terça-feira, 21 de junho de 2022

 REVISTA Menino Rei. 167, 168, 169.

A TERRA POMETIDA.

                                                                                                                                                              Pronto chegou o dia, chegou a hora  da viagem, muitas despedidas meu olhos brilhavam, chorava eu tinhas minhas amigas queridas que me amavam, foi uma choradeira só. minha mãe sujeita muito forte segurava pra não chorar, meus irmão mais novos, crianças ainda não sei o que eles achavam dessa viagem, o caminhão ia sair as 2 horas da tarde, saiu um pouco atrasado, tinha que pegar uma família inteira com mudança e tudo em Ibicaraí-Ba. Ainda almocei com minha mãe. Ouve um contratempo na minha viagem: Meu pai resolve vim comigo, comprou a passagem de ultima hora e veio comigo. Por essa eu não esperava! sai de casa com minha mala velha surrada de poucas viagens mais muitos anos de casa, era uma mala de sola muito usado por nós nordestinos originais. Foi uma choradeira geral eu era muito querido e ainda sou, subi no caminhão Mercedes Cara Chata, um chegava, outro chegava, vinham   em uns30 cristãos entre grandes e miúdos umas 30 pessoas mais ou menos, não lembro de mais ninguém, o motorista ligou o bicho e deu partida, ia ser seis dias de viagem em estrada de terra, com muito atoleiros para enfrentar. Pegamos a estrada que liga Coaraci ao mundo umas três horas, chegamos em Itabunas as cinco, fizemos uma parada de meia hora para abastecer o caminhão e seguimos rumo a Ibicarai, antiga Palestina aonde pegamos uma família com mala e cuia, dormimos, claro que eu não consegui dormir coisa nenhuma,  na frente da casa dessa família, saímos perto das cinco da manhã rumo a São Paulo, viajemos o dia todo na Rio Bahia de terra batida, muitos atoleiros, muito carros parados sem poder seguir.estávamos no segundo dia de viajam, paramos em Nova Conquista.


                                                                                                                                        PG. 167.

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REVISTA Menino Rei.

A TERRA PROMETIDA.

 

para descansar, saímos de Nova Conquista, logo entramos no Estado de Minas Gerais, o caminhão gemia de dor ou sei lá, só sei que na minha cabeça ele gemia. Eu e uns meninos da minha idade arrumamos um lugar no fundo da carroceria e viajamos lá a Céu aberto se divertindo, quando a emoção passou, dois dias e meio atravessando o Estado de Minas Gerais. A gente vinha vendo tudo, a velocidade era baixa, vimos muitas entrada de minas de ouro, muitos coros de Onça secando nos terreiros das casas de taipa, eu ficava impressionado com tudo aquilo, vi uma enterro sendo levado o cadáver levado numa rede de dormir, por um pequeno grupo. Eu que era acostumado a ver coisas assim, num Brasil que sempre caminhou cem anos ou amais atrasado na história, confesso que fiquei  abismado, pensei  que aquilo era coisa de Coaraci minha terra. Quando vi as entradas das minas de ouro,  deu vontade de pular do caminhão e ficar ali mesmo. Agente cantava, sorria, fazia planos para quando tivesse já ganhando dinheiro. Pois é meu irmão as coisas não mudaram muito não, só passaram uma nata de asfalto na Estrada. No terceiro  pra o quarto dia atravessando o Estado de Minas Gerais, passamos em, ou por Pedra Azul maravilhosa, se eu pudesse tinha descido do Caminhão e ia lá perto dela para ouvir seu coração.  A viagem seguia e  eu pensava em comprar um terreno e uma bicicleta em São Paulo quando tivesse trabalhando é... o que sobrasse, fumar cigarros branco e beber bebida boa, carakkk. Estudar ninguém falava, ai, ai, ai...  Estado de Minas Gerais. era muito rico na nossa visão deslumbradora  daqueles jovens passageiros da Nave dos Sonhos. Passamos em Pedra Azul linda maravilhosa aquele  gigante arredondado no meio do Gerais.

 

                                                                                                                                         PG.168.

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Nesse meio tempo e deu fome, fui procurar mina farofa, para comer um punhado de farinha com um pedaço de galinha já endurecido, não encontrei, não,  não encontrei aonde eu tinha guardado, fiquei desesperado mais a viajem tinha que continuar, e continuou. Passamos por Caratinga que estava em festa, uma moça da cidade tinha virado Mis Universo, passam por la no sentido Rio de Janeiro, cortamos caminho para não passar no centro do Rio.  De vez em quando a saudade da minha mãe, dos meus irmãos e amigos apertava o coração eu chorava mais logo passava, lá na Bahia não deixei namorada, quem ia namora com um menino veio, mesmo que ele  tivesse 17 anos. Isso aqui foi em Novembro de 1961 foi... Passamos em Teofilo Otoni, Eng. Caldas, depois Governador Valadares, um daqueles rapazinhos morou perto da minha casa por muitos anos. Depois de quase dois mil quilômetros de viagem bem viajada  chegamos a terra prometida.  









                                                                                                                                                   



                                                                                                                                        PG.169.

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