quarta-feira, 23 de abril de 2014

O Cara que só soube que era artista aos 65.

Sou um saudosista cronico, vivo agarrado em objetos antigos, como relógio, rádio, adoro carros antigos,  prédios, fachadas  moveis antigos., essas coisas me transportam e por isso recebo muitas criticas, em casa e fora, mais não ligo,. eu sou assim. Estive visitando um sitio onde vou expor uns trabalhos de arte, sim sou um escultor em madeira. Esse sitio pertenceu a familia dos Matarazzo, um local hoje bem centralizado, fica no centro do bairro de Ermelino Mtarazzo, Zona Leste, confesso que fiquei muito emocionado com a historia que o Danilo me contou sobre o patriarca Matarazzo. O Danilo que é um pesquisador, pesquisa sobre o patrimônio histórico abandonado da Zona Leste me contou que nos finais de semana eles vinham  para esse sitio em busca de descanso, me levou num ponto onde o velho Matarazzo ficava olhando sua fabrica, o sitio fica num alto com vista muito privilegiada, de lá sua vista  pode alcançar boa parte de Guarulhos. Enquanto andávamos pelas dependências do sitio ele ia me contando como era a rotina dessas visitas ao  sitio, falou que as crianças, os netos Andrea Matarazzo e Eduardo Supleci passeavam a cavalo nas proximidades, falou do sitio mirim onde eles tinham uma parte de terreno  grande entre a ferrovia Central do Brasil e o sitio que estou falando, que é onde vou montar a minha exposição. Tudo isso valoriza e muito o meu projeto de trabalho.  Vou  falar um pouco de um a peça que é a menina dos meus olhos, é ''Jesus Tupy'' Jesus crucificado, trabalho feito com dois galhos de nespra, fruta muito comum nos nossos quintais, essa escultura mede 70 centímetro de altura deve pesar 300 gramas, é um trabalho primoroso desses que não tem explicação, agente começa a fazer e  quando ver tá pronto. Com a intermediação do Danilo Morcelle essa peça será doada para o acervo da igreja de São Francisco, o que para mim é uma grande honra. Ter as minhas esculturas em exposição num local com tanta história não tem preço,   por isso estou convidando os melhores amigos para essa exposição, peço pra não pouparem as criticas, são elas que fazem eu me aperfeiçoar. Mas voltando aos Matarazzo, no momento que eu estava visitando aquelas dependências, parecia que eu estava sendo abençoado, por uma das famílias mais importante de São Paulo ou do Brasil. eu um caboclo semianalfabeto quase sem origem como quase todos os brasileiros, um pouco diferente, por que num certo momento resolveu mudar os rumos da sua vida, pelos caminhos da saber e assim tinha chegado até a Universidade. Eu que tinha chegado em São Paulo em 1961, amarelo, franzino, feio e muito pobre, ali no sitio antes dos Matarazzo pronto para mostra minha arte, uma arte robusta, vigorosa e muito bonita. Obrigado família Matarazzo por ceder seu sitio ´para mim, esse nordestino valente que como vocês lutou muito e ainda esta lutando pra escrever o seu nome na história da arte. Eu que na infância tinha sido menino muito ativo, briguento nas ruas, na beira do rio Almada, um campeão de natação, nadava nas correnteza do Almada cheio com os outros da minha idade, eu que em São Paulo fui ser metalúrgico,  que por 20 anos fui um soldador elétrico, um ótimo soldador especializado em solda mig.  Tinha sido um funcionário publico por dez anos, hoje frequentando o seleto mundo das artes. Na minha arte carrego o nome assim: euflaviomadeirart. Não faço arte por dinheiro e sim por amor, e porque preciso fazer, é um jeito de tornar minha vida um pouco melhor e estou conseguindo, estou apostando muitas fixas nessa exposição e que Deus me ajude e me der muito mais inspiração.

segue essa história. no próximo capitulo 

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