Estradas Reais.
Livro Revista. 115, 116, 117, 118, 119,
Estender na Infância.
Falando da minha infância, eu vou me estender mais um pouco: Coaraci uma Cidade muito pequena, com um povo muito seletivo, se dividiam entre os plantadores de cacau, e os lojistas, comerciantes de tecido e lojas de ferragens, os pequenos comerciantes os loucos e as mulheres dama como eram chamadas as mulheres da vida, que tinham até uma rua só delas. A rua primeiro de Janeiro conhecida como ''a rua do campo'' nessa rua mulher casado, mocinha, e meninos só passavam correndo, para não serres vistos e também não correrem o risco de ver demais na quela rua, os pais proibiam os meninos de passarem por lá já que tinha varias opções, era melhor, era melhor, essa rua era frequentada por homens respeitáveis, os homens do dinheiro, tinham alguns bordeis, bem famosos, mais o que me ocorre é o bordel da Rochinha. Rochinha era uma mulata pequena respeitada até fora do seu ambiente de trabalho, hoje essa rua e uma rua fantasma, quase ninguém mora nela, estive lá recentemente e não pude indentificam nenhum morador. Falar dos Loucos e das figuras folclóricas da cidade que não eram poucas, e que não se escondiam, perambulavam pelo centro da cidade figuras lendárias como Zé Duda, Pé de Banha, Gogo de Sola, Mendegue, Marca Passo. Marca passo diziam quem o conheceu ele antes de ficar assim, que era um rapaz de muito boa aparência, passou um tempo fora, quando voltou, volto assim, não falava com ninguém e andava contando os passou, dava dois passos pra frente e um pra traz. Rei Zulu, que era um negro com jeito de nobreza, calado, dizem que quebrava pedras, fazendo britas, que era usada nas construções das melhores casas da cidade, era filho de escravo diziam. Talvez filho da ''Lei do Ventre Livre '' provavelmente. Acredito que na Década 30, 40 e 50 se podia muito ser vistos esses resistência pelo Brasil afora. Isso é muito triste quando você fica sabendo que essa história se mantem escondida a sete chaves. Conheci também seu pai, um negro velho chamado Pomada, o conheci pessoalmente, tinha também George Canoeiro.
PG115.
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Estradas Reais.
Livro Revista.
São fatos históricos, da minha infância marcada por fatos do cotidiano de uma pequena cidade que não quis deixar morrerem, não é justo deixar, não é. Por Exemplo: João Costa Mendes, um cidadão do Século dezoito conhecido como João Vital, conheci pessoalmente. Um Senhor alguns anos, muitos anos na frente do seu tempo, consta nos autos que era Primo carnal do Lendário Antonio Conselheiro de Monte Santo no Sertão da Bahia e que foi parar em Coaraci fugido da perseguição da Republicanos. Se embrenhou nas matas do sul da Bahia e lá construiu o seu Império, numa terra adquirida plantou Cacau, foi um dos primeiros plantador de Cacau com Clarindo Teixeira, Odilon Pompilo e outros Pioneiros valentes, vindo lá das bandas de Sergipe e das Alagoas esses homens admiráveis, com suas mulheres e filhos, agora só perguntando a Deus como eles chegaram ali no extremo Sul da Bahia, na Capitania de Ilhéus. Pedro Procópio, Também Pedro Rocha. Me encanta relatar esses fatos verídicos, me transporto a Cavalo para aquele senário como fazia Guimarães Rosas seu moço. Posso ver um amanhecer, um anoitecer nas matas escuras e aquelas pessoas na beira de um fogo que já fazia parte dos moveis da casa, e que casa, as vezes ou sempre cobertas de palha de Babaçu, conhecido lá como Catolé, coco de Catolé. Me encanto ver, saber dessas histórias de bravuras e as suas valentes mulheres? Simplício , Geronimo Gonzaga do Ouro, Homens fortes que construíram a história daquele lugar. Esses homens lidaram também com jagunços, e coronéis. tiveram que se defender, tiveram que se fazer respeitar, também no bico da Carabina ou no cabo do Corneta de 20 afiado. Tiveram que pagar um preço alto para não perder a razão, não perder o fio da meada. A policia, a Justiça era eles mesmo. Mesmo assim os seus decendentes acabaram pobres. O sabor do seu chocolate foi sentido nas mesas do Franceses, Ingleses, Suecos. O cheiro do seu Cacau foi sentido por Reis e Rainhas.
PG.116.
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Estradas Reais.
Livro Revista.
Caboclos e mamelucos pelo mundo, ainda sentem, os Homens se foram mais muitos pés de Cacau centenários continuam frutífero, se alguém ai for na Bahia, vá em Itacaré lugar Paradisíaco, com Praias desertas, parem no Café com Cacau na chegada jé em Itacaré. verdadeiras delicias será no oferecido no cardápio. O George canoeiro era sem duvida um Herói de filmes de aventura para mim. Digo Salve para eles. Essas pessoas que estou falando cresciam tanto na mente fértil de um menino, que se tornavam gigantes capazes de fazerem o menino correr três dias sem parar ou adorarem como a um Ídolo, O George tirava o seu sustento do fundo do rio Almada, subia todos os dias com sua canos tipo indígena era remada com uma vara que ia até o fundo do Rio e alavancava dando um impulso para frente. o George mergulhava com uma lata de querosene que enchia de areia e subia, carregava a canoa e trazia para um porto de areia dele próprio tudo isso registrado por meus olhos esperto de criança. O George era o que se podia chamar se fosse hoje de Sangue bom, tocava bem um violão, criou primeiro trio elétrico de Coaraci. Volto a dizer salve minha gente. Tinha o Antonio Fateiro : ''o indivíduo que limpa e vende os miúdos do boi'' o homem que tinha o monopólio do fato dos bois de toda Coaraci todo boi que passava pelo matadouro da cidade passava pela mão dele que lavava escaldava e vendia salgado e fresco na feira, Antonio Fateiro. tinha uma equipe que trabalhava com ele na lavagem e venda dos fatos'' bucho e tripa dos bois. Estou lembrando, escrevendo uma homenagem a essas pessoas lindas, maravilhosas, Lendas naquela longínqua cidade: Tonho da Bala, Julia Doida , Hpito um velho que vivia ninguém sabe como, aparecia e desaparecia do mesmo jeito, com um embornal, a tira cola. Cidade pequena todo mundo se conhecia, os fazendeiros sem filhos pequenos quase não vinham na cidade só os que tinham filhos adolescentes que tinha casa alugada na rua para os filhos poderem estudar, os meninos filhos dos ricos.
PG.117.
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Estradas Reais.
Livro Revista.
Agente não conhecia, eles não iam pra rua pra poder viver kkk, não iam no Rio, não iam no campo de futbool, acho que não iam no cinema e nem no circo. Cheguei a ver algumas vezes os filhos de Varu, também conhecido como ''Avaro Pinto de Oliveira .'' Tinha Um grande homem, fazendeiro forte, não conheci os seus filhos, vim conhecer recentemente quando fui em Coaraci há dois anos atras. Joaquim Moreira homem de ferro, se entrasse alguém e lhe pedisse ajuda ninguém tirava de baixo das suas azas. Lá na cidade um pobre não entrava num Bar mais no centro para tomar a sua Cerveja, não entrava. Pobre eu digo: um servente de pedreiro, um coveiro de cemitério, um trabalhador de roça, eu observava tudo isso, tinha o Bar das Elites só era frequentado pela chamada da elite mesmo.'Ó Elite Bar por exemplo ficava na praça central, só os fazendeiros e os seu filhos frequentavam. Uma vez apareceu uma senhorita, ou Madamoseli envergando uma calça comprida sem a braguilha é claro foi a maior revolução por lá. Eu que fazia um tipo de reporte da cidade jornalista um, cheguei em casa abismado contando pra toda a vizinhanças. 'Gente eu acabo de ver uma mulher vestindo uma larga calças cumprida, é mentira me diziam, vá mentir em outro lugar seu corno. A moça morava no Rio e tinha ido visitar os parentes, e desafiou os mesmos e saiu para a Rua vestida numa calça comprida um fato histórico para Coaraci, quem era vivo viu assim linda e maravilhosas. Volto a dar um Salve para George Canoeiro, que viveu aqueles anos 50 fez parte do elenco do meu filme junto com aquelas pessoas lindas, folclóricas da cidade de Coaraci. Figuras já citadas e admiradas por mim. Depois eu já aqui entrou para esse time de inesquecível seres humano mais um amigo que ficara esquisofrênico. O Amaurilho e passou a perambular pelas Ruas da pequena Coaraci até morrer eu já em São Paulo. O Lendário Antonio ''fateiro e seu pessoal. Era a figura da pessoa que levava fato''.
PG.118.
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Estradas Reais.
Livro Revista.
''Fato é quilo cheio de tripas que os bichos e nóis temos dentro da barriga'' kkk que tinha o monopólio de todos os fatos de bois que eram consumido em Coaraci. Mais também tem o fato qualquer que pode acontecer toda hora em qualquer lugar. Ele e a não menos Lendária equipe de lavadores de fato. Estou fazendo uma justa homenagem a essas pessoas tão importantes na minha vida, na história da cidade, time dos desvalidos, dos invisíveis. Hpito um homem muito velho que gostava de ouvir, dizia ele que tinha lutado na guerra do Paraguai quem era eu para duvidar, com a riqueza de detalhe que ele contava. vivia abandonado pelas nossas Ruas ninguém sabe dizer se tinha parentes...Salve apito que Deus esteja lhe olhando de bem perto. Sinto uma friozinho aqui perto do coração, não sei dizer se é no coração, não sei. Tinha outros grandes Pioneiros vendo do outro século, com a mão diante outra atras em busca de riquesas naquelas brenhas. As vezes só com uma foto de Deus e Nossa Senhora na mochila. Caboclo Nambu, Tomé Grande, Simplício, Bitonho Padeiro, Xafique, Tenente Isaias, e muitos outros. Jesuíno Preto, Clarindo Teixeira. Tinha também misturado alguns Libaneses: Izaque Nakachi, ''Fala pra ele '' Xafique, fazendeiro forte criador de gado. Miguel Gali. Tinha Mafuz. eram pessoas totalmente adaptadas ao lugar que se tornaram Pioneiros e criaram os filhos comodamente lá.
PG.119.
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