Eastradas Reais.,169, 170, 171. 172, 173, 174.
Livro Revista.
Algo Sobre Anália Franco.
Anália Franco nascida em Rezende Estado do Rio de Janeiro em 1856, filha de uma Professora, se formou professora também, trabalhou auxiliando sua mãe, depois se mudou muito jovem pra São Paulo, onde viveu toda sua vida lutando pelos pobres ex escravos e órfãos dos tempos tão difíceis, pais que morriam de todo tipos de doenças e ate de picada de cobras que tinha como o Diabo naqueles tempos. Aqui em São Paulo onde ela se instalou com o seu ''Quartel General em mente já prontinho'' ficava no Tatuapé: Também conhecido como Caminhos do Tatu. A sede de todo seu projeto de vida. Naquele tempo Tatuapé era uma grande extensão de matas e terras alagados no vale do Tieta. Anália Franco nasceu em 1856. como já disse. sua mãe Professora como já disse também. De coração generoso se comoveu com a causa dos negrinhos filhos da Lei do Ventre Livre que eram jogados pra fora dos limites das fazendas onde seus pais eram escravisados, sem dó ou piedade, ao contrario do que diz a história, Professora Anália Franco simplesmente recolhiam e passava a dar-lhes educação-os, e dando -lhes profissão alimentado e vestido, cuidando da saude. Anália Franco comprou sem um tostão furado do Padre Diogo Antonio Feijó uma gleba de terra, na parte alta do Tatuapé o sitio, pode se dizer um Chácara Fazenda que logo transformou as capoeiras dali e parte de mata Atlântica no seu quintal. Ali criou uma sementeira e ali produzia verduras e frutas de todas especies existentes na época com laranjeiras, abacateiros, e até cana Cainhana um belo lugar para colocar os seus protegidos e dar lugar para trabalhar, continuava a recolher negrinhos e negrinhas como já disse filhos da Lei do Ventre Livre pelas Estradas Reais por onde passasse aquela mulher extraordinária. Mulher mais de cem anos a frente do seu tempo hoje essa mulher linda e maravilhosa podia com certeza ser perseguida pelo conselho Tutelar da vida. Anália Franco foi incansável, na busca de crianças abandonadas nas Estradas Reais.
PG.169.
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Estradas Reais.
Livro Revista.
Sobre Analia Franco.
Essas crianças filhos de negros escravisados eram soltos ainda pequenos indefesos, se escondiam como bichinhos em todo o Brasil, mais só os daqui ela recolhia e os alimentavam. E os Barões do café? esses com suas mulheres Baronesas: há esse não cometeram crimes nenhum eram apenas negros, negros intendeu? Hoje esses mostros ganharam nomes de Ruas, retratos em notas de cem, pontes e estradas. As Baronesas essas viviam dentro das igrejas Católicas que eram Coniventes com a situação dos pobres assim como hoje, salva-se o Padre Julio Lancellot. Essas mulheres atiravam pedra na grande Dama por onde passava, por ser Espirita, também a Igreja onde era xingada, virava-lhe as costas. Anália Franco saia pessoalmente com seus mais de trinta alunos a pedir esmolas em festas de Igreja para alimentar seus negrinhos e negrinhas, era preciso para manter as escolas reunidas na Capital e escolas isoladas no interior. A obra de Anália Franco se resume em Fundou um sitio Fazenda de 75 alqueire de terra que comprou sem um tostão furado, como já disse, criou ali ''A Colônia Regeneradora ''Don Raimundo'' Á obra toda constitui em 71 Escolas, 2 Albergue, 1 Colônia Asilo, 23 Asilos para crianças Órfãs. Anália Franco morreu em 1919 em São Paulo foi. Acredito que dona Anália Franco soltava muitos pescadores no Rio Tiete para pescar para ajudar na alimentação dos seus protegidos. O RiaTiete era grande criadoro de peixes de varias especies. Acredito que ainda tenha vivos por ai bisnetos e tataranetos daqueles negrinhos e negrinhas recolhido e educado por aquela senhora. Os distritos de Vila Formosa e Tatuapé naquela época era uma grande coxa de retalho com fazendas e sítios espalhados por sobre ele. Chácaras de criadores de cavalos e mulas para também abastecerem as tropas de cargas pelos arredores e Minas Gerais. Também tinha grandes fabricantes de carros de bois e fabricantes artesanais de selas e arreios. Os tempos eram Românticos de mais diga-se de passagem.
PG.170.
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Estradas Reais.
Livra Revista.
Nesse meio tempo chega a construção da Ferrovia Central do Brasil trazendo com ela um grande empreendedor chamado Bras cuba, consta nos altos que ele próprio adquiriu grade gleba de terra do lado se cima da ferrovia e fez o primeiro loteamento. isso já na virada do Século. Tatuapé bruto media pra mais de 35 km quadrado, antes nas décadas de 60 e 70 as estações eram a Quinta e a Quarta parada que servia esse simpático. Conta que o predio de apartamento mais luxuoso de São Paulo e o Anália Franco no Tatuapé, uma curiosidade na década de 40, 50 era daqui que saia os carroções puxado por mulas para fazer a coleta de lixo dos bairros mais centrais da cidade de de São Paulo. Um progresso absurdo para São Paulo e o Sul do Brasil. Ganhavam a vida, o sustento outros na Arte de ferrar, por ferraduras nos burros e cavalos, outros eram ferreiros que faziam as ferraduras e outros tipos de ferragem, nas oficinas de ferreiro, também tinham os Grandes ferreiros Artísticos, os Italianos e os Espanhóis que chegaram depois eram ótimos na Arte de na manipulação do ferro, conheciam bem os fornos de fole e as bigornas. Ferreiro habilidosos foram os responsáveis, construções grandes portões para os Palácios e mansões dos Barões do Café. nesse meio tempo vem a inauguração da ferrovia com suas Locomotivas movidas a lenha trazendo muito progresso e fazendo desaparecer partes das tropas de burros, e dos viajantes que passaram a viajar de Trem os que não tinha medo. Aos poucos as ferrovias foram se esparramando pelo Brasil todo de Norte a Sul, de Leste a Oeste. e assim foram também desaparecendo um pouco das Estradas Reais. Eu continuava ali sentado a beira do caminho pensando nesse Brasil de um Século e meio a traz. por mais de uma hora eu ali escrevendo na mente via nítida A senhora Anália Franco montada no seu alazão ou na charrete vindo de la e de cá vermelha que nem um camarão na sua lida diária destemida enfrentando os perigos da época que não eram poucos Estradas Reais
PG.171.
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Estradas Reais.
Livro Revista.
Nesse meio tempo conheceu alguns Republicanos Abolicionistas de Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. que fez amizade. Figuras como o Poeta Castro Alves, Joaquim Nabuco, e outros Abolicionistas, conhecendo uma figura aqui outra ali os seu negócios iam se expandido pelo interior, por algumas cidade do vale do paraíba que ela tinha que estar também presente. As mulheres da sociedade daquela época não gostava nem um pouco dela por ela ser Espirita e também por ela esta sempre pedindo ajuda para manter alimentado um exército de meninos e meninas pobres e órfãos encontrado nas estradas paulistas abandonados. No projeto dela tinha já constava escola de Arte, faziam flore de papel, ela abriu um Armarinho lojas de enfeito e uma escola no Largo do Arroche. Nas Escolas dela eram formados os professores, os Artistas, os músicas, os Atores que eram distribuídos nas Escolas da Organização para trabalharem. Anália Franco morreu em 1919 em São Paulo cidade que ela adotou no coração. Cheguei em casa exaurido todos estavam doidos a minha procura quando cheguei de alma lavada enxaguada. Hoje dia 28 de Setembro aniversario da Lei do ventre Livre, pouco destaque a essa data, fique a observar o destaque, mais não ouvi nada sobre a falta de humanidade dos senhores de escravos, nada sobre o que eles mandava fazer, soltar os pequenos nas Estradas Reais longe dos limites. das suas Fazendas de Café ou de outros cultivo como A cana de açúcar, não ouvi.
Texto do meu Livro ''ESTRADAS REAIS'' Esta a venda logo
Poesia.
Entro de cabeço nos meus melhores sentimento
E vou em busca da semente da Arte.
Vou de corpo e alma
Fico minutos até horas em silêncio
Acordo e grito estou aqui
Vim buscar algo pra fazer.
E esse mundo do lado esquerdo
De mim me responde pega na minha mão
Me fala: pegue um formão uma Goiva
Pegue alguma coisa para bater
Pegue uma prancha de madeira
Não pare de cortar, de tira os exerço
Salve o que sobra que é sua Arte .
FIM
PG.172.
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Estradas Reais.
Livro Revista..
UM POVO SÓ SE DEUS.
Tenho dificuldade de intender o nosso povo. As vezes acho que não somos um povo somos indivíduos únicos, cada um na sua solidão, somos cada um pra si, como o mais solitário Gato. Somos Gatos e elegemos Cachorro para nos Governar. Políticos que nunca leram um livro, de história do Brasil, Políticos analfabetos Políticos, temos aqui Juizes que nunca leram um livro eleitores analfabetos políticos e analfabetos mesmo. Políticos que nunca leram um livro. Vivemos a maior derrota. Somos do Hemisfério Sul. Podíamos ter criado uma classe trabalhadora nos trezentos anos de escravidão, não criamos e facilitamos a vida de traficantes de pessoas negras para serem escravizadas aqui. Com tanta mão de obra nascidas aqui. Como pode o Brasil adotar a mão de obra tão desumana? e a Igreja Católica o que fez? O Brasil ia buscar mão de obra nas florestas, os Padres da Companhia de Jesus ajudava nessa missão de escravização de Indios a mesmos coisa que Evangélicos fazem hoje, vergonha! Com essa pratica a pobreza só aumentava, o trabalho não era remunerado. o povo pobre tinha dezenas de filhos, mais o trabalho era feito por um povo escravizado vindo da Africa. Tínhamos Rui Barbosa, tínhamos Joaquim Nabuco, tínhamos grandes brasileiros. Os escritores Machado de Assis, José de Alencar. Tínhamos José do Patrocino, As fazendas podiam ser tocadas por trabalhadores assalariados, não tinha sido cometido tantas injustiças contra o povo da Africa. Milhares de homens negros foram atirados no mar. Mamãe Africa por quer entregou os seus filhos aos homens Europeus, por que colocou seus filhos nos Navios Negreiros? Saudo você Zumbi dos Palmares, Saudo os seus Guerreiros sua luta sua Fé. Filho de Rainha veio para no Brasil para ser escravizado por Europeu, ele era Principe, fugiu e criou o Quilombo dos Palmares, chegou a acolher perto de Cinquenta mil irmãos, entre negros e brancos procurados, perseguidos. E preciso que se conte a história desse Brasil se não uns e outros vão ter Estatua gigantesca lhe homenageando. história tem, precisa ser recontada. Um país tem que ter uma história. Domingos Jorge Velho Bandeirante assassino, contratado pelo Governo para caçar e extermina-lo coisa que ele sabia muito bem como fazer. Na escola nos ensina a ver Domingo Jorge Velho como o Herói.
PG.173.
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Estradas Reais.
Livro Revista
Zumbi há Zumbi o bandido. No que ouvimos dizer, nós o povo branco dizem que somos quase todos bis netos ou tataraneto de Senhores de Engenho, minha mãe falava todo orgulhosa que era. Nos os mais alfabetizados não temos vergonha. Os nascidos da década de 40 pra traz tiveram seus pais analfabetos, por eles seus pais também não tinham se alfabetizado não tinha, por que só as Elites que podia pagar para estudar muitos iam estudar na Europa. O absurdo é tão grande que as Universidades publicas são ou foram feitas para ricos se formarem em Medicina, Engenharia, Direito. O povão, esse não tem e nunca teve direito a nada, não conhecem os sabores da vida. Perambulavam atoa nas Estradas Reais pelo Brasil a fora, muitos Negros escravizados fugiam e se escondia noa lugares mais profundo do território nosso, ali formavam os Quilombos. Navios Negreiros cruzavam os Mares carregados de almas, se precisasse sua carga eram lançadas no mar, numa tormenta muito homens negros foram lançados, um acorrentado ao outro. Anália Franco mulher generosa não aceitava a escravidão de um povo, um povo que só por ter a pele negra foram subestimados sem dó e piedade pelo povo de pele branca.
PG.174.
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