Estradas Reais Livro Revista. 143, 144
Um Metalúrgico bom de fé
Via o. Sol nascer por traz das montanhas me emocionava, queria saber de onde ele vinha, queria saber o que tinha atras dos morros, perguntava pra pessoas mais velhas pro os sábios da cidade ninguém tinha a resposta. Ainda estou aqui movido por uma paixão, Paixão pelas grandes construções que podemos deixar: Sou movido pelo grandioso. Carlos Drummond de Andrade e a sua obra maravilhosa, Raquel de Queiroz, Mario de Andrade, Mario Quintana, Catulo da Paixão Cearence, Patativa de Asare, João Cabral de Melo Neto, Não temos mais Di Cavalcante, Cândido Portinari, nem Tarsila do Amaral, não temos Jobim e nem Vinicius de Moraes. Vitor Brechere, Mais temos o Chico Buarque, filho e irmão do Dicionário, de Aurelio eu acho. Temos o Caetano, o Gil, a Bethania, temos a Gal. Temos ainda o Lula o maior homem do Século.
Trecho de Sampa. Caetano Veloso.
'' Alguma coisa acontece no meu
Coração sempre que cruza a Ipiranga
Com a avenida São João
É que quando eu passei por ali
Eu nada sabia da fina Poesia
Que ali existia...
Alguma coisa acontece
No meu coração sempre
Que eu cruzo a Ipiranga
Com Av São João''
PG.143.
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UM METALURGICO BOM DE FÉ.
Eu na minha metalúrgica ia lembrando de passagens da infância, das travessuras que me rendia belas, e belos coros, digo surras terríveis. Ali na solidão do meu trabalho minucioso de Soldador especializado eu lembrava: Também nasci numa Manjedoura sim onde não faltavam Cavalos, Carneiros, Vacas. Éramos muito pobres, engatinhei pedindo passagem para varias especies de insetos e pequenos animais Galinhas, Patos, e até porcos. Até serpente jararaca foi encontrada caminhando na bordas da rede onde eu dormia. Eu não podia ver um buraco no chão de terra vermelha, que já queria cavar para tirar o tatu de dentro, também podia encontra um cabra lá na escavação. Mais éramos assim , destemido e corajosos, não tínhamos medo de nada. Tinha no meio os medrosos , que ficavam o tempo todo: vamos embora meu! que já esta ficando tarde. Mais a nossa vida era assim cheia de aventuras de tirar o fôlego. Sei lá acho que era isso que gerava homens de verdade. Os preparativos para ir pra o mato: Estilingues balas de pedra, mochila de pedras, pé no cão, um taco de fumo de rolo para deixar pra Caipora ou o Saci Pererê num toco de pau. Eu juro... Eu esquecia de ir pra escola para ir pra o mato casar passarinhos para cantar pra mim.
PG. 144.
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