quinta-feira, 4 de maio de 2017

UMA FORTALEZA CHAMADA MINHA MÃE.

REVISTA Menino Rei. 165, 166, 167,

Cabra Retado.



 

Sempre estive perto da minha mãe, nas alegrias e principalmente nas tristeza: Era 
favinho faça isso, favinho você já fez o que eu mandei? era assim, o tempo ia passando eu ia crescendo as responsabilidades ali junto, ia pra o rio com ela lavar roupas, lavar fato de carneiro. para mim parecia que só tinha eu, mais era assim, eu fazia tudo sorrindo, não lembro de ser um reclamão, com meu pai a mesma coisa, ele matava carneiro e eu era o seu ajudante em tudo, o meu irmão mais velho que Deus o tenha reclamava de tudo que ia fazer, mais fazia.
Em 1961 eu vim pra São Paulo sozinho com 18 anos, aqui eu tinha promessa de trabalho, mais só promessa num sabe? Vim assim mesmo espirito aventureiro, deu 18 anos não esperei nem um mês e já estava na estrado. Minha mãe ficou, só viria um ano depois. Veio com os meninos mais novos,  o mais velho, o mais velho só veio trazer ela e voltou em seguida, aqui estava eu e meu pai que já era separado da minha mãe, chegaram aqui em 1962 não lembro o mês, ai eu já estava trabalhando, ganhando o salário mínimo que na época era bom, sim era bom não lembro quanto equivalia se trazido par os dias de hoje, só sei que dava pra pagar um aluguel e fazer mais algumas compras, só eu tinha idade de trabalhar formalmente, tinha um irmão e duas irmãs, tinha três irmãos homens também um grandinho e dois pequenos. Ana Maria que estava ficando mocinha foi trabalhar em casa de família, os patrões também pobres, só que estabelecidos a Eulina também, era só pra diminuir as bocas, o Evilásio também era danadinho também arrumou um jeitinho de sé encostar em alguém em troca da comida, só restava eu, minha mãe e os dois pequenos fomos se virando como dava, meu pai ajudava um pouquinho, também.


                                                                                                                                     PG165.

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REVISTA Menino Rei

Nessa vida vivemos três anos, eu trabalhava pertinho de casa vinha almoçar em casa, almoçava ouvindo novela de radio, sim novela do meio dia no Radio kkk
eu achava aquilo uma delicia, eu apesar de tantas dificuldades nunca atrasei um aluguel, mais não tem nada tão ruim que não possa piora, o dono da casa pediu a casa, e agora? eu fiquei sem saber o que fazer, procurei meu pai para falar com ele que tinha mais tempo de procura outra casa pra nos, meu pai deu ajudou a procurar, casa para alugar o dono da  casa que nois morava tinha uma certa pressa, meu pai estava demorando de arrumar outra casa, eu não podia faltar no serviço, também era muito besta não ia saber conversar, com donos de casa de aluguel, não ia. Nesse chove e não molha, meu pai me contou meio vacilante, que tinha comprado um terreno num lugar muito remoto, que chovia quase todos os dias, o lugar se chamado Itaim Paulista, alivio. Me disse ele bem assim: ''Flavinho eu comprei um terreno estou construindo dois cômodos já está coberto de telha você quer ir com sua mãe e os meninos pra lá? já marcamos o dia de eu ver a casinha com ele, ai fui com ele fiquei encantado com aquela possibilidade de não pagar mais aluguem era um lugar alto, sem nenhuma possibilidade de enchentes. Lugar totalmente desabitado, pouquíssimos moradores, eu iria me tornar um Pioneiro naquele lugar que morei até 2015. Quero dizer que chegue no jardim dos Ipês em Setembro de 1965 e fiquei até outubro de 2015, Cheguei em um bairro sem nenhuma estrutura e deixei totalmente urbanizado, lutando junto com dona Donata minha valente mãe.
Vou relembra uma das maiores façanha feita por minha mãe: Ainda lá na Bahia o meu irmão mais velho amanheceu um dia gritando de dor como um louco, foram chamado todos os benzedores do lugar, feito tudo que era de reza e simpatias para curar a dor desse meu irmão que se chamava Reginaldo e que é falecido hoje.


                                                                                                                                               PG.166.

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REVISTA Menino Rei. 

     

Minha mãe amarrou  um pano na cabeça  como ela fazia sempre que ia sair e saiu como louca buscar o Dr Edelblando  na casa dele na Rua Vasco da Gama se não me engano, e trouxe ate em casa, Edelblando era uma pessoa tão do bem que não precisava muita coisa para tira-lo de casa numa emergência, o Dr pegou sua pasta medica ou maleta onde é guardado os equipamentos médicos e correra lá para casa sem carro com um dos braços meio que balançando sem muito controle, era uma meia que paralisia não sei, eu não o vi mais depois que vim pra cá, espero ver-lo ainda, mesmo sem carro, naquela época carro era coisa só de rico. Chegando em casa o meu irmão estava gritando de dor o Dr o examinou e falou pra minha mãe mande os meninos ir brincar na rua e esquente uma água, arrume uns panos limpos. o menino esta com um tumor interno grudado no osso da cocha, fêmo vamos rasgar a perna dele! Pegou o bisturi acho que o bicho se chama isso e tirou o tumor. Meu irmão se tornaria  um grande amigo da família Pires. eu vim pra São Paulo logo em seguida e aqui tivemos eu e minha mãe outras lutas de tirar o fôlego. Dona Donata foi uma honra muito grande ter lutado ao seu lado, sobre o seu comando.



                                                                                                                                        PG. 167.

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