quinta-feira, 13 de junho de 2013

Tipo n°34

Se há uma coisa que eu procurei e procuro até hoje é viver em paz, um dia de cada vez, gosto de viver meus momentos sozinho, quando não estou de bom humor gosto de ficar longe, isolado das pessoas pra não magoa-las, é, é assim que eu sou, quando estou de mau humor contagio as pessoas próximas. Sou parte da história recente desse meu Brasil, quando da inclusão do regime militar, eu estava lá. Lá na Via Dutra repleta com o Exercito indo no sentido interior, marchando pra o Rio Grande do Sul, pra enfrentar os revoltosos de lá, quando cheguei em casa queria saber o que tinha acontecido, mais naquele tempo não tínhamos  televisão além disso li muitos livros, jornais e revista, sim eu estava lá. Agora recentemente li nos livros as coisas que vivi na pratica,  fiz parte, participo de movimentos, mostro a cara num sabe? Sim ia me esquecendo: Sentei num banco de uma Universidade, olhos brilhando, sentado junto com pessoas que viviam naquele mundo acadêmico, e eu um simples metalúrgico, na verdade eu ali era uma raridade sem precedentes,  cansado de nove horas de trabalho pesado ali. Cansado de construi história soldando as comportas de Itaipu, de Tucuruí e outras grandes obras do Brasil. é meu tipo esta lá é o (34) é tipo pra quem não sabe é um taruguinho de  aço com numero em uma da extremidades,  que ao bater com martelo e  ele apoiado numa superfície deixa a marca cravada 34. era o meu. Cada soldador tinha o seu n°.  Não sei se vim pra cá para fazer isso, mais fiz tudo isso em baixo do regime militar, não sou um revoltado por isso o regime militar fez o seu papel, eu fiz o meu, tenho muito orgulho disso. meus filhos, meus netos e bisnetos terão orgulho de mim eu sei. Estou deixando a história da minha vida escrita ou escrito, muito bem escrito, muitos chorarão ao ler. Penso que todo homem deveria escrever sua história, é tanto que estou escrevendo a minha. Na minha cabeça passou essa grande ideia, meus filhos, meus irmãos, meus amigos, milhares de pessoas ao redor do mundo já estão se deliciando com essa história. que eu dei o nome de:''UMA AVENTURA NAS TERRAS DO OURO'' O numero 34 me faz lembra muitas coisas, lembra daquela legião de amigos companheiros de trabalho, que  tive o prazer de conviver com eles por mais de 15 anos, pessoas que dividiam comigo , suas alegrias e suas angustias, muitos iam se perdendo no decorre dessa jornada, ou que eram mandados embora outros que pediam a conta, e ainda outros que morriam. Momentos assim: quanto você tirou de premio? tirei tanto e você.? Tinha o Sr Vitório Castanaheda, um Italiano dos bons que comandava nossa turma de soldadores com muito bom humor sempre querendo sabe se estava tudo bem com agente, quando algum de nois chegava no trabalho com um pouco de ressaca, ele vinha saber se agente tinha condições de trabalho, alguns não tinham.   Atitude que era compreendida por nois, por que ele bebia também. Esse numero 34 já estava comigo quando na minha vida eu resolvi me casar. A Dilma era uma menina que eu tinha conhecido ela com 14 anos uma criança eu com 24, eu tinha namorado com ela, imagina eu com 24 anos não tinha experiência  nenhuma, não tinha namorado com ninguém, eu tinha 24 anos e ela foi a minha primeira namorada, o pai dela um homem rude, mineiro original, do norte de minas, cheio de preconceito contra o povo do nordeste, onde eu fui amarra meu jeguinho? mais essas coisas tem o dedo do destino, e eu embarquei. O primeiro namoro não deu certo, fiquei uns seis anos sem passar na frente da casa dela, depois passei a vê-la de relance na feira, fraguei ela olhando pra mim varias vezes, o pai dela tinha um bar que eu voltei a frequentar, a mãe dela começou a dar uma força ai não teve jeito o pai passou a fazer vista grossa e ai voltamos a namora, ficamos noivos e em 1977 no dia do meu aniversario nos casamos. Tivemos tires filhos lindos, dois homens e uma mulher, perfeitos e saudaves, pra mim o suficiente para ser feliz. Acho que a tal felicidade é isso. Falar no numero 34 mais uma vez esse numero era colocado em cada palmo de solda que eu fazia. o ''trinta e quatro'' por sinal a idade que eu casei, em 1977 eu tinha 34 anos de idade.Casei no dia que estava completando. Estou casado até hoje com a dona Dilma Ferreira Archanjo Lima. Tenho um grande sentimento: meus filhos por um descuido meu não carregaram o meu sobrenome.''Gois''gostaria muito de conserta isso. Fizemos um grande festa de casamento com muitos convidados, e foi na Catedral de São Miguel Paulista.Gostaria de registra aqui, num outro dia passando por lá perto da firma onde trabalhei no ultimo emprego , onde se deu tudo iss que contei nesse texto, tirei algumas fotos. Badoni-ATB.


Texto de Euflavio Gois Lima
em Junho 2013 em São Paulo.
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