Estradas Reais, 107,108,109,110,111.
Livro Revista.
Doze Anos de Arte.
Não tive problema, peguei um garrancho de Pau-Brasil, peguei uma serrinha medi um palmo e meio serrei, comprei um estilete de apontar lápis e fiz minha primeira Escultura. Esse que foi a primeira esta com minha filha que é uma grande Artista Plástica. Simples assim: fiz o rosto, pescoço alongado, braços, mãos e pés. Pescoço alongados e mãos ficou sendo a minha marca. pouco tempo depois eu já tinha um acervo dessas esculturas de galhos de Pau-Brasil considerável, um acervo que a cada dia crescia, eu passei a fazer isso em qualquer lugar, nas praças publicas, nos bancos das praças, começaram a me chamarem de louco, ''O louco do pauzinho'' esta ali na pracinha falavam eu pegava meu cachorro e ia pra outro lugar. Ali eu já tinha tomado gosto pela Arte, não queria ainda ser chamado de Artista, comecei a mostrar, os trabalhos, minha filha Gi levou alguns pra Faculdade mostrou para os colegas dela que acharam o máximo, O Edson Paulo foi um grande incentivador, Mestre Valdeck de Garanhuns outro, eu já tinha umas 30 peças quando fiz a primeira Exposição coletiva numa feira de arte popular em Londrina-PR a porra estava feita e eu feliz com essa nova possibilidade, ex que eu passo a escrever Poesia. Um pensador, historiador, pioneiro, com força total continuou a fazer suas esculturas, começou a usar outros tipos de galhos, laranjeira de goiabeira, seu trabalho começou a ser admirado por todos do Bairro onde ele fora Pioneiro, Jardins dos Ipês, com o Evento da Internet seu trabalho começou a romper as fronteiras, suas poesias passou a ser recitadas em Saraus, Expos na USP. Começou a sorrir mais, levantou a cabeça, não andou mais de cabeça abaixada. A arte passou a agir em seu favor, lançou o seu primeiro livro em 2017. Esse Artista temporão segue, assim com simplicidade. Quando jovem ele bebia e fumava. Ainda jovem pariu de beber e de fumava, mais falava pra todo mundo que estava dando um tempo na bebida e também no cigarro, e assim ele conseguiu enganar os vícios. E como sabia, que não ia suportar saber que seus filhos poderia ter visto ele chagando em casa babado. Não queria ver seus filhos fumando. hoje seu filhos bebem e fumam meio que escondido.
pg. 107.
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Não foi com esse homem que aprenderam beber e fumar, e assim ele segue ''Caminhando e cantando e seguindo a missão'. A xilogravura foi a única Arte que eu chegue a fazer curso, fiz curso de ''Xilogravura, literatura de Cordel e Bonecos de Mamulengos''com Mestre Valdeck de Garanhuns e Mestre Sauba de Olinda-PE. Mais não tenho praticado essas Arte. Sim lembrei: Cantei, representei em auditório cheio. fui homenageado nos Veteranos da Aeronáutica, Recitei na Camara dos Vereadores de São Paulo na Assembleia Legislativa também de São Paulo. Tenho Representado meu povo, o povo de onde eu vim. Duas Exposições na ''Passagem Literária'' em uma dei o nome da minha cidade, ''Exposição Coaraci'' portanto tenho levado o nome da minha Pequena grande Arte bem no Alto, bem no alto num sabe? Meus amigos estão morrendo de orgulho de mim, desse aqui que sou eu Quero ser conhecido sim, porque não Exposições em Bibliotecas Publicas. Não sou Artista convencional, artista que vive da Arte, eu tenho outra profissão. por isso meus trabalhos são caros, não sou Artistas das Elites. Sou um artista popular, mais meus trabalhos podem ser considerados caros, não impede que qualquer pessoa adquira, vai ser de bom tom ter um trabalho meu em casa daqui a 50 anos eu acho. Não uso maquinas elétricas em minha Arte, não uso aqui nassa matéria estou escolhendo algumas fotos para ilustrar esse relato. A vinda desse Artista: Cheguei em plena segundo guerra Mundial, Em 1943. Amo a musica do ROCK ROLL ao GALOPE A BEIRA MAR. Tenho um trabalho meu que doei para Igreja de São Francisco de Assis. em São Paulo. o trabalho tem o titulo: ''Jesus Tupy'' em homenagem as nações Indígenas, ''a todo o Povo Indígenas'' Esse trabalho Eu estava em casa como sempre, com meu Cachorro me olhando, chegou o meu amigo Petronílio Neres com um ramo de Nespra, uma frutinha que tem em todos quinta. Uma frutinha muito comum muito doce, e me entregou dizendo: trouxe para você fazer um trabalho com ele. eu lhe disse deixe ai Petronilio, deixe Petronilio Neres foi um homem extraordinário, um belo representante da nossa classe trabalhadora, teve perto de dez filhos, um sofredor de cabeça erguida.
pg.108.
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Foi um metalúrgico, depois de muitas lutas, virou mestre de obras, virou construtor. Foi um dos meus maiores amigos, fomos eu e ele grandes lutadores pelo nosso Bairro ''Jard. Dos Ypes'' São Miguel entre Vila Curuça Sp. Uma vez ele me trouxe um galho de Nêspera que tinha quebrado da arvore, eu falei Eu falei me der, ai tirei as folhas, limpei, vi direitinho, cortei um pedaço, fiz Jesus Cristo na Cruz. Ai peguei minha ferramenta e comecei cria um grande trabalho, um grande trabalho. É claro que sou contra a evangelização dos povos Indígenas, cada povo com suas crenças. Eu fiz a homenagem só pela Arte. Meus respeitos as crenças dos povos Indígenas, a sua cultura muito mais rica do que a nossa, herdada da cultura europeia e mal interpretada por nós. Vim do povo Europeu analfabeto, meus pais são do inicio do século 19, filhos de um tempo antes da Republica e também da Abolição da Escravatura, meu pai de 15, minha mãe de 1918. Seus pais não tiveram acesso a educação escolar. Meu pai aprendeu a ler sozinho por ser muito inteligente e curioso, minha mãe não aprendeu. As informações sobre a nossa família, os nossos antepassados se perderam. Voltando na Arte: Na Arte estou voando bem alto, estou fora dos limites da imaginação eu que já tinha voado na minha profissão de Soldador chegando a ''Soldador Especializado''em Mig. já tinha chegado além da conta na escola, chegando a inacreditável Universidade e me Graduado em Bacharel. Agora estou atingindo o topo, Poeta, Escultor em madeira Entalhador, andei de passagem pela Xilografia, Xilogravura. Estou saboreando escrever eh, escrever. Estou escrevendo o meu terceiro livro de memórias e contos, contos e Poesia É meus amigos, depois de caminhar sem destino certo, pelas ruas vazias, sem atracão que valesse a pena, eu já com mais de 65 anos, tinha horas que eu sentava em qualquer lugar, o gaz parecia querer acabar. Eu disse não vou me entregar. Vou tentar na Arte, comecei a olhar o mundo com os olhos da alma. E incherguei uma Arte pronta, uma Arte pronta. Vi nas ARVORES, NAS RESTAS NAS PAREDES eu vi nos galhos das arvores, nas pedras, no som do mundo, nas cores todas, nos insetos, nos peixes, vi nos cavalos, em um tudo eu vi.
pg.109.
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Eu só via Arte. virou obsessão. quis ver Artistas famoso, Portinári, Brechere, fui no Museu Lasar Seal, na Pinacoteca. Afinal eu tinha todo o tempo do mundo, não tinha Pandemia. Eu não queria copiar ninguém, batalhei muito por uma identidade artística desde o inicio, preferia ser copiado. Passava horas olhando a natureza, as arvoras eu olhava galhos por galhos para ver suas formas , olhava os peixes nos laguinho artificiais eles nadando, borboletas, os besouros diversos, as aranhas, os urubus, as gaivotas, olhava , juntava ossos, pedras, tipos de papel, papelão, qualquer coisa, sucata, tampinhas de garrafas, recorte em geral para mim tudo dar, tudo começa e termina em arte. Eu dialogo com tudo isso, sementes, são ótimas fontes de arte. Gosto de conversar com outros artistas, embora pareça que outros artistas não goste muito. Não ligo, tenho fé no meu taco. Gosto de saber sobre a arte Rupestres, a arte Incas Maias, Egípcia, Indígenas. as bonequinhas de panos das Nordestinas e Suldestinas. Ainda choro a falta da minha casa do meu quintal onde eu fiz grande parte dos meus trabalhos junto com o Frank meu cachorro que era um grude, não me largava. eu amava. Eu tive que vender minha casa jamais quis morrer no mesmo lugar onde eu tive a minha juventude, tinha medo de ser traído pelo destino e morrer ali onde eu fiz e aconteci. vendi a casa comprei dois Apartamento com escritura na mão, agora estou morando de aluguel, aluguei os dois apartamento e pronto. Hoje estou na Grande Arte. Pintando, esculpindo e escrevendo. estou danado. Vejo a beleza e tiro poesia da poesia. Vejo Arte nas cores todas. vejo arte nas grandes pedras, onde passo, Pedra Azul em Minas me encanta, me encanta o dedo de Deus no Rio de Janeiro, O Frade e a Freira no Espirito Santo a pedra da Gávia, O Pão de Açucar.
PG.110.
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Estradas Reais.
''Espermatozoide Valentão''
Eu que tinha ganhado uma corrida
De Juizes Deputado e Doutores e
Prostituas e Rainhas para mim eu era
Rico me sentia Rei. ou Embaixador
Cheguei a duvidar de mim foi um erro
Não acreditei quando me vi fazendo Arte.
Agora eu era Um ''Rei e meu Cavalo Só
Falava Ingles''
PG.111.
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