quinta-feira, 16 de junho de 2022

LIVRO Revista: Estradas Reais.  

INTRODUCÃO.


         

              Eu sempre achei que podia  escrever um Livro, pela minha experiência de vida, pelas facilidades que sempre encontrei, na condução da minha vida, no lidar com o desconhecido até dominar na medida do possível,  pelas amizades que fiz e que ainda faço.  Pelo meu sorriso fácil, em fim pela coragem e determinação. Venho de um povo de caráter forte e verdadeiro, de um povo original. Talvez não seja tão original, não sei. Não sei como os meus antepassados foram para  nas bandas de Sergipe no fim do século 17 e inicio do 18 não fizeram o que estou fazendo, não relataram sua história. O fato é que estou aqui. Bem aqui, trago para os leitoras que por ventura, ou não sei por quer caras d'agua  vierem ler esse livro encontrara muita poesias, muitas memórias, muita arte e muitas conversas de Bar. Acredito nesse livro na narrativa desse livro em forma de REVISTA. Bem Tenho pouquíssimas informações sobre o meu povo Europeus. Mais herdei espirito aventureiro do meu povo, do povo do meu pai. Meu pai nunca me falou e nem pra ninguém que eu conheço sobre os seus antepassados. OS  antigos não gostavam de ver meninos por perto de onde eles conversavam, se o menino ficavam por perto ouvindo eles escorraçavam, por que os pais deles também tinham feito a mesma coisa com eles, ou pior. Nunca fiquei sabendo o que o pai do meu pai fazia, ou deixava de fazer, do que viviam? O que o meu pai fazia eu sei. O meu  pai era carpinteiro, tinha a Arte de Carpina. Talvez o seu pai fosse também Carpina.  ''Não sei do que o pai do meu pai vivia eles não deixavam agente ouvir as conversas deles.'' O pai do meu pai acho que morreu muito nova, provavelmente mais novo doque meu pai. A mãe meu pai não conheceu, foi criado por madrastra. O que fazia um Carpina? O carpina fazia  curral, telhado de casa de fazenda, barcaça de secar cacau, fazia cancelas, coxos de fermentação e outros utensílios de barcaças, fazia carros de Bois. Eu tento na Arte e na Poesia. Meu pai era um ótimo carpinteiro, era muito  inteligente, aprendeu a ler sem nunca ter ida a Escola.


                                                                                                                                            .

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Estradas Reais.

Livro Revista.


 

Me deu o potencial que tenho. Devo a ele pela honestidade que tenho e estou honrando por ser seu filho, aprendi criar os meus filhos com ele. Eduquei os meus filhos com um olhar, sem uso de força, eu sabia dirigir o meu olhar para eles e ele intendiam, também usava muito o silencio dirigido. Para mim sempre será fácil escrever, falar, sempre tive facilidade em usar a palavra. Alguns trechos das minhas viagens ao Ouro me emocionavam mais doque outros. Eram 39 km de emoções, de subidas e descidas de serras, para um menino como eu isso era belo, era vida,  sempre com alegria no coração eu fazia, lembrava de tudo, dos meus dias e noite, não pensava em nada que não fosse positivo. Adorava a chegada , assim como a partida.  Na cabeça eu ia pensando: O que vou fazer quando chegar em casa?  o que vou fazer sábado, há vou fazer isso, vou fazer aquilo e aquilo outro e fazia tudo que eu programava fazer. Amava  a feira, amo ainda!  Era muitas coisas para pensar e pensava: Será que tem alguma jaca madura no pé lá no alto da veia Maria? ai só indo lá ver kkk, vou tosquiar uma pedras no rio ver se pego alguns camarões ou ate Pitu. No sábado pegava o meu carrinho e ia pra feira, antes tomava um caneco de café com farinha e saia pra feira, tinha que garantir a entrada do cinema isso era sagrado.  O cinema para min era uma especie de Universidade, a universidade do conhecimento. Pensava o tempo todo na menina que sorrio pra mim. Pensava em fugir com a menina, pensava onde ir com ela, se o pai dela fosse atras de nós, fazer nos  casar. Mais eu sabia que isso não era possível, por que eu sabia que eu era feio de mais da conta.  Sabia que não ia fazer sucesso, sabia que não ia ganhar dinheiro, minha casa ia ser sempre uma casinha, não ia ter acesso bons restaurantes, nem passagem de avião, navio, eu jamais iria conhecer o mundo. Lia sobre os grandes artistas, das décadas de 40 e 50, Pablo Picasso, Portinari, Vila Lobos, meus olhos brilhavam, ouvia falar em Di Cavalcante  Baiano sim senhor. sou de uma geração da Guerra, da Segunda guerra Mundial.  Ouvia falar no radio das das pessoas de sucesso da época, das praias de Copacabana, me estremecia.


                                                                                                                                               .

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Estradas Reais.

Livro Revista.


                 O Rio para mim era com Paris, como Londres, e eu tão pequeno pensava, eu tinha a mente grandiosa, por causa do cinema. Na escola eu era um fiasco, não tinha sequencia os meus anos na escola eram uma sequencia de repetição. O meu pai que não tinha ido a escola, não se incomodava em fazer nós faltar na escola, nossa geração foi prejudicada, pela falta de cultura, pobres não precisava estudar, os  futuros trabalhadores não precisavam estudar, dai com a chegada das grandes industrias Multinacionais vieram as exigências de trabalhadores com curso, com ensino médio, obrigando os governos trazerem para todos ensino publico. Depois Universidade Publicas, A USP a mais conhecida, a mais preconceituosa, com todos os filhos de papai, com os bolsos cheios de dinheiro e os seus filhos estudando de graça. fazendo os melhores cursos. Eu todo ano recomeçava de novo  o quarto ano primário. O meus anos escolares foram lamentáveis. Um dia Deus vai olhar para os pobres do  mundo. Mais também eu penso que Deus tem medo do pobre, que ele se transformem em cobras, depois da ajuda se transforme, se assoberbe. Tenho visto pobres se transformarem em cobras. Mais agora vou falar pouco de São Paulo antigo: São Paulo dos Bondes puxados por mulas, do lixo coletado em Carroções puxados por mulas, sem as Marginais, sem a Radial, sem o Metro. sem Rodovia dos Trabalhadores, que depois alguns espertos mudaram o nome para Rodovia  Airton Sena. Podia ter guardado o nome para por em uma coisa maios, para por em um Museu, em uma Universidade Publica. em um Grande Parque em fim. Em uma grande solução para as enchentes de São Paulo, o fato é que foi uma coisa horrível, desomenagear o trabalhador tirando o seu nome da Rodovia, trocando, acho que o próprio Airton Senna não ia se sentir confortável. Acho não tenho certeza. A falta de reconhecimento pelo trabalho, pelo trabalhador não só de  São Paulo, também em todo Brasil, no mundo. Moro no Tatuapé hoje, bairro muito bom fico aqui no meu Atelier Sim por quer depois de ter trabalhado duro em Metalúrgicas, ter sido Soldador Elétrico por quase 20 anos.


                                                                                                                                            .                   ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Estradas Reais.

Livro Revista.

 

Ter soldado Itaipu Ilha Solteira, Xingo, Porto de Tubarão, Petrobras, me aposentei fui ser Funcionário Publico depois fui ser Artista, fui ser Poeta, fui ser Escritor. de Arte, fico viajando, pensando nesse Bairro ha coisa de cem anos, criadores de pequenos animais, e pomares com plantações de  laranjas e pêssegos e outras frutas.  Mais afastado tinha a penha bem mais afastado. Do outro lado do do Rio ja existia a Vila Maria.   era um grande vale sujeito a grandes alagamentos, cheio de pequenas chácaras  e sítios de pequenos proprietários    já com a Ferrovia, mais cheio de chácaras e pomares, e pequenas propriedades para criações de cavalos e mulas, porcos e galinhas e outros pequenos animais que eram vendidos para o meio de transportes de pessoas e cargas. O Tiete passando lentamente com suas aguas tão limpa correndo sentido contrario como um rebelde se afastando do mar e indo em busca de outro rio para se juntar e assim formar a grande bacia do Prata na Argentina, depois de junto com o Rio Iguaçu descer  formar as sete quedas, e antes a Grande Foz do Iguaçu.  Depois seria construído  a Grande Hidroelétrica de Itaipu nos anos 80. O maior Lago do Mundo. Euflavio Gois esse é o meu nome. Fui um dos Soldadores da equipe que trabalhou soldando Itaipu. Tenho grande orgulho de ter feito parte. ''O meu Tipo era o 34''. Vi com revolta, ser  revogada uma singela homenagem ao trabalhador ''Rodovia dos Trabalhadores'' para  Rodovia Airton Senna.  tão legitima, para homenagear um homem só, e ninguém se manifestou, ninguém falou nada. pois eu me manifesto, e protesto. Eu sou um felizardo, assistir a chegada do homem a Lua, a chegada do liquidificado, da maquina de lavar roupas, da enceradeira elétrica, do ferro de passar roupas elétrico   do telefone celular, do aparelho de radio portátil, do aparelho de tv,  do microonda etc.

                                                                                                                                          .

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Estradas Reais. 

Livro Revista.

Trecho da Musica Chão de Estrelas.

Silvio Caldas.


 

                                                                   A minha vida era um palco iluminado

                                                                   Eu vivia vestido de dourado

                                                                   Palhaço das perdidas ilusões

                                                                    Cheio dos risos falsos e da alegria

                                                                    Andei cantando as minhas fantasias

                                                                   Entre as palmas feliz do coração.


                                                                   As portas do barraco era sem trinco

                                                                  Mais a Lua furando nosso zinco

                                                                  Salpicava de Estrela o nosso chão...



Da musica ''Chão de Estrelas ''

De Silvio Caldas.

                                                                                                                                          .

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