ele andando em volta do caminhão varias vezes, vi ele chorando, eu fui embora e meu amigo ficou naquela solidão de quando perdemos um grande amigo. Vim e nunca mais tive noticias dele. Tenho citado o nome dele em varias histórias, crônicas e poesias minhas. estou disposto a procura esse menino, quando na Bahia for, se for. uma questão de delicadeza para com aquele menino que amou a vida, foi meu companheiro na infância. Antes de eu morrer é justo eu voltar a ver-lo, já citei o seu nome em vários livros meu, em todos. Arrumamos dois meninos filhos de rico que ficaram nossos amigos. Graças a Deus os meninos ricos não esqueciam da gente, só não saiam, e nem ninguém podia ver eles com a gente. os pais dele eram homens ricos e políticos da cidade. Eles davam caramelos pra nóis, deixava nós andar nas suas bicicletas. Amávamos eles. Coisas da infância que se perdem para sempre eles comiam umas comidas gostosas, tinham empregadas em casa, que eles comiam macarrão, chegaram um dia dizendo que o mundo ia se acabar dia 9 de janeiro nóis falamos pra ele que não, que nossa mãe falou que o mundo ia se acabar em 2000, ele acreditou, e foram embora felizes, comemos tudo que eles trouxe e fomos brincar, no Rio, nadar, pular, pegar Caravela fazer Guerra de Caravelas.
PG.188.
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Sobre o meu amigo. eu queria saber aonde ele andou, o que ele fez, qual o ano que ele perdeu sua mãe? mulher guerreira, negra de sangue no olho, criou seus 10 ou 11 filhos todos unido, uma irmã dele veio pra São Paulo na mesma viajem que eu vim, mais cada um foi pra o seu lado e eu nunca mais a vi. Se chamavam Carlos Henrique e Afonso Pedro.
PG.189.
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REVISTA Menino Rei. 171.
''PEIXE SAGRADO''
Fico pensando num mundo ideal
Com pessoas sorrindo felizes
Num mundo livre das guerras
Das pregas dos agrotóxicos
Num mundo repleto de vidas
De cores de flores de pássaros
Insetos anfibios e répteis
Num mundo de paz.
Pessoas sem presa se abraçando
Falando todos a mesma lingua
Não houvesse dinheiro
Nem rico nem pobres
Não tivesse ambição e nem poder
O ouro e a prata não tivesse valos
Que todos cuidassem de tudo
Os alimentos fossem folhas flores e frutas
O peixe Sagrado os Índios Há...
Os Índios fossem seres querido
E amados por nós.
Os Mares e Rios não tivessem poluição
Cada Pessoa cuidassem de si
Do mundo e dos filhos e de todos
Que a morte fosse uma dadiva
O amor há o amor fosse um grande bem.
Penso nessas coisas.
Fim. E.Gois.
pg 176.
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REVISTA Menino Rei. ''Homenagem Aos amigos e Parentes''
Folha dos Homenageados vai em folha de papel vermelho
Colocarei aqui os nomes dos meus amigos de hoje, alguns jovens, alguns admiradores, outros amigos, outros amigas, escritores Marginais como eu, outros Poetas como eu, outros Soldadores como eu outros Artistas plástico como eu, outros Funcionário Publico como eu.'' Marcio Castro, Tânia Benevides, Akira Yamazaki, Sueli Kimura, Janete Braga Od. Rosinha Moraes , Kenia De Paula Medeiro, Anderson Mendes, Nascimento, Fagner Sousa, Sandra Peixoto, Regina Drozina, Valdeck de Garanhus, Francis Gomes, Carlos Idelfonso, Maria Megera, Escobar Franela, Luka Magalhães, Maria Candida, Luiza Marciel Nogueira, Duilio Coutinho, Osvaldo Ribeiro Triveron, Manogon, Wilsom Guanais, Modli Gurgel, Mario Neves, João Caetano, Paulo Faiok, Josilene Oliveira, Zana Garcete Cristina Vicente, Bernardete Gomes, Paulo Cavalcante, Cintia Alburquerque, Fernando Alfradique, Riza Rego, Sandra Peixoto, Rico Gozaga, Gorete, Gi Archanjo, Amanda Caldini, Elizeu Geronimo, Dilma Archanjo, Dulce Lourasque, Lindaura Jose Cruz, Ligia Regina, Éder Lima, Clarice Yamazaki, Socorro Florêncio, Lucas Florêncio, Sacha Arcanjo, Zulu de , Aribatar, Marilandia Gurgel, Viviane Menezes, Ronaldo Silverio, Bruno Portela, Teresinha Bento Pat Patricia Bento, Professor Teixeira, Raquel Pereira, Bê Queiroz, Érica Ferreira, Rudson Dicavalcante, Rubia Alves, Ninha Fonceca, Ananda Castro Caldine Archanjo Lima, Nizia Caldine, Marco Aurelio Gois dos Santos,Luiz Herrique Nogueira Teno Klen, Fabio Alexandre ReginhoGoes, Clarinha Goes, Ana Maria Gois dos Santos, Lindauro ''em memoria'' Felipe Archanjo Lima, Expedita Cristo, Mariza Cidinha Soares, Cida Camargo, Maria Elizabete Batista, Arnaldo Afonso, Arnaldo Bispo do Rosario, Renato Kosorus, Nivaldo Brito Dos Santos, Roseli Oliveira, Quitéria Florêncio, Ricardo Hidemi, Luiz Canê Minguê Guaianá, Vlado Lima, Maria Miatelo, Isabel O Rosa, Tania Maria Ferreira, Tamara Castro, Tato Wlellnigton, Tião Baia, Aninha Goes, Neto Goes Josefa Argolo, O amigo do andar de cima Alefu Amaral, Paulo NS Santana da Bahia, Do Aandar de cima Dr Edelbrando o bandinho, Marlene Mattos,
pag sem numero-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A Lenda do Nego D'dagua
ano que vem? eles dissem não! quem falou? eu disse minha mãe, eles rio, dei-lhe uma bronca.
Bom vamos marcar uma reunião para acertar o dia da nossa viagem pra o fundo do
Rio, para a Cidade de Negresia logo, perguntei aos meninos quando eles podia vim para a reu-
nião? eles dissem que qulquer dia depois das aulas, marcamos. Nos tinha-mos o problema da
viagem ser longa e ser submerçar, tinha-mos que nos trasnformar em peixes, mais isso era é
comigo disse o Quinda Come Cobra. ficou acertado o dia.
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Arquibaldo menino bem nascido, neto ou bisneto ou tataraneto de Senhores de Engenho, vivia arrotando
isso aos quatro ventos, meu pai neto de Marquez, bisneto eu acho ele dizia. O Brasil, o mundo vivia momentos de grandes angustias, caso do aquecimento Global, guerra fria, pandemia, desavença política incorreto, a pobreza avançava, as favelas cresciam assustadoramente cheio de meninos mal nascidos. Arquibaldo tinha um amigo um grude, não o largava de jeito nenhum. A vida seguia to todos morrendo de medo da terceira guerra mundial.
Só os filhos de ricos tinham boas escolas, boas moradias, boas tudo, boas comidas. Seu pai um Tubarão.
O Arquibaldo tinha um amigo, um grude, não largava ele pra nada
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