sexta-feira, 1 de março de 2013

Continuação de Uma profisção construida com muito fogo


Arranjei esse emprego por acaso se é que acaso existe, só sei que eu estava numa empresa, tinha feito um teste mais não gostei do salário, quando ia saindo o porteiro dessa empresa me chamou e falou: lá no Ermelino Matarazzo tem uma firma que está pegando, os soldadores daqui foram todos pra lá, eu disse tá bom. No outro dia bem cedo eu estava lá firme e forte. Cheguei na portaria da da firma sete horas já tinha um povo lá esperando, quando deu oito horas saiu um homem com uma prancheta na mão, e foi perguntando: tem mecânico da manutenção ai? tem caldeireiro ai? tem soldador, se apresentaram uns quatro soldadores, uns dois mecânicos, uns quatro caldeireiros. Tem torneiro mecânico frezador, me acompanhe,
entramos era só ansiedade, lá dentro me apresentaram para um homem, encarregado de solda, foi perguntando voce soldar com  mig? Eu respondi ; soldo. Eu não sabia mais estava preste a ganhar um dos maiores salario de soldador do Brasil. Ele pegou dois pedaços de chapa grossa bem enferrujadas, falou agora ligue a maquina eu liguei a maquina regulei. Ele disse pontei aqui, eu disse enferrujada não da pra soldar, ele pegou outras chapas colocou em forma de ''T'' ele falou pontei e der um cordão de solda eu fiz o que  ele mandou, ele disse tá bom, desligue a ,maquina e vamos, o pessoal está em horário de almoço O lugar era meio deserto , não tinha onde se tomar um refrigerante, esperei a volta do almoço. e pronto já cheguei em casa empregado. Minha vida mudaria muito entrei num período de quinze anos e meio, até me aposentar, sim me aposentei nessa empresa. Tenho o maior orgulho de dizer que trabalhei pra as maiores obras do Brasil, vou citar algumas: Barragem de Sobradinho, Siderúrgica Nacional, Hidrelétrica de Itaipu Petrobrás Hidrelétrica de Tucurui,  Tratores Fiat. Complexo Pedra do Cavalo e muitas outras obras. Entrei como soldador de III, fui pegando qualificação até chegar em soldador especializado. o máximo que um soldador poderia chegar eu cheguei. Ao entrá na empresa ganhei logo um apelido, passei a ser chamado de'' Azambuja'''  lá todos tinha o seu apelido vou citar alguns: sete faca, cinco faca que era irmão de sete faca, satanás, acaba feira, alemão, lagartixa e muito outros. Quando cheguei pra começar fiquei assustado com a desordem no  local de trabalho uma bagunça, mais eu vinha de outras firmas também muito desorganizadas e logo me readaptei ao serviço, tive que reaprender o trabalho, mais fiquei quinze anos assim mesmo. La nessa firma organizei minha vida voltei a estudar me formei em administração,  de empresa, construi minha casa, casei comprei carro, fiz bons amigos bom relacionamento com todos da empresa, era muito bem conceituado como bom profissional que era , ou que sou. Tive um momento muito difícil, foi quando um acidente quase tirou a minha vida, eu estava soldando uma peças de trator, assim em frente a mim tinham abandonado um tambor de tinta alumínio de duzentos litros, num dado momento aquele tambor explodiu e virou derramando a tinta incendiada na minha direção no susto, eu bati a mão na mascara jogando longe, quando olhei pra baixo o fogo estava subindo nas minas pernas sai correndo e lembrei que não podia correr se não o fogo me devorava mais rápido e parei comecei bater veio alguém e me ajudou a apagar o fogo, estava subindo já estava quase atingindo o telhado mais conseguimos apagar foi só um susto, Tinha também uma passagem de nível muito perigosa no nosso caminho quando era inverno a serração não deixava agente ver o trem que vinha traiçoeiro silencioso, era um perigo a mais. Mais tudo que tem um inicio tem um fim. Empresa já dava sinal de decadência, não ganhava mais concorrência, tivemos que fazer uma greve, onde fui convidado a ir pra mesa de negociação para tentar melhorar a situação dos empregados , que cansados e de perder dinheiro criamos uma lista de reivindicações conseguimos algumas conquistas e voltamos ao trabalho, mais por isso fui mandado embora, mais já tinha dado o meu tempo de aposentar,  me aposentei. a empresa perdeu varias concorrências, teve que dispensar  a maioria dos seus empregados inclusive eu que em vias de me aposentar, aposentei. E assim terminei um ciclo de trabalho  como metalúrgico, para entrá em outro. Mais quero falar de um homem extraordinário que tive a honra, o prazer de conhecer e de trabalhar com ele, um Italiano muito bom, no que fazia, e na vida no tratamento com o seus subordinados,  Vitório era seu nome, era capaz de resolver qualquer problema técnico em uma comporta, de hidrelétrica, era um jovem todos gostavam de trabalhar com ele, mais tudo passa e ele também passou. Sr. Trivellato, outro Italiano muito bom em fazer gabaritos para grandes produções fazia verdadeiras engenhocas fenomenais. Esse homem me requisitou para trabalhar na sua equipe e com ele fiquei até sai da firma em 1989. Foi uma honra trabalhar com homens igual como esses. Foi uma pena eu ter trabalhado com essas pessoas já no fim da minha carreira profissional e da deles, eu aprendi muito e ia aprender muito mais, mais não me queixo tenho muito, muito orgulho de ter passado por esses grandes momentos profissionais na minha vida. o que ajudei construir meu tipo era n°34. com o tipo agente marcava a solda que agente fazia, identificava o serviço de cada um. Passo pelo local, hoje funciona outra empresa, as vezes até choro depende como eu esteja meu estado de espírito.


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