Vou falar da minha vida profissional. Tenho uma vida profissional muito ativa, trabalho formal com carteira registrada 40 anos, trabalhando em trabalho sofrível. Em 1969 eu tinha saído da Cindomel segundo emprega em São Paulo, e entrei na Iderol, montadora de Truk Carreta e componentes rodoviários, ali me senti no lugar certo pra crescer profissionalmente e cresci. Chegou o dia de começar, maravilha, tinha ficado três meses desempregado, não aguentava mais, agora ia em fim trabalhar. O dono da fabrica eu já conhecia, mais isso não melhorava nada a minha situação lá dentro. Primeiro dia de serviço já enxerguei algumas possibilidades de crescimento profissional. Primeiro dia de serviço fui ser ajudante de um montador, um cara bruto, não vou nem compará com um cavalo, porque estaria ofendendo o cavalo, mais conseguir me aguentar com ele, passou um dois três meses passei da experiência, nem queria pensar em não passar. mais ali trabalhando aprendendo a montagem, dos truk, aqueles caminhos ok que chegava, agente desmontava tudo a parte traseira, em um dia agente montava um truk, no outro dia outro, e assim sucessivamente, era muito trabalho, eu pensava: não quero ser montador, eu quero ser soldador. Eu estava determinado, estava cansado de ganhar pouco, tinha muita coisa pra fazer, construir casa, compra carro , casar nessas época eu tinha algumas necessidade que não tenho hoje, precisava ganhar bem, tinha planos muitos bons, queria estudar, já me sentia estabilizado naquela firma. Decidido: vou aprender a soldar, terminava de almoçar, corria num canto meio que escondido ligava uma maquina de solda, e vamos queimar eletrodo, um dia dei um azar e queimei o pé com um mau contato contato no terra da maquina, tive que procura ajuda, mais tudo bem, outra vez eu estava soldando senti uma presença por traz de mim, quando olhei era o dono da fabrica, que foi me perguntando: o que está fazendo? eu meio que sem jeito respondi: estou aqui tentando aprender alguma coisa, soldar. Quem mandou? pediu pra alguém? respondi não. Ele foi se afastando e eu desliguei a maquina, mais não desistir de aprender não, passou uns dias e eu estava lá de novo soldando, até que consegui a tão sonhada profissão.Agora era só esperá ser reconhecida na carteira, ai que foi duro, lutei muito para a profissão ser registrada na carteira mais consegui, depois de trabalhar mais de um ano sem ser reconhecido, até que me marcaram a carteira com a profissão de SOLDADOR. Trabalhei mais um pouco o serviço fracassou e me mandaram embora. fui descansar um pouco , fui na Bahia ver os amigos e meu irmão que mora lá voltei procurá emprego, a vida continua a todo vapor. Depois de quebra a cabeça andando pra lá e pra cá, fui numa firma perto de casa que estava pegando soldador, fiz um teste passei mais o salario não agradava, quando eu ia saindo o porteiro me chamou e disse: lá no Ermelino Matarazzo tem uma firma que tá pegando, os soldadores, daqui foram todos pra lá, porque você não da. um pulo lá? eu pensei, me animei e fui lá na outro dia, cheguei sete horas fiquei em frente a portaria, quando deu oito horas saiu uma funcionaria perguntando: tem mecânico de manutenção ai? tem lixador ai? tem soldador ai? eu opa levantei a mão e fui separado e levado lá pra dentro pra fazer teste. Era hora de almoço já, me entregaram pra um camarada chamado pelo apelido de lagartão, seu lagartão me levou num canto pegou dois pedaço de chapa, pediu pra mim ligar uma maquina de solda, eu liguei, pontei aqui ele disse, eu pontiei, agora de um cordão de solda aqui, eu fiz o cordão de solda ele falou tá bom. Eu tava empregado. 15 anos da minha vida ia ficar ali, ali e ficou...
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