quarta-feira, 6 de junho de 2012

Meus Carnavais.

Capitulo VIII

Os Carnavais eram maravilhosos naquele tempo, muito animado pela manhã, os fazendeiros liderados pela família de João Vital dominavam. Era uma verdadeira mostra de poder: os meninos de João Vital, cada um com seu animal bem cuidado, e muito bem arreado, suas cruvelanas brilhando, prateadas esporas devidamente polidas, alguns com chapéu de cowboy. Cavalos e mulas espetaculares passeavam nas ruas do centro da cidade sem tomarem conhecimento dos problemas do cotidiano, cada um com seus problema.
No calçamentos de pedras as ferraduras eram quem dava o ritmo da festa. Era uma festa para os nossos olhos, era tantas cenas cinematográficas que agente não resistia, começava a imita-los, montados em cavalinhos de cabo de vassoura, os filhas de jirú, netas de João Vital, quando os homens desciam dos cavalos elas montavam e saiam a galopar. Muito sangue no olho eu lembro. Ano passado encontrei um delas: A Eponina muito bonita ainda apesar de ter passado 50 anos. Maravilhosa essa vida passageira.
O Periquito era dos mais izibido  do grupo, neto de João Vital., gostava de mulas, ou burros grandes marchador. Tudo isso fazia agente amar aquela Coaraci dos anos 50. Nos as crianças aquelas que já saiam sozinhas, iam ver o carnaval, novidade muito bonita pra nos que estávamos  chegando, chegando no mundo,
todos pra praça onde era a parada, estava ali O Elite Bar, onde se concentravam todos, para tomar Cerveja
porque ninguém é de ferro. Ali bem depois da ponte estava a rua de campo, o lugar mais preferido pelos homens da cidade ou não,. Menino e mulher não podiam passar por aquela rua, era proibido por lei.
A Rua do Campo ficava bem povoada nesses quatro dias de carnaval, de dia e também de noite é claro.
A casa de Roxinha era disparada a mais disputada pela moçada digo rapaziada da boêmia coaraciênce.
Roxinha, era uma rapariga dona do brega mais procurado da cidade, bom eu era muito menino ainda não frequentava o brega por isso não saberia falar da roxinha só sei que ela era considerada até pelas mulheres da sociedade local. Por ser uma das pioneiras, primeira a chegar pelas aquelas bandas, uma terra esquecida.
Mais na Rua do Campo tinha outros bregas também muito bom. Tinha a metade da rua que era dos pobres,
Tinha também na Rua famoso Hotel de dona Cindú e também a Pensão de Maria Anita.''A Vascaina''.
Maria Anita era uma vascaína histórica em Coaraci ela era uma mulher Retada lembro muito bem dela, quando era dia de jogo do Vasco ela ficava enlouquecida, ninguém pagava nada na sua pensão. Eu o admirava muito, veio pra São Paulo já no fim da vida, cheguei a ver-la mais não falei com ela. Saudades.
Mais vamos ver o carnaval, chegava a tarde os cavaleiros guardavam seus cavalos, assim como agente gurda uma roupa pra vestir no outro dia é os solteiros iam pra o brega, pra casa de Roxinha ou de outra, os solteiros eram livres muitos ficavam morando por lá, como hoje tinha muitos jovens que não queria nada, só queria era viver.

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