Minha amiga solidão.
Sim leal companheira.
Que me dá a paz. A liberdade.
Sozinho sou forte, sou lento.
Sou o Sol, o som, sou o tempo.
A voz, o gesto do maestro.
O cisne negro, o branco.
A planície, o morro, o pântano.
O grito, o silêncio, o riso e o canto.
O mágico! O bobo da corte.
Sozinho o Universo é meu.
Abaixo da linha do horizonte é meu.
Tudo meu, meu.
Sozinho sou Sócrates, Confúcio, Platão.
Sou Villa-Lobos, Jobim e Vinicius.
Sou Carlos Drumon de Andrade.
Sou o Cristo Redentor.
Sou um coração partido.
O lirio branco, o beija flor.
A abelha magnífica tirando da flor o mel
Sou a nuvem passageira.
Sou o luar do sertão.
Sozinho eu sou o tempo, o contratempo.
Sou a mão a contramão.
Sou ação a reação.
Sou os continentes, o oceano
Marte, Netuno e Plutão.
Sou o deserto de sal.
Avenida dos vulcão.
Eu sou ave de rapina.
Sou a águia pescadora.
Sou Ccondor, urubu Rei.
Sozinho eu sou mais eu.
Sou a Palmeira Real.
Sou o Jequitibá Rei.
Sou o castelo do Dracula.
O templo de Salomão.
Sou a Floresta Amazônica.
Sou a Raposa Serra do sol, sou Xingu .
Sou A foz do Iguaçu.
Sou a longa despedida.
Sou o juízo final.
Autor; Euflavo Gois
São Paulo 2013.
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