sexta-feira, 9 de abril de 2021

Estradas Reais. , 177, 178.

Livro Revista. 

Da caixa prego de onde eu vim.

 

             Depois de caminhar por caminhos tortos, cheguei até aqui, nesse mundo maravilhoso da arte, e é aqui que eu vou ficar. Sai ileso de uma jornada de mais de quarenta anos de um trabalho limpo, de um trabalho estrondoso, fantástico, fui soldador elétrico por mais de 20 anos, um pinhão, trabalhei em situações quase impraticável, mas digna de um bruto, um trabalho fortalecedor. Trabalhei em uma industria de molas de 1962, até 1969. Cheguei lá um menino franzino, só tinha cabeça, quase não fui aceito por isso. Sai um forte!  Trabalhei só em três metalúrgica.  Fui muito feliz e aprendi muito nessas três industrias acreditem, sou muito agradecido a Deus por isso. Aposentado e ainda me sentindo jovem e forte. O que fazer agora? não estava rico, não tinha dinheiro algum, tinha uma casa velha cheia de mofo, e um carro caindo os pedaços. vim de um povo sem herança nenhuma, por tanto quem tem que fazer e vencer sou eu. Imaginem num país que as oportunidades são totalmente medida pela sua boa aparência, aonde você tem que ter boa aparência? para arrumar um bom emprego? se você é nordestino e pobre não tem jeito você tá lascado. Boa aparência em nordestino só se ele for rico, como rico ou filho de rico não vem pra São Paulo, então não tem nordestino com boa aparência por aqui. Mesmo assim eu não me abalei. Venci essa batalha sem me importar com bobagens. com 45 anos, diploma UNIVERSITÁRIO na mão eu caminhei.  45 anos e aposentado como mandava o figurino sem dinheiro igualzinho cheguei aqui em São Paulo, só que agora com 45  anos uma mulher e três filhos, uma adolescente e dois crianças ainda. Eu tinha acabado de me formar em bacharel, estava todo  se achando, porem ainda zonzo com a queda que o salário sofrera, estava vendendo o almoço para poder jantar. Depois de trabalhar 30 anos eu estava em 92 totalmente sem dinheiro pra nada. Isso é inacreditável, agente trabalhando não tinha noção sobre isso.


 

                                                                                                                                         PG,177. 

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REVISTA Menino Rei.

 

Tive que pensar rápido, correr por quer a barriga não espera, tinha lá no fim do túnel um concurso para fazer o senso de 92. Eu fui lá e fiz  o senso terminou prestei outro concurso na Guarda Civi Metropolitana, passei e me apresente, mais na hora H desistir, não dou pra ser autoridade. kkkkk. Vou aqui, vou ali de um lado pra outro, as soluções eram muito pequenas para quem já tinha trabalhado 30 e poucos anos dentro de uma fabrica.  Me chamaram para ser Gerente em uma fabrica de maquinas de lavar roupas industrial, fiquei lá ate ser chamado no concurso pra Fundação do Bem Estar do Menor. Lá trabalhei por 10 anos. Sair limpo  e fui ser Artista. mais ai eu já tinha 60 anos de idade. 



                                                                                                                                                







                                                                                                                                        PG, 178

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