A cidade ficava mobilizada, o lado pobre da cidade se preparava intensamente, como já falei os pobres que moravam do outro lado do rio, esse outro lado do rio, abrangia o Cemitério, a rua do Cemitério, eu chamo do lado pobre da cidade, esclareço também que eu morava lá.
Eu tenho muita saudade daquele tempo. Eu gostaria muito que esse meu relato, consiga ser tão realista, que possa levar as pessoas nessa viagem através do tune-o do tempo. Os bailes no clube social que era muito bem frequentado pela famílias bem ricas da cidade, a classe pobre não passava nem perto. Para os pobres só cachaça boa por que naqueles tempos com hoje não faltava quem pagava a conta. Os carnavais de rua era muito bom como já falei. Muita cachaça, muita bagunça.
A rua do campo lotada, os cabarés super lotado, mais meninos não passavam nem perto. A rua do campo era a rua das mulheres ''de vida difícil.'' Os meninos como eu e todos da minha idade, e até mais velhos, só podia passar por lá de dia Mais vamos descrever mais um pouco o Carnaval, Vitalino Guarda Municipal, já tava com o seus pupilos os pupilos de Vitalino eram mais de 50 ritmistas, que saim vestidos a rigor, e tinha a ala dos meninos e a porta bandeira, era o que tínhamos lá. Era essa nossa da escola de samba. Os coros de bode espichados para receber as cambitadas do samba, Joaquizinho botava seu Afocher na rua, com suas baianas rodopiado no baticuns dos atabaques, Africanos. Tinha um rapaz, conhecido nosso que saia na frente fantasiado de cacique, esse rapaz imprecionava com sua dança, ele dançava muito bem, era uma dança frenétíca, muito bem executada por ele, que contagiava todo mundo na praça. Os carnavais eram muito bons, mais as festas de São João, e as festas de Natal, eram muito movimentadas e até hoje ainda é. mesmo os tempos sendo outros. A praça ficava lotada de rapaz e moças arrumando namorados e namoradas, e nois os meninos perturbando todo mundo e com medo de ser vistos pela Professora primaria. que era uma espécie de segunda mãe, na queles tempos mágico. Vou falar mais um pouco de cinema, do cinema nacional. Do excelente cinema nacional.
Se entrega Corisco! eu não me entrego não, eu não me entrego não. Musica do filme ''Deus e o Diabo na Terra do Sol.'' que eu assistir em 61 acho no Cine São Francisco em Guarulhos. Esse filme me remeteu a volta da minha aventura com a cabra de dois litros de leite, as paisagens muito ostíl, cheia de pedras, espinhos e serpentes que eu enfrentei. Eu e meu irmão somos os dois últimos sergipanos. restantes daquela família que saio de Estânçia em 1949. pra nunca mais voltar. O cinema nacional sempre foi muito bom, mais muito ofuscados pelo cinema Americano e o Frances. Os filmes nacionais desde as chanchadas, muito presentes na decada de 50 e um pouco menos na de 60, marcaram muito minha infância, Deci Gonsalves, Oscarito, Zé Trindade, Grande Otelo, Ancelmo Duarte, Norma Benguél, Odete Lara, Anquito e alguns outros. Mazzaropi não era do cinema chachada mais foi muito importante também. Na década de 50 o cinema nacional apresentou talvez o melhor filme nacional de todos os tempos. ''Lampião o Rei do Cangaço'' Com Milton Ribeiro. Esse filme foi exibido no cine Coaraci o sucesso foi tão grande, que no outro dia não se falavam em outra coisa, nem sei como eu consegui assistir um pirralho como eu. Em Coaraci tinha muitos amantes verdadeiros apaixonados pela sétima arte.
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