segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Meu melhor trabalho inacabado


celinho euflaviomadeirart.


Continuação de Minha Vida! Um Livro Aberto.

Amigos o poeta chego mais ainda não veiu pra ficar, a minha vontade e de ficar um tempo por aqui, porque aqui é o meu lugar, minha vida está aqui eu acho, as lembranças estão muito vivas, as esquinas onde eu passava, nada foi derrubado para construirem outras coisas, como lá. Coaraci, Almadina, União queimada, O Bandeira, igualzinho a cinquenta anos atraz maravilhoso ver. A cidade é encravada entre montanhas muito verdes de mata Atlântica, do lado leste recebe a brisa do mar, é cortada no meio pelo Rio Almada que desce lentamente para formar a Lendária Lagoa Encantada em Ilhéus, Coaraci teve dias de gloria, quando o cacau tinha volor, era moeda de troca, muitos fazendeiros viviam ali em harmonia, não tenho noticia de disputa de terra, apesar de sua valorização. Um lugar recheado de figuras folclóricas, lembro de Zé Dunda, o mais folclórico de todos, ele vivia pelas ruas, cabeceira da ponte, os lugares mais frequentados, ele aparecia com o seu grito de guerra: VOU TE ENGOLIR! e outros dixote   da época ele começava a falar, virava moda dai a pouco tava todo mundo falando, Zé Dunda vendia verduras e frutas na cabeceira da ponte. quando morreu a cidade chorou com. Tinha o Pé de Banha, assim chamado por que tinha o pé esparramado, o pé não tinha cava, quando era chamado de pé de banha, ficava loco, morreu há muitos anos. Sem falar no Rei Zulu, pomada, Gogo de Sola Julia Doida, Marca Passo, Mendengue e muitos outros que povoava a cidade nos anos cinquenta sessenta e setenta. Me encantava também as tropas de mulas e burros que chegavam e saiam o dia todo trazendo carregamentos de cacau das fazendas que eram próximas e distantes da cidade, eu e meu irmão e mais outros meninos da nossa época, passávamos boa parte do dia por perto dos armazéns de cacau apanhando os caroços  que caiam, até juntar um kilo  pra nois vender e vendia. As tropas eram composta por doze animais geralmente da mesma cor, eram bem treinadas animais muito fortes selecionados, que formavam em fila indiana na frente dos armazéns para serem descarregadas. Eu ficava encantado com aquilo. Temporadas de chuva chovia semanas sem para. Uma particularidade que eu notei dessa vez que fui lá, o cheiro de terra que levanta quando chove, uma delicia que nunca mais tinha sentido, não sei explicar, mais aqui não temos cheiro de chuva. Outra delicia era a feira de sábado, os beijus de tapioca, as frutas fresca que vinham diretamente da roça, outra delicia as galinhas caipiras criadas no quintal, éh lá não tinha frango de granja não, nada congelado, tudo na hora. Outra delicia , as festas de São Cosme e São Damião que é celebrada dia 27 de Setembro. As pessoas devotas desses santos nos serviam verdadeiros banquetes, cardápio; caruru, vatapás, frango e muitos muitos doces. viva São Cosme e São Damião! Os micaretas, festa igualzinho ao carnaval, mais em outra data,bem mais animado do que o carnaval, o micareta era também três dias, baile no clube social, a cidade virava uma locura os fazendeiros dominavam a parte da manhã com suas cavalada frenética, só se ouvia o cantar das ferraduras no calçamento. A Rua primeiro de janeiro, a casa da Roxinha vira o lar de muita gente boa da cidade, com suas meninas recentemente saída de casa. Saída de casa era as meninas, que eram seduzida e os pais botava pra fora de casa, muitas vezes gravidas e sem ter aonde ir, iam procura abrigo nessas casas de prostituição, onde se profissionalizavam. Os meninos assim como eu, meros observadores disso tudo, alias nois só passávamos por ali escondido, naquela rua não passava mulheres casada, moças virgens, meninos passavam escondido por serem curiosos, não passavam viúvas, e puritanos ou evangélicos, ou católicos praticantes também não passavam, mocinhas nem pensar? Passo por aquela rua na verdade frequentavam aquela rua;
jogadores de baralho, boêmio, viados, cachaceiro e vagabundos, agiotas  etc. Quando passava uma cachorra no ciu acompanhada por dezena de cachorros, a rua virava uma festa, todo mundo saia nas portas e janelas das casas, pra ver. Passa um filme longa metragem na minha cabeça, se alguém te visse naquela rua e contasse pra sua mãe ou pra seu pai, você levava um coro retado, seu pai era mais radical com relação a isso, ele jamais queria que acidentalmente você visse ele pela aquelas banda, dai cura do que remediar. Não sei dizer quando acabou o movimento naquela rua, mais em setenta 1975 eu estive lá e ainda tinha o brega,. visitei elas pra ver como era,, muito lazer, tinha uma radiola que tocava disco de Valdick Soriano, Amado Batista, e outros cantores brega, como Orlando Dias e Odair José. Juntos contração e descontração foi o que eu observei. Hoje a rua se encontra lá  vazia, onde foram todo mundo? não tem mais ninguém por lá, as mulheres que enchiam a rua de alegria, não estão mais lá. Roxinha não esta mais, suas meninas foram ganhar a vida em São Paulo, ou no Rio de Janeiro, acabou o brega, acabou. Hoje todo mundo pode passar por lá, mais mesmo assim existe um ar misterioso naquelas casas de portas comuns, com uma arinha na entrada, uma janela ou duas, os moradores da cidade são outros, e passam por lá sem perceber, ou sem saber que ali naquela rua morava o pecado.


Autor Euflavio Gois.


sábado, 28 de setembro de 2013

Minha Vida! Um Livro Aberto


Sou uma pessoa do bem, as vezes um paspalho, outras vezes uma pessoa brilhante, com luz própria. pessoa de muitas fases, peço desculpa a quem vier ler esse texto por esta sempre falando de mim, sim falo de mim porque conheço muito do assunto, quando garoto trabalhei de sapateiro, não levei a profissão em frente por que vim pra São Paulo, e aqui me tornei um metalúrgico, teve uma época, que me senti acabado, isso na década de setenta, sem estudo, sem profissão, aprendi beber, sem estudo um prato cheio para o insucesso, a má sorte  era terrível para uma pessoa que veiou pra são Paulo com a cabeça cheia de sonhos, de ilusão, transbordando de esperança, vi a esperança ser a primeira a morrer, já tinha se passado 12 anos e eu estava no zero, na estaca zero ainda, não arrumara  um bom emprego porque os bons empregos eram reservados pra pessoas estrangeiras, com sobre nomes, boa aparência e estudo, isso eu não tinha, mais tinha o poder de observar isso, esse preconceito era uma coisa escandalosa contra o nordestino, que uma vez admitido não ia passar de um braçal, servente ou faxineiro, ou servente de pedreiro, quando  eram demitidos, ia sofre em busca de outro igual, ou pior. Vigorava naqueles dias o  Regime Militar, Uma Ditadura, nesses casos o pau arrebenta sempre nas costas dos mais fracos ou da queles que vivem vendendo o almoço para comprar a janta, aproveitados na construção civil. Não dava mais pra voltar pra casa, não dava, tinha que lutar muito para não deixar a alto estima morrer, foi quando surgiu os movimentos musicais como a Tropicália, de Caetano Veloso, Gil, Gal Costa, Tom Zé e sei lá mais quem, acho que os  maravilhosos excelentes Novos Baianos, com suas musicas maravilhosas: Alegria Alegria, Xodó, Sampa, Domingo no Parque, Procissão, o excelente Edu Lobo Cordão da Saideira, Arrastão etc. Tom  Zé, fazia agente se sentir um pouco eles, e assim os olhos brilharem novamente. Naquele tempo o Brasil era o pais que mais crescia no mundo, vivia o milagre econômico vivia. Estou contando par vocês jovens  que nasceram na metade dos anos 80 pra cá, que não viveram os anos dourados do Brasil, não curtiram a musica que nos tinhamos, as canções Italianas que invadiam as nossas casas, a explosão de rádio portátil, dos toca discos, dos toca fita em fim, a chegada dos fogões a gaz, das maquinas de lavar roupas nas casa de todo mundo, da TV, geladeira, ferro elétrico, liquidificador pouca gente tinha, agente assistia televisão nos bares, chegávamos em casa depois das nove, meio babedos assistindo televisão e jogando bilhar no bar costumeiro. Em 70 a copa do mundo nos trouxe a televisão a cores, uma vitória da tecnologia. O Brasil Tricampeão do mundo. foi numa dessas paradas num bar que arrumei minha Dilma. É  Foi lá que arrumei. O pai dela um mineiro das antigas, uma fera, gostava de esta atualizado, São Paulino roxo. gostava de falar sobre política, futebol, embora fosse proibido naquela época, mais agente sempre falava um pouco. Falávamos sobre assuntos diversos. Adrião era o nome dele. Uma pessoa que gostava muito de viver mais viveu pouco, morreu com pouco mais de setenta anos. Voltei na Bahia agora recentemente, é incrível como me sinto bem, a  ruas primeiro de Janeiro, também conhecida como rua do Campo esta igual, casas destiorada. calçamento  de pedra bruta. A  casa de Rochinha esta lá fechada,  cheia de fantasmas do passado distante. Rochinha viera com a primeira ou segunda leva de pioneiro quem sabe de Santo Antonio de Jesus, ou Santo Amaro da Purificação na Bahia, o Fato é que sua casa era frequentada pela nata da sociedade Coaraciense. Rochinha se celebrizou, tornando-se uma personalidade conhecida em toda região do cacau. Conheci pessoalmente essa mulher, era uma mulata baixa, muito respeitada no meio,  como dona de bordel como quase todos os coaracienses  Coaraci foi construída por esses bravos caboclos vindo  de longe em busca de fortuna, fundaram  o povoado. de Itacaré do Almada, e depois virou Coaraci. A Rochinha era respeitada por todos, inclusive pelas esposas dos clientes das suas cabritas. Muitos conseguiram dinheiro plantando cacau, nas terras da mata Atlântica do Sul da Bahia. No começo dos anos setenta ensaiei uma reação a esse estado de coisas  tinha trabalhado numa montadora de Truck, e conseguido uma profissão, uma boa profissão, foi ai que resolvi voltar pra escola. Voltei, estudei cheguei até a Universidade, me formei em Administrador de Empresa, mais continuei trabalhando como soldador. Hoje descobri a arte, na verdade a arte já estava dentro de mim, sou um escultor em madeira com varias exposições, de sucesso, Virei poeta, com algum sucesso já me apresentei na Câmara Municipal de São Paulo, na Assembléia Legislativa também de São Paulo. Hoje chego em Coaraci me sinto verdadeiramente em casa, saio andando pelas ruas quase intocáveis, o tempo parece que parou por lá,  os amigos envelheceram, o rio esta um pouco poluído, não vi mais boiadas nas ruas apavorando os moradores, a noite o céu ainda é muito estrelado, nunca mais tinha visto o Cruzeiro do Sul agora eu vi, que maravilha estar ali de volta, as pedras pareciam querer falar comigo, as pedras do rio. Meus amigos de infância, muitos ainda estão vivos. Amigos o poeta chegou.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

100 Textos.

Quero agradecer as pessoas que tenham lido e esta ainda lendo os meus textos, e dizer que são perto de100 textos, verdadeiros escrito com muito cuidado para não sair da verdade, acontecimentos reais, as lágrimas , os risos, as brincadeiras, as brigas, as vitórias, as derrotas, os ganhos e as percas. Aos amigos obrigado por serem meus amigos. Cidade de Coaraci Sul da Bahia obrigado por existir..

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O Triunvirato de euflaviomadeirart.

Posso dizer um trabalho excelente do Artista Euflavio Gois Lima nascido em Sergipe.  pertence ao seu acervo.

Semtitulo de euflaviomadeirart.


Selinho euflaviomadeirart. 2013


A Mãe

Amãe autor euflaviomadeirart. Por ser a primeira, o artista doou a sua filha Gicelle Archanjo Lima.

selinho euflaviomadeirart.


terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Pico das Lembranças.

  1. Minha terra também tem palmeiras onde canta os sabias. que terra linda aquela. com frutas deliciosas, com gentes maravilhosas, e foi ali que cresci.  Andando em carros de bois, matando cabras coral. andando em matas fechada, tomando banho de rio, ignorava o solzão, ali perto do sertão. Boiada solta nas ruas, pareciam em Pamplona. E também como era lindas as meninas do lugar, O Sol nascia mais cedo, ia embora mais tarde, Os dias eram tão longos, pareciam infinitos. Saia eu bem cedinho ia pra escola estudar, só para ver as meninas fita rosa nos cabelos, há meu deus como era lindo aqueles tempos já ido. Até os dias de chuva parecia bem melhor. Tinha mais verde, mais agua limpa nos rios, mais passarinhos cantando,mais alegria no ar. Os pássaros arruaceiros, falo aqui dos bem-te-vis. Todo mês a Lua nova ia lá nos visitar. Não quero e nem posso, esquecer desse lugar. Um menino solitário numa pedra a pescar, os peixinhos pirracento, passando pra lá e pra cá, pra seu anzol  nem olhava! e o menino ali pescando sem nenhum peixe pescar. Aqueles tempos distantes eu teimo  em ir buscar. São minhas recordações restauradas, vivas! A vivacidade misturava com a ingenuidade, isso era lindo muito lindo rapaz! 




Autor: Euflavio Gois.
em 17 de Setembro de 2013.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013


Nacimento de uma escultura de Euflavio Gois.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013