Estrqdq Reais Livro Revista .125.126.127.
Poesia
'' ROMARIA''
Fim de julho e eu via Aquele povo de fé Arrumar seus quase nada Pra botar seu pé na estrada Aquele povo de fé Chapéu de palha forrado Pano branco fita verde De romeiro Aquele povo de fé.
Cacaio bem arrumado Pra muitas coisas caber Uma mudinha de roupa Pra missa do dia seis Uma tigela de barro Um caneco uma colher E franciscana no pé Rosario longo no pescoço Um folheto de cordel Vamos promessa pagar
Viaje longa de ida Mais longa ainda de volta Com os pés ensanguentados Eu me lembro muito bem Da saída da chegada Naquela estrada sem fim Em um Sol bem sertanejo Que nascia retado de quente Passavam pelas estradas Aquele povo de Deus
Era de sete a dez os rebanhos De romeiros aquele povo de fé Contava finada Biana uma Octagenária mulher do Século dezoito um pessoa de fé Dizia dona Biana que a pintada Comia muitos romeiros Quando iam no banheiro Naquele mundo de meu Deus
pg.125.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Estradas Reais.
Muitos chapéus sem forro Sem a fita verde eram Encontrados sem seu donos Os romeiros parava pra descansar Dai entrava no mato para as Necessidades fazer não Voltavam nunca mais Seus chapéus de fita verde Depois eram encontrados No meio do areião de De riacho de Santana Na Lapa de Bom Jesus.
pg.126.
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pg.127.
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