Estradas Reais.148, 149.
Livro Revista.
Agora um Funcionário Publico.
Corre pra aqui pra acolar, esse sertanejo com 45 anos. esse bravo não viu outro jeito. Prestou um concurso publico e entrou numa fundação que cuidava de menores delinquentes, ali trabalhou 10 anos, pediu demissão e foi pra casa ser artista, foi ser poeta.Corre pra qui, pra colar esse sertanejo com 45. anos. Esse bravo não viu outro jeito. Prestou um concurso na Fundação do Bem Esta do Menor, passou no concurso e foi. tinha acontecido no fim de 95. Eu precisava participar, antes eu tinha feito outros concurso para trabalhar na Infra aero, outro na GCM. tinha sido aprovado em todos estava esperando Ser chamado em um o primeiro que me chamasse seria o meu. Fui chamado primeiro pela FEBEM. Hoje Fundação Casa. Fiquei por lá exato 10 anos. Vivi ali um mundo completamente diferente, deixei muitos amigos, amigos lindos, amigas lindas, maravilhosas. Morro de saudades deles ainda eu digo. Fui muito feliz por lá de Talvez a maior e melhor experiência da minha vida. Jornada de doze horas sistema de Plantão, completamente diferente do antes trabalhado, percebi ali a minha facilidade de adaptação. Iniciei numa casa de semiliberdade onde os menores são supostamente preparados para a liberdade, mais na cabeça deles não existe possibilidade de estarem preparados, nem na minha. Fui mandado para outra, essa primeira casa foi fechada. Não existe um preparo para nós, saímos da construção e entramos para trabalhar lá sem preparo, sem uma pedagogia. Eles querem pessoas brutas, pessoas perversas para trabalhar lá direto com os menores delinquentes. Hoje a Fundação Casa, um lugar completamente de papel, é tudo bonito no papel, Pedagogas, Assistentes sócias, mais o trabalho é de auto risco. Depois de ter passado por ali eu comecei a me admirar mais, Passei a sorri mais, a contar mais, eu me beliscava para ver se eu ainda estava vivo, kkk Meus leitores a coisa não é brincadeira ali, tenho vários amigos companheiros por lá, Um dia quando completei 10 anos lá foi lindo peguei uma folha de sulfite dessa mesma que as vezes desenho Arte e fiz a minha melhor Arte, calmamente escrevi a minha carta de demissão. E assim fui pra casa ser Artista. fui ser Poeta.
148.
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Estradas Reais.
Livro Revista.
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Outro dia encontrei um antigo companheiro dos tempos de Metalúrgico, nos tempos de Soldador, essa Internet. e uma maquina maravilhosa. Foram dez anos tempos para uma criança de dez anos ficarem um adulto de vinte anos.Dez anos é tempo demais, tempo de mais em dez anos uma pessoa bem sucedida pode se tornar um milionário, um menino daqueles se tornar o maior bandido de um estado ou do Brasil?. Pois é eu pensava em tudo isso, e em mais alguma coisa, pensava que era minha obrigação salvar a vida de cada menino, cada jovem daqueles. Por quer a vida Apronta com agente? a via estava aprontando muito, já tinha aprontado muito com cada um deles. Eu saia de casa para trabalhar nos meus plantões pensado que eu podia estar fazendo o melhor de mim por aquela causa, uma causa que sempre estive perto, sempre estive sentindo a presença dele por perto. Pensava que nem eles e nem nós teríamos os mesmos privilégios que as pessoas que nos usam, e abusam de nós, tem o direito, eu sentia sendo um deles, nesse mundo de injustiças sócias. eu era chamado carinhosamente pelos meninos: Senhor Rapaziada. Sim mais tudo não foram fácil na queles dez anos da minha vida, fui algumas vezes ameaçado por meninos ali no circuito grave do complexo Tatuapé. Fui, já estava disposto a sair, ir embora. fomos separados, o time que eu componha, fui trocado por outros funcionários comprometidos com a tortura de menores, ai não deu mais. Já se vão 16 anos que sai da Fundação, através da Internet posso encontra amigos queridos ainda hoje, tenho algumas pessoas daquele ambiente tão Hostil, que ainda é possível encontra e falar daqueles tempos, das aventuras que é você esta no meio de uma Rebelião de menores. Ou simplesmente no meio. Falo ainda com a Tânia, com o Anderson, com Orlando, a Kenia. Para mim foram dias, anos de muito aprendizado, pra vida toda, anos marcantes.
149.
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