O Menino Rei. 64, 65.
Minhas Lembranças solta.Palmas para George.
Não posso deixar de falar desse Grande Herói da minha infância: De George Canoeiro.
George Canoeiro era um rapaz solteiro que tirava areia do fundoAlmada com uma canoa indígena muito longa, ele era um grande guerreiro com sua canoa tirou areia a vida toda em Coaraci sua cidade do coração, tudo isso em baixo do meu olhar muito atento.
George era muito atencioso com nos as crianças frequentadores do nosso Rio.
Eu sei direitinho como ele tirava a arei no fundo do rio com uma lata de querosene adaptada para isso, ele ancorava a canoa enfiava a vara de remar e descia com a lata na mão lá embaixo ele enchia a lata de areia e subia, assim ele enchia a canoa e remava de volta para o seu pequeno porto de areia.
Esse grande Herói construiu, com sua canoa Indígena ajudou construir uma cidade, a nossa cidade, dessa maneira: com areia tirada a mão. Carregada até a beira da pequena construção no lombos de jegues, eu disse de jegue. Ele próprio negociava e media ali.
O George também foi um grande violonista, quando surgiu os primeiros trio elétrico na Bahia de Dodo e Osmar, o George tratou de chamar um companheiro que era bom no cavaquinho e montou o trio'' Elétrico de Coaraci''. ARRUMOU UM AMPLIFICADOR Arrumou e botou o Bloco digo o Trio Elétrico nas Ruas de Coaraci foi um sucesso estrondoso nunca mais visto, minto, acho que ainda saiu uns dez anos nos Carnavais e Micaretas kkk. George receba a minha homenagem através desse conto. Lembro daquele sorrisão. Coaraci tem que lhe ser grato, o povo de Coaraci, tem que saber quem foi você meu amigo. O Rio Almada jamais o esquecera. Você poeticamente com sua canoa Indígena cheia ate a boca de arreia do Rio, para as construções da Cidade. A PREFEITURA, OS BANCOS, AS LOJAS, COLEGIOS AS IGREJAS, CINEMAS E SEMITÉRIO Você na sua solidão e ainda tinha forças para tocar o seu violão surrado a noite. Sinto uma paz somente de falar de você, os Heróis jamais deverão serem esquecidos jamais. Aonde você se encontrar receba.
PG.64.
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REVISTA Menino Rei.
Você fez muito parte da história de um povo, valente vindo de longe, e parado ali em Coaraci, um dia, nos Macacos. Acho que nunca vi o George na feira, ou na praça da cidade, nem no carnaval, nem na Igreja, era um homem da casa pra sua canoa de onde ele tirava o seu sustento pra si e pra sua mãezinha. Acredito que ele nunca tenha ido em Ilhéus, deve ter chegado com os primeiros, acredito, que tenha chegado quase junto com Ernesto motorista caminhoneiro e Silveira Alfaiate, e ficado ali até morrer, como os dois. Era preciso tomar muito cuidado com Coaraci, pois ele na
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o soltava as pessoas queridas, foi assim com Borginho, com Fala pra Ele, com seu Barcelar, com Varú, com Reginaldo meu irmão, com Clarindo Teixeira, com Paulo Preto, com Zeca Branco, com Seu Dole, com Seu Zacarias Bonina, com Seu Tiano. Com Pedro Procopio, com Zé Dunda, com Antonio Fateiro, Com Ricardo Neto, com Ricardo técnico de Radio, com Tonho da bala, com Maria Anita Vascaína, com Sindu da pensão, co, Ludugerio marceneiro. Com João e Elizer Batalha o primeiro Sub Delegado. As Professoras Carmem Dias, Professora Dejanira, Professora Irene Ri. digo Irene Fita, Professora Perpetua, e Liana Rocha.
Nome da parada. E vocês outrora meninos, ou que ainda não tinam nascido saiba quem foi o George Canoeiro. Certamente deixou no fundo do Almada a sua juventude, pegando arreia lavada como agente da época comprava. vejam que legado esse homem do sorrisão deixou. Lavei a alma em falar dele, e nem tive tempo de me despedir do George
PG.65.
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