sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O velho pé de Tamboríl

No alto da Veia Maria, tinha um velho ´pé de Tamboríl de mais de trezentos anos. Eu não tinha noção do que era uma arvore de mais de trezentos anos, que vontade de saber contar quantos anos de idade tem uma arvore, gostaria muito de saber exato quantos anos tem uma arvore daquela? só pra mim saber aquele Tamboríl pelo seu tamanho e copa devia ter pra mais de quatrocentos anos. Pois o bicho era muito grandioso. uma noite ninguém sabe como? ele pegou fogo, o Rege meu irmão me disse. Ele era habitado por muita espécies de outros vegetais ou não, o fato é que ele foi totalmente destruindo pelo fogo, deve ser alguém que pois fogo nele.  Bom essa arvore ficava bem em frente a nossa casa, via todos os nossos movimentos chegada, saída, as brigas, as cantigas de roda, as histórias de Trancoso que minha mãe contava, a briga do meu irmão com aquele homem vinte anos mais velho, a enchente do nosso rio as tropas chegando na rancharia ele  estava ali há anos, também arranchando ali como os tropeiros do sertão, que vinham carregados de carne de sol, o Seu Antonio balizeiro, de Baliza, aquele que já falei em outro texto. sim estava ali ha muitos e muitos anos eu sei. Tamboríl é uma madeira que é usada pra fazer gamelas, cochos, e outros ultencilios por ser uma madeira muito mole e sem cheiro, tem a folha muito pequeninas e dar uma fruta, mais essa fruta não é comestiva. agente brincava muito ali embaixo dela, quando chovia formava uma enchente. A casa da fazenda, dizem que era malassombrada, a  dona da fazenda era dona Maria, que agente chamava de veia Maria. só conhecemos o filho dela e cheguei a entrá na velha casa, essa casa era meio que suspensa do chão por uma expecies colunas de madeira e assoalho de jacarandá da Bahia e jequitibá, ao lado dessa casa tinha um jogo de barcaça, que não era usada a muito tempo, com cocho de fermentar cacau, mais a muito tempo não era usado. Essas barcaças servia de rancharia para os tropeiros, viajantes e andarilhos. Hoje esse cenário não existe mais, a velha fazenda foi ocupada pelas casas da Cidade, mais a nossa casa ainda está lá só que não é mais nossa, e nem o meu pé de laranjeira não existe mais. Muitas vezes eu tomava uma piza, também conhecida como surra da minha mãe e quando dava eu ia pra lá por alto da veia Maria para esquecer a dor. Quando chovia também agente ia pra lá pra escorregar, esquiar,  surfar no barro foi lá que eu aprendi a ser o que sou, forte, ligeiro, guerreiro e brasileiro. Muito preparado para a vida, um ''General'' Um Grande cassador  de tanajuras, tinha  muita saúva  por lá e quando formava chuva as tanajuras vinham a tona emergia como submarino no mar, e dai agente cassava elas, muita gente comia e ainda come, dizem que é muito bom petisco e dizem que é muito bom afrodisíaco, mais eu nunca comi. Menino sem limite, apesar de mãe muito rígida, as vezes saia sem avisar, quando via já era tarde, voltava contando muitas história espetaculares pra ver se, se livrava, as vezes dava certo. Com tantas coisas pra fazer , ainda tinha a escola pra ir, Cidade muito pequena todo mundo era conhecido da gente, era muito difícil fazer coisas erradas e coisa errada é uma delicia de fazer mais tinha as brigas de rua, era preciso brigar na porrada  se você  não mostrasse quem mandava, você era mandado.    era mandado e ponto. Nisso também eu me dei bem. Parece que não, mais era muito importante aquele cenário ali perfeito com o velho pé de Tamboril ali soberano e solitário contemplando aquela cidade que ele viu nascer e crescer aos seus pés. também nunca mais vi outro da quele, mais aquele era o da minha infância. saudade que dar daquelas pessoas que assistiram minha infância. Já se foram todas. Mais ainda tem  a minha Professora Carmem Dias, que está bem viva, morando no mesmo lugar, na casa da mesma cor, verde que lindo achei, ano passado fui lá e a vi, me senti de novo aluno dela,  e assim  menino de novo.




                                                      FIM.


Euflavio



                                      



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