segunda-feira, 8 de maio de 2017

'''SR. JESUINO''

Estradas Reais Livro Revista.



              Tenho muito boas lembranças da primeira infância, muito boas, lembro de muitas coisas, coisas do arco da velha pra minha idade de de três,  quatro e cinco anos, mas poucas lembranças da presença do meu pai, lembro muito dos medo da época, medo de veio, de doido, tinha um veio chamado Zé Barateiro, que eu tinha muito medo, também com um nome desse o que vocês querem? minha: mãe se agente chorava e chorava muito por causa da sua ausência ela falava perai que eu vou chamar o Zé Barateiro, eu vou chamar Conceição doida, fomos cuidados por Sinhá Olinda,  Sinhá Terta e outras que eu era muito pequeno não lembro o nome obs. Embora pequeno eu sou até hoje.  A presença da minha mãe, embora também poucas, por motivo dela trabalhar fora, como já falei em outros post. ou textos, minha mãe trabalhava fora e nos éramos cuidados assim como as famílias moderna, só via a minha mãe a noite quando ela voltava da fabrica de tecidos. Meu Pai nessa época estava  trabalhando no Sul da Bahia, mais precisamente na região de Ilhéus,   não tenho nenhuma lembrança marcante dele, só lembro da minha mãe desesperada por quer meu pai o Sr Jesuíno tinha escrito em carta, dizendo que ia buscar a família pra o Sul, digo pra Bahia, que tinha encontrado um amigo que estava  lhe ajudando muito, esse homem se chamava Zezé  Meneses  um comerciante. Esse homem teria arranjado uma casa onde nos iriamos morar e moramos nessa casa sim, por pouco tempo.

                                                                                             PG.18.

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Estradas Reais Livro Revista.



                  Esse período foi um período de horror para nos, para minha mãe, os efeitos dessa carta foram um terror, minha mãe uma pessoa de cabeça muito quente, ficou muito desesperada, teria que pedir a conta da fabrica de tecidos, nesse meio tempo passava por a nossa região um grande surto de sarampo que levou três das nossas irmãzinhas, não me pegou por sorte eu acho, num período muito curto foram embora Eunice, Creuzinha e Maria Luiza.
Logo depois dessas meninas morrerem meu pai apareceu para carregar nos para o Sul da Bahia, ai eu já tinha Cinco anos de idade, minha mãe largou tudo pra traz, familiares, pai, irmãos, amigos e emprego para conhecer o desconhecido total e ainda enfrentar preconceitos de toda sorte, sim a nossa vida inteira foi lutando contra preconceitos, não arrancou pedaços somes pessoas fortes, todos da nossa família.
Meu pai sempre foi um homem muito temperado, não era um Leão nem um ratinho era um lutador nunca deixou passarmos muita dificuldade, sempre tivemos uma certa estabilidade, sempre moramos em lugar com chuvas regulares, era carpinteiro, com já disse não gostava muito da profissão, não gostava de receber ordens, nem eu, chegamos em Coaraci em 1949 ele trabalhava fazendo esquadrilhas, janelas, portas, tudo que era madeiramentos em prédios, em Itabuna-BA ele trabalhou num prédio do Dr. Vito Maron, depois foi trabalhar por conta própria.



                                                                                              pg.17. 

Fez um carrinho bem feitinho, arrumou um amigo e sairam pra o mato compra carneiro e tudo que se mexia, matava e colocava no carrinho a carne e saia vendendo nas ruas de Coaraci, logo lhe arranjaram um apelido de ''Carneiro Gordo'' 
que pelo que eu sei ele gostava muito desse apelido, depois montou uma banca na feira e ampliou os negócios, passou a negocia com manteiga e requeijão. Ali eu e meu irmão já estávamos grandinhos e ajudávamos muito nesses serviços até que chegou os anos 60 e eu tinha virado a cabeça para vim pra São Paulo, dai os negócios dele não iam muito bem , ele resolveu de ultima hora vim também e veio comigo e aqui ficou até o ano de 1970 quando ele faleceu.  
O que eu posso dizer do meu pai? Ele era bonito pra os padrões nordestino, era inteligente, um homem bruto, beirado ser ignorante, mas tinha o coração bom era devoto, cantava gostava de assovia, quando ele pegava a assovia eu tinha um pouco de vergonha dele era divertido, tinha preferencia por determinados filhos, bebia mas não era um viciado em bebida, muito vaidoso. morreu com 55 anos em São Paulo. em maio de 1970.




                                                                                 PG.17.


                                           

    



sábado, 6 de maio de 2017

Fase NEGRA NA CAMINHADA

REVISTA Menino Rei.
Dez anos deArte, PG. 212, 213.
Fase limpa.

            Hoje estou vivendo o melhor momento da arte. Estou!    Estou vivendo na Arte uma fase extraordinária, uma fase de muita criação que eu não sei por quer vou chamar de ''fase de luz na criação'' Na poesia escrevi vários textos. Textos com a minha fisionomia, com formatos biográfico, ou biológicos, onde eu coloco muita força, muita vida, sentimentos, alma, luz e  liberdade. Um voou rasante sobre a realidade nua, crua.
Em 2016 quando eu perdi meu cachorro Frank eu pensei que não ia dar mais. Era tanto a integração entre ele e eu que causava ciumes nos meus filhos. nos meus. O Frank realmente mudou a minha vida, vida que até antes dele chegar não tinha arte, poesia só tinha trabalho e vazio. ''Eu era um vazo vazio'' Lembrança dele me assistindo esculpir uma Coruja, uma sensação, uma alegria de ter ele ali o dia todo, ou a tarde toda, ou ainda a manhã todo me olhando com aquele olhar de cachorro. Lindo muito lindo aquilo, um verdadeiro querido. Pra ele ''Vulto Branco'' Falar da poesia que é uma paixão mais nova e vibrante também assim com a escultura. Vaga lume, O Beija Flor a Flor, o Beija Flor, Raposa Serra do Sol, Histórinha são poemas da safra de 2016- 17. Meu poemas são poemas vivos com azas, voam em forma de Beija flor, Abelhas , Ben-te-vis e Urubus.



                                                                                                                                        PG. 212.

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REVISTA Menino Rei. 

Dez Anos De  Arte.




Nessa fase encontrei a forma exata,  onde uma coisa parecem com a outra, as esculturas são imensamente poéticas, eu tenho uma maneira inexplicável de colocar sentimentos, vida, almas nelas. 
As minhas caminhadas tem sido deliciosas, os caminhos tortos me divertem, me divertem as travessias, cada corte, me traz muitas satisfações, cada cor das madeiras, defeitos me desafiam.
Essa arte sempre esteve em mim sem eu saber, em fim cada coisa no seu tempo, estarei sempre atento, aberto para novos formatos, na arte e na vida. Fico muito feliz quando recebo criticas conscientes, também elogios, delicadezas, comentários me arremessam para o alto. Eu só tenho procurado ser um bom filho de Deus agora, amo essa coisa da transformação, gosto de trabalhar o feio, o degradado me traz obras mais bonitas, tenho sido uma pessoa consistente, uma pessoa pura com uma missão eu acho. 
Durante mais de 30 anos fui um bem sucedido metalúrgico, obediente, nunca quis ter cargos de superior, nuca quis ser usado pelo capital, nunca! sempre soube a minha importância, a minha importância, a minha importância. 
Fase negra no sentido brilhante, no sentido magnifico, puro que eleva transforma, jamais falaria fase cor de rosa.kkkkk  






                                                                                                                                   PG.213.

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quinta-feira, 4 de maio de 2017

UMA FORTALEZA CHAMADA MINHA MÃE.

REVISTA Menino Rei. 165, 166, 167,

Cabra Retado.



 

Sempre estive perto da minha mãe, nas alegrias e principalmente nas tristeza: Era 
favinho faça isso, favinho você já fez o que eu mandei? era assim, o tempo ia passando eu ia crescendo as responsabilidades ali junto, ia pra o rio com ela lavar roupas, lavar fato de carneiro. para mim parecia que só tinha eu, mais era assim, eu fazia tudo sorrindo, não lembro de ser um reclamão, com meu pai a mesma coisa, ele matava carneiro e eu era o seu ajudante em tudo, o meu irmão mais velho que Deus o tenha reclamava de tudo que ia fazer, mais fazia.
Em 1961 eu vim pra São Paulo sozinho com 18 anos, aqui eu tinha promessa de trabalho, mais só promessa num sabe? Vim assim mesmo espirito aventureiro, deu 18 anos não esperei nem um mês e já estava na estrado. Minha mãe ficou, só viria um ano depois. Veio com os meninos mais novos,  o mais velho, o mais velho só veio trazer ela e voltou em seguida, aqui estava eu e meu pai que já era separado da minha mãe, chegaram aqui em 1962 não lembro o mês, ai eu já estava trabalhando, ganhando o salário mínimo que na época era bom, sim era bom não lembro quanto equivalia se trazido par os dias de hoje, só sei que dava pra pagar um aluguel e fazer mais algumas compras, só eu tinha idade de trabalhar formalmente, tinha um irmão e duas irmãs, tinha três irmãos homens também um grandinho e dois pequenos. Ana Maria que estava ficando mocinha foi trabalhar em casa de família, os patrões também pobres, só que estabelecidos a Eulina também, era só pra diminuir as bocas, o Evilásio também era danadinho também arrumou um jeitinho de sé encostar em alguém em troca da comida, só restava eu, minha mãe e os dois pequenos fomos se virando como dava, meu pai ajudava um pouquinho, também.


                                                                                                                                     PG165.

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REVISTA Menino Rei

Nessa vida vivemos três anos, eu trabalhava pertinho de casa vinha almoçar em casa, almoçava ouvindo novela de radio, sim novela do meio dia no Radio kkk
eu achava aquilo uma delicia, eu apesar de tantas dificuldades nunca atrasei um aluguel, mais não tem nada tão ruim que não possa piora, o dono da casa pediu a casa, e agora? eu fiquei sem saber o que fazer, procurei meu pai para falar com ele que tinha mais tempo de procura outra casa pra nos, meu pai deu ajudou a procurar, casa para alugar o dono da  casa que nois morava tinha uma certa pressa, meu pai estava demorando de arrumar outra casa, eu não podia faltar no serviço, também era muito besta não ia saber conversar, com donos de casa de aluguel, não ia. Nesse chove e não molha, meu pai me contou meio vacilante, que tinha comprado um terreno num lugar muito remoto, que chovia quase todos os dias, o lugar se chamado Itaim Paulista, alivio. Me disse ele bem assim: ''Flavinho eu comprei um terreno estou construindo dois cômodos já está coberto de telha você quer ir com sua mãe e os meninos pra lá? já marcamos o dia de eu ver a casinha com ele, ai fui com ele fiquei encantado com aquela possibilidade de não pagar mais aluguem era um lugar alto, sem nenhuma possibilidade de enchentes. Lugar totalmente desabitado, pouquíssimos moradores, eu iria me tornar um Pioneiro naquele lugar que morei até 2015. Quero dizer que chegue no jardim dos Ipês em Setembro de 1965 e fiquei até outubro de 2015, Cheguei em um bairro sem nenhuma estrutura e deixei totalmente urbanizado, lutando junto com dona Donata minha valente mãe.
Vou relembra uma das maiores façanha feita por minha mãe: Ainda lá na Bahia o meu irmão mais velho amanheceu um dia gritando de dor como um louco, foram chamado todos os benzedores do lugar, feito tudo que era de reza e simpatias para curar a dor desse meu irmão que se chamava Reginaldo e que é falecido hoje.


                                                                                                                                               PG.166.

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REVISTA Menino Rei. 

     

Minha mãe amarrou  um pano na cabeça  como ela fazia sempre que ia sair e saiu como louca buscar o Dr Edelblando  na casa dele na Rua Vasco da Gama se não me engano, e trouxe ate em casa, Edelblando era uma pessoa tão do bem que não precisava muita coisa para tira-lo de casa numa emergência, o Dr pegou sua pasta medica ou maleta onde é guardado os equipamentos médicos e correra lá para casa sem carro com um dos braços meio que balançando sem muito controle, era uma meia que paralisia não sei, eu não o vi mais depois que vim pra cá, espero ver-lo ainda, mesmo sem carro, naquela época carro era coisa só de rico. Chegando em casa o meu irmão estava gritando de dor o Dr o examinou e falou pra minha mãe mande os meninos ir brincar na rua e esquente uma água, arrume uns panos limpos. o menino esta com um tumor interno grudado no osso da cocha, fêmo vamos rasgar a perna dele! Pegou o bisturi acho que o bicho se chama isso e tirou o tumor. Meu irmão se tornaria  um grande amigo da família Pires. eu vim pra São Paulo logo em seguida e aqui tivemos eu e minha mãe outras lutas de tirar o fôlego. Dona Donata foi uma honra muito grande ter lutado ao seu lado, sobre o seu comando.



                                                                                                                                        PG. 167.

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