sexta-feira, 9 de abril de 2021

Estradas Reais 117, 118, 119.

Livro Revista 

Os autores desconhecidos




           Pois é, autor desconhecido não! É uma peça em ''ITAPICURU PRETO'' trazido da Bahia, título ''ITAPICURU'' Colocarei a foto no final do texto. Ainda tenho a esperança de ver o Museu da Zona Leste de pé. Também tenho me arriscado nos pinces, tenho alguns trabalhos em telas. a pintura que eu mais gostei foi o ''Gatos na Luz'' pintei ''Favela'' São trabalhos que tem que ser prestado atenção, por ser arte, e assim sendo merecem respeito. Nesses dez anos na arte eu tenho observado, a  sua  importância no meu cotidiano, cada trabalho concluído me dar uma satisfação sem igual, é como eu ter dado a luz a algo. No processo todo de criação, eu estive em companhia do Frank, ele foi uma luz na minha vida, levantava junto comigo, tomava parte da minha vida, eu levava ele todos os dias para a sua voltinha no quarteirão, ele era um animal feliz depois de tomar o café e ele comer sua ração, começava o meu dia de arte ele me seguia para um ponto no quintal que eu chamava de Atelier a céu aberto e lá íamos  trabalhar, foram criado ali centenas de obras. Da Bahia pegamos muitos troncos de madeiras excelentes, troncos perdidos no meio do pasto viraram arte na minha mão, um tronco sem vida, as vezes chamuscado de fogo, de itapicuru ou até jacarandá da Bahia viraram arte. Eu trouxe  da Bahia, meu amigo Márcio Castro consegue essas madeiras pra mim e transformamos em arte, é muito gratificante, me sinto premiado A minha arte teve inicio quando nasci. Nasci em plena Segunda Guerra Mundial. Nasci um menino saudável, criativo, esperto, cheio de vida, minha mãe foi uma veterana de guerra, assim eu também fui, por quer eu estava na sua barriga sendo carregado por ela. Enquanto trabalhava na tecelagem, depois da jornada de trabalho, duas horas a mais como voluntária e eu juntinho na sua barriga, no dia 8 de outubro de 1943 quando eu nasci ela trabalhou o dia inteiro.A minha cidade ficava as escuras, com suspeita de submarinos inimigos nas suas águas, dizem...A nossa cidade assim como todas as cidades do nordeste se identifica muito com a arte popular, que aflora nas suas festas populares, nas feiras livres e etc. Sou de uma geração extraordinária, os meninos eram muito criativos. A rua era a sua escola, os meninos ricos viraram SENHORES.


 

                                                                                                                                        117


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Estradas Reais.

Livro Revista.


               Eram preservados,  viraram médicos , engenheiros sei lá o que! os pobres alguns viraram  grandes artistas nas ruas do mundo, do seus mundos. O meu pai tinha a arte de Carpinteiro. Sim naqueles tempos as profissões todas eram chamadas de Arte: Ferreiro, Pedreiro, Carpinteiros, Pintor de paredes também, Escultor. Todos eram Artistas, alguns muitos famosos. As cidades históricas de minas Geraes, Salvador, Cachoeira-BA. A arte era a principal atividade humana. As bordadeiras, modistas, ''a mulé rendeira'' Somos uma família de artistas, extremamente  inteligentes, tenho muito orgulho de pertencer a essa gente maravilhosa e procuro sempre honrar  e amar os meu antepassados, por ter me dado esse DNA. Apesar de não ter muitas informações sobre eles, sei apenas que o meu avo se chama Joaquim e só! meu pai não fala deles. Voltando aos dez anos da arte,  a arte esta  me trazendo muitas surpresas nessa vida, tenho buscado dar uma identidade aos meus trabalhos, dando-lhe uma identidade mista para as minhas esculturas, trabalhando o feio, rústico, torto, malamanhado, com o Frank junto eu viajava, dividia o meu tempo com ele e as escultura, a poesia e os passarinhos do quintal, me visitava todos os dias. Todos os ano um par de tucanos me visitava vinham na época de coquinho, eles vinham por causa dos coquinho. 

 Muitos me chamam de Artista temporão, não sei se é elogio ou não, vou levando a vida assim com um sorriso embaixo das  orelhas, outro na manga. O Frank se foi fez quarto ano, entristeci e ainda estou, aguardando fechar a cicatriz. Mais guardamos a cinzinha dele, o nosso consolo, me deixou sozinho com a arte, que está cada vez mais viva. Todos os dias faço ou dou continuidade a uma nova peça, as minha escultura não segue nenhum padrão ou estética, não tenho preocupação com projetos, ou simetria. As minhas São escultura livre, aproveito os contornos do meu material, escolho antes o que serve pra mim trabalhar a minha arte. já mudei muita coisa nesses dês anos de arte, a mente abriu, o trabalho que era simples, Ingênuo foi se transformando, sofisticando a cada dia, sobre as exposições: tenho feito algumas pequenas, mais já tive convite pra expor fora do país, mas o custo é muito alto.



                                                                                                                                          118.

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Estradas Reais.

 Livro Revista.



                Não tenho patrocínio, fica difícil. Carreguei nas costas forte o grande peso de não ser artista, o insuportável peso de não ser poeta, o incomparável peso de não ser escritor. Agora chega! por favor agora chega. Há doze anos exato eu disse; vou ser artista, vou ser escritor, vou ser poeta e fui ser, e sou. Não é que ser o que fui tenha sido ruim, ganhei força, aprendi ser o que sou, aprendi a me defender, tive que lutar com as armas que tinha, que tenho as mãos e o cérebro, frequentei os lugares mais insalubres e hostil dentro do galpão das fabricas, fiz coisas inacreditável, eu fiz. ''fui um guerreiro do fogo'' vivi a maior parte da minha vida dentro da fabrica no escuro de uma mascara de soldador, aquela que o soldador usar trabalhar, vivi num mundo só meu, por infinitos momentos infinitas horas dos meus  meus dias. Ainda estou vivendo assim.






 







                                                                                                                               119
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