quinta-feira, 31 de julho de 2014

Uma Aventura nas Terras do Ouro l

Ano de 1949 não sei o mês, tínhamos acabado de chegar em Coaraci Sul da Bahia, cidade promissora famosa por sua riqueza lá pelo norte de onde viemos. Meu pai quando rapazinho tinha
andado por essas terras, e mesmo depois de casado tinha voltado para trabalhar por lá, meu pai era Carpinteiro de profissão. Tinha feito amigos por lá, e dessa vez resolvera levar a família para o sul da Bahia. Não posso deixar de contar uma tragédia que se abateu na nossa família, que fez nois deixa três membros  para traz, foram três meninas que infelizmente morreram  de sarampo. ficaram pena. nem sei como não fui nessa, depois da Eunice, eu era o próximo, não tive o sarampo. Vamos ver o que aconteceu nos próximos meses. Chegamos em Coaraci 5 dias de viagem de caminhão, estrada de terra, muita aventura, pela primeira vez sentir o delicioso sabor de hortelã, alguém da viagem me deu uma PASTILHA DE HORTELÃ. A viagem seguia na quarta noite meu irmão mai velho caiu de cima da carroceria do caminhão, caiu de cabeça por sorte não fraturou o crânio por sorte. quando amanheceu o dia ele estava com um galo enorme na cabeça. Em fim chegamos a terra nova, já tinha uma casinha pra gente ficar provisoriamente, até meu pai se arranjar, arranjar trabalho. Os dias eram de muita incertezas, mais quem é menino não se incomoda com isso Dona Amelia foi a primeira pessoa a fazer amizade com agente, uma ou duas semanas depois que chegamos, ela já era amiga de infância da minha mãe e já foi chamando minha mãe pra ir conhecer uma roça de cacau, minha mãe não sabia o que era cacau muito menos roça de cacau. Donata a semana que vem vamos na roça de cacau apanhar coco de buri e de catolé e lenha pra cozinhar, mamãe topou e nois fomos assim mesmo sem conhecer nada. No dia marcado Dona Amélia pegou um facão juntou as crianças dela e mamãe a dele e vamos, a tal da roça de cacau era pegada na cidade, entramos por uma estradinha estreitinha que só dava pra uma pessoa andar em fila um atrás  do outro e lá vamos pelo caminhozinho um atrás do outro eu era o mais pequeno e era o ultimo da fila tinha umas oito pessoas ou nove. Num indeterminado momento eu vi alguma coisa do lado do caminho que me pareceu lindo e gritei: mamãe oi que bonito!! minha mãe olhou pra traz e quando ela viu deu um grito tão grande que ecoou por dentro da mata: menino isso é uma cobraaaa. quase me matou de susto., e era uma jararaca  pico de jaca. muito encontrado nas roças de cacau. juntou dona Amélia e mamãe para matar a cobra eu sei que foi uma farra grande a matança dessa cobra. Matamos a cobra e penduramos numa arvore, e o passeio continuo pegamos coco de catolé e de buri comemos algumas frutas de cacau uma delicia. Coisa inesquecível ainda vivas na minha cabeça. O meu irmão mais velho ainda não tinha se recuperado direito da queda que tinha levado. A tardinha voltamos cada um com um fecho de lenha na cabeça, olhamos no lugar onde deixamos a cobra e ela tinha sumido. Nos próximos dias voltamos mais vezes para buscar cocos e lenha mais sempre com cuidado com a cobra, dizem a lenda que Cobra mal matada fica esperando a pessoa que a matou por muito tempo, O seu Dudu Guarda que era o marido da dona Amélia era caçador e uma vez ou outra saia a noite para caçar, e sempre trazia  sarue, quati, tatu e até macaco que ele caçava, dona Amélia preparava e dava uns pratinho de caça pra nos, não dar pra esquecer coisas como essas da vida da gente. Muita saudade muita, lembro dos nomes dos filhos da dona Amélia:  Mica, Célia e Zeca um homem e duas mulher  adivinhe qual era o homem?  Nesse tempo eu tinha de 5 pra 6 anos era grudado na saia da minha mãe, ainda andava nu pela casa e quintal, ainda não tinha descoberto a vergonha, não tinha descoberto o rio, não sabia direito o que era rio mais lembrava que na cidade de onde eu vinha tinha um que minha mãe lavava roupas. Sem duvidas que os rios é uma das descobertas mais espetacular de uma criança. Os cocos de catolé também chamado de babaçu eram quebrados comidos por nos. uma delicia, já os buri  muito ruim.



                                                     FIM
                                         



     Texto que faz parte do livro de textos de Euflavio Gois.
     Euflavio Madeirart. Uma Aventura nas Terras do Ouro.
    

quinta-feira, 17 de julho de 2014

''SÃO SÃO PAULO MEU AMOR''


Acabei de fazer 50 nos em São Paulo, uma marca extraordinária. Obrigado meu Deus por me dar a paz, por me ajudar nos momentos difíceis, que não foram poucos. Convivi com o regime militar inteiro, era difícil e perigoso até pensar, onde agente estava tinha sempre um agente, amigo do regime para nos vigiar. Em 1969 eu tinha saído do emprego do primeiro emprego praticamente com uma  mão na frente e a outra a traz,  sem profissão ainda. Cindomel Metal Mecânica  essa e  a empresa que me aguentou 9 anos .  Ali não tinha conseguido profissão não tinha. Naquele momento eu estava vendo meus planos de fumar cigarros de primeira e beber bebidas finas iram por agua abaixokkk, queria também uma bicicleta nova, que só tinha tido velha, tinha tudo pra piora aquela situação, estava desempregado agora. Levantei uma segunda desnorteado peguei um ônibus e fui procura emprego, estava muito frio aquele dia abençoado. Eu estava me sentindo péssimo, desci  no PQ D. PEDRO II caminhei até a praça Patriarca, fiquei assim um tempinho com a cara pra cima, foi ai que eu vi um ônibua com o letreiro Cidade Universitária,  peguei  esse ônibus C, desci no ponto final, e ali eu consegui dar um outro sentido na minha vida, naquele tempo eu bebia que ninguém é de ferro, tava numa ressaca medonha, estava meio que sem agasalho suficiente e quando pus os pés comecei sentir uma sensação de não sou ninguém? uma certeza num sabe?e ali mesmo em 1969 eu solteiro desempregado, 9 anos em  São Paulo, vendo todos aqueles estudantes entrando e saído das suas respectivas faculdades eu jurei: vou voltar pra escola e vou até a Universidade e fiz, falei com um grande amigo meu o acontecido, ele imediatamente abraçou a ideia e  já se matriculou, eu demorei mais,  demorei muito a achar coragem e disposição para enfrentar mais encontrei. Voltando a Cidade Universitária, minha visão politica da vida foi mudando, minha auto estima também, ali encontrei novos amigos, outra vida, uma vida paralela da que eu vivia.  Começava a me sentir gente.  (No ANO DE 1988 FIZ A COLAÇÃO DE GRAU)  Mais a procura de emprego prosseguia, corro pra lá corro pra cá, consegui atraves de um conhecido um emprego em uma montadora de TRUK. Entrei nessa empresa e vi minha vida se transformando, trabalhei por lá 3,5 três anos e meio o suficiente para aprender a profissão de soldador elétrico. Trabalhando como soldador encontrei espaço para pensar, é, para pensar, organizar minha vida, passar a limpo tudo que já tinha vivido até ali, isso foi muito lindo. Construimos as maiores obras do Brasil, vou citar algumas: Tucuruí, Itaipu, Ilha solteira CSN. muitas outras, num período de 15 anos e meio. Sai dessa firma aposentado. Orgulhoso com meu diploma Universitário fui sofrer os baixos salários de aposentado desse arremedo de pais. passei muitas e muitas humilhações, pois tive que aprender a viver com menos da metade de renda, foi ai que tive que prestar um concurso publico e trabalhei mais dês anos na Fundação do Bem Estar do Menor, ou seja dês anos de pressão psicologia. Depois disso tudo e muito mais fui ser escultor e poeta e escritor. sim porque pois tudo nas paginas de um livro que esta ainda em forma textos no BLOG www.euflaviomadeirarte.blogspot.com
 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

MANUSCCRITO ''RAPOUSA SERRA DO SOL''

Poema desse Euflavio Gois.
de 2013. Esse poema foi falado na Assembleia Legislativa de São Paulo em Outubro de 2013