Estava hoje pensando mais uma vez na minha infância, na Bahia, nos matos daquela querida cidade de Coaraci, cidade que despertei da primeira infância, daquela que você usa fraudas , chupa bico, ''chupeta'' daquela que você só sai de casa com a mãe, sua mãe vai pro rio lavar roupa e te leva, e você fica o dia inteiro ali no rio com ela, ou pelo menos ficava, porque naquele tempo quem educava era os pais, e não conselho tutelar. Agente pegava uma intimidade tão grande com o rio que parecia um peixe, o lugar era sempre o mesmo, umas pedras que já estavam bem lisa de tanto as mulheres lavadeiras de ganho baterem as roupas para limparem, maquina de lavar roupas eu acho que só nos Estados Unidos. Enquanto mamãe lavava e quarava as roupas, eu ficava o tempo todo brincando, sempre perto dela, num desses dias de lavagem de roupa eu descobri um bichinho ali no rio, era um bichinho cheio de pernas, bem pequeno, não era peixe porque peixe não tem pernas, ai eu gritei: mamãe!! olha o que eu achei? mostrei ali, ali mamãe, ela falou : é um gajé! deixe eu explicar o que é um gajé: gajé é uma espécie de caranguejo bem pequenino que vive na agua doce, não serve pra comer por ser muito pequeno, mais é bem bonitinho deve servi pra enfeito em aquário não sei. Só sei que ficava o dia todo entretido com eles enquanto minha mãe lavava a roupa. No mesmo lugar os meninos mais velhos toqueava camarão e pitu. Pra quem não conhece um pitu adulto chega a pesar algo mais de meio quilo, e o seu caldo é uma verdadeira delicia. A minha maior alegria Nesse nesse momento da minha vida é que eu estava saindo da minha primeira infância, o sinal disso é que a correnteza tinha levado meu bico ''chupeta'' e eu não tinha pedido outro.Nessa mesma época eu já levantava muito sedo com meu pai pra ajudar ele no seu novo trabalho, que era matar carneiro pra vender a carne nas rua da cidade de Coaraci. Isso era uma verdadeira luta, imaginem: compra os animais nas fazendas da redondeza, trazer os bichos tocando a pé, depois matar, vender a carne, lavar e vender o fato, isso não era faícil, com tantas dificuldades para não faltar nada em casa, mais ainda faltava, a vida não era brincadeira não era, nessa época era cinco filhos pra alimentar. eu pai tinha profissão, era carpinteiro, largou a profissão para lidar com isso, assim ele tinha um dinheirinho todo dia, eram tantas as dificuldades que nem gosto de lembra. Uma vez botou uma vendinha, mais não tinha muita paciência, o povo só queria compra fiado e ele ficava loco uma caderneta maior do mundo, cheia de nomes pessoas caloteiras, mais tinha pessoas boas também aquelas que pagavam direitinho. Mais a vida não era fácil não era. E a vida ia passando bem rapidamente pra mim que era criança, e a mil para as pessoas mais velhas, talvez nesse momento o meu sonho de vim pra São Paulo começava a materialização de um sonho. Mesmo assim não mal digo aquela infância tão carregada de responsabilidade, meu irmão mais velho também corria muito lutando, viajando no lugar de meu pai quando estava indisposto ou doente, meu irmão era um menino muito forte, muito esperto, valente destemido não sei quem puxou e é assim até hoje tenho muito orgulho dele. Meu velho irmão, o mais velho dos irmãos, nunca teve medo de cara feia, primeiro ele queria ver o bicho, pra depois corre, magina , eu era só ouvi um barulhinho já estava a cem por hora no velocímetro invisível.kkkk.
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