Embora pequeno sem idade, 09 pra 10 anos de idade.
Cabeça grande, feio. Descobri o cinema logo cedo. Para mim o cinema era mágico, um mundo novo com tudo que minha mente precisava para se desenvolver, maldade, bondade, crueldade, justiça, injustiça, prisão, castigo, arrependimento e generosidade. O bem sempre ganhando do mal e a minha personalidade sem eu perceber ia se moldando ali na geral do ''Cine e Teatro Coaraci.'' A década de 50 ali nos meus pés, nas ruas escuras ia passando eu com meus 09 ou 10 anos de idade, passava pela praça quase vazia, alguns vagabundo conversando, contando as vantagens do dia, passava pela ponte a correntezinha fazia um barulhinho que era percebido de longe a aguas fazia aquele barulho gostoso amplificado pelo silencio da noite calma, aquele barulho de agua ainda está no meus ouvidos, passava pela Rua do Campo, ainda bem agitada naquela hora. Lembrava das histórias de assombração que o Tonho contava, do vulto sentado na pedra que tinha na frente do cemitério, por vezes parecia ouvir passos a traz de mim, ai eu aumentava os passos até chegar em casa, minha mãe sempre muito brava, mais parecia entender as necessidades da vida de um pobre menino. Em frente de casa estava soberano o pé de Tambori, com seus milhares de parasitas extraindo dele a vida pra si. Voltei anos mais tarde e não encontrei mais nada, nem cinema, nem o barracão de madeira onde seu Tavinho fabricava tamancos, nem pé de Tambori. Mais a nossa antiga casa esta la do mesmo jeitinho uma casa de platibanda como era chamada por lá aquele modelo de casa. O lugar onde meu irmão tinha uma criação de grilos não estava mais lá, era o quintal lá de casa , construiram tudo. A vida das pessoas daquela época era muito movimentada, a pessoa tava assim dava uma vontade de ir no rio pescar, alguns tinha tarrafa, pegava e ia tarafiar no rio dai a pouco chegava com um monte de peixe, alguns ainda vivos, a vida da gente era assim como o lema dos três mosquiteiros um por todos e todos por um, fazíamos tudo pra trazer uma comidinha pra casa, e trazia. Tinha o Evilazio que vivia no rio pescando o tempo todo, era um grande lutador, apesar de ser franzino, o mais franzino de todos nos, pegava uma varinha de pescar um chapéu de couro, e sumia rio a baixo ou rio a cima e só voltava com sua enfierinha de peixe ele adorava fazer isso, veio pra São Paulo com o resto da família, e se enfincou no trabalho, por conta própria até morrer em 2011 com uma meningite. O Evilazio era desses meninos muito interesseiros gostava muito de trabalhar, era um leão pra trabalhar pau pra toda obra, mais nunca foi empregado trabalhava por conta, como mais velho o admirava muito no meu silencio eu sofria muito vendo ele lutando ali naquela pequena granja sem progredi nada, saia ano entrava ano e ele ali estacionado, e a idade chegando. Não conseguiu voltar lá na terra dele, onde ele passava a vida, na beira do rio pescando, meu deus meu coração tá doendo, doendo de lembra dessas coisas. Esteja com deus meu irmão. Voltando infância, nas ruas da pequena Coaraci, onde existia uma senhora muito linda que que se chamava liberdade. A minha cabeça era povoada por um monte de mitos, os monstros das histórias de Trancoso que minha mãe contava, os negos d´agua que viviam no rios e lagos, da região, o saci Pererê, a caipora, lobisomens mulas sem cabeça, que os mais velhos afirmavam que existia, que eles já tinha visto, isso formavam imagens tão reais nas nossas cabeças impossível de não acreditar. Fora isso os monstros dos filmes que agente assistia como o Mostro da Lagoa Negra, e o Povo Gigante que saia das profundezas do mar e derrubava prédios e amassava carros e multidões, tinha as histórias locais que não deixava a desejar, de onça que tinha comido boiadas inteira, comido fazendeiros e boiadeiros. de negos que tinha morrido de picadas de cobras jararaca, potes de dinheiro que algumas pessoas tinha tirado do chão ganhado de fazendeiros morto, que antes de morre enterrava o dinheiro porque não confiava em por o dinheiro em Bancos, e também não tinha bancos como tem hoje, e nem ladrões como tem hoje, bandidos só tinha nos filmes bang bang, ou nos de gangster. O Brasil das décadas de 40 e 50 não tinha ladrões, os poucos que tinha eram piedosos, não matavam as vitimas como hoje mata, podemos dizer que o Brasil evoluiu muito pra pior. Uma coisa daqueles tempos que não esqueço das primeiras coisas que aprendemos assistir rádio, é agente assistia rádio, era o Reporte Esso na voz de Eron Domingues a musica de abertura sensacional, ''no rádio que meu pai comprou''
Cabeça grande, feio. Descobri o cinema logo cedo. Para mim o cinema era mágico, um mundo novo com tudo que minha mente precisava para se desenvolver, maldade, bondade, crueldade, justiça, injustiça, prisão, castigo, arrependimento e generosidade. O bem sempre ganhando do mal e a minha personalidade sem eu perceber ia se moldando ali na geral do ''Cine e Teatro Coaraci.'' A década de 50 ali nos meus pés, nas ruas escuras ia passando eu com meus 09 ou 10 anos de idade, passava pela praça quase vazia, alguns vagabundo conversando, contando as vantagens do dia, passava pela ponte a correntezinha fazia um barulhinho que era percebido de longe a aguas fazia aquele barulho gostoso amplificado pelo silencio da noite calma, aquele barulho de agua ainda está no meus ouvidos, passava pela Rua do Campo, ainda bem agitada naquela hora. Lembrava das histórias de assombração que o Tonho contava, do vulto sentado na pedra que tinha na frente do cemitério, por vezes parecia ouvir passos a traz de mim, ai eu aumentava os passos até chegar em casa, minha mãe sempre muito brava, mais parecia entender as necessidades da vida de um pobre menino. Em frente de casa estava soberano o pé de Tambori, com seus milhares de parasitas extraindo dele a vida pra si. Voltei anos mais tarde e não encontrei mais nada, nem cinema, nem o barracão de madeira onde seu Tavinho fabricava tamancos, nem pé de Tambori. Mais a nossa antiga casa esta la do mesmo jeitinho uma casa de platibanda como era chamada por lá aquele modelo de casa. O lugar onde meu irmão tinha uma criação de grilos não estava mais lá, era o quintal lá de casa , construiram tudo. A vida das pessoas daquela época era muito movimentada, a pessoa tava assim dava uma vontade de ir no rio pescar, alguns tinha tarrafa, pegava e ia tarafiar no rio dai a pouco chegava com um monte de peixe, alguns ainda vivos, a vida da gente era assim como o lema dos três mosquiteiros um por todos e todos por um, fazíamos tudo pra trazer uma comidinha pra casa, e trazia. Tinha o Evilazio que vivia no rio pescando o tempo todo, era um grande lutador, apesar de ser franzino, o mais franzino de todos nos, pegava uma varinha de pescar um chapéu de couro, e sumia rio a baixo ou rio a cima e só voltava com sua enfierinha de peixe ele adorava fazer isso, veio pra São Paulo com o resto da família, e se enfincou no trabalho, por conta própria até morrer em 2011 com uma meningite. O Evilazio era desses meninos muito interesseiros gostava muito de trabalhar, era um leão pra trabalhar pau pra toda obra, mais nunca foi empregado trabalhava por conta, como mais velho o admirava muito no meu silencio eu sofria muito vendo ele lutando ali naquela pequena granja sem progredi nada, saia ano entrava ano e ele ali estacionado, e a idade chegando. Não conseguiu voltar lá na terra dele, onde ele passava a vida, na beira do rio pescando, meu deus meu coração tá doendo, doendo de lembra dessas coisas. Esteja com deus meu irmão. Voltando infância, nas ruas da pequena Coaraci, onde existia uma senhora muito linda que que se chamava liberdade. A minha cabeça era povoada por um monte de mitos, os monstros das histórias de Trancoso que minha mãe contava, os negos d´agua que viviam no rios e lagos, da região, o saci Pererê, a caipora, lobisomens mulas sem cabeça, que os mais velhos afirmavam que existia, que eles já tinha visto, isso formavam imagens tão reais nas nossas cabeças impossível de não acreditar. Fora isso os monstros dos filmes que agente assistia como o Mostro da Lagoa Negra, e o Povo Gigante que saia das profundezas do mar e derrubava prédios e amassava carros e multidões, tinha as histórias locais que não deixava a desejar, de onça que tinha comido boiadas inteira, comido fazendeiros e boiadeiros. de negos que tinha morrido de picadas de cobras jararaca, potes de dinheiro que algumas pessoas tinha tirado do chão ganhado de fazendeiros morto, que antes de morre enterrava o dinheiro porque não confiava em por o dinheiro em Bancos, e também não tinha bancos como tem hoje, e nem ladrões como tem hoje, bandidos só tinha nos filmes bang bang, ou nos de gangster. O Brasil das décadas de 40 e 50 não tinha ladrões, os poucos que tinha eram piedosos, não matavam as vitimas como hoje mata, podemos dizer que o Brasil evoluiu muito pra pior. Uma coisa daqueles tempos que não esqueço das primeiras coisas que aprendemos assistir rádio, é agente assistia rádio, era o Reporte Esso na voz de Eron Domingues a musica de abertura sensacional, ''no rádio que meu pai comprou''
Testo de Euflavio Gois 2013.
em São Paulo.
texto lindo desse Euflavio.
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