domingo, 31 de julho de 2022




                                                                                                                                                  

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Estradas Reais. 187,188,189, 190 191 192, 193, 194.

 Um pouco mais de Anália Franco


          Cadê os Padres? cadê as pessoas de bom coração? Pois é! Os Famosos Barões do Café e suas lindas Esposas faziam isso. Aqueles Negrinhos e Negrinhas não tinham nenhum valor comercial. Lembro do Barão do Itapetininga, Barão do Ladário que viraram nomes de Ruas importantes, Barão do Rio Branco, Barão do Raio que o parta... Será que fizeram isso?  há como hoje eles negaria tudo, faríamos também, porque não somos melhores do que aquelas gentes de 1800, 1750. C Aquela gente só estava vivendo o seus tempo, o que era costumeiro fazer. Relembrando que tinha lido a algum tempo sobre essa magnifica mulher ''DIFERENTE'' de um coração limpo, bondoso, mulher linda andando e resgatando Negrinhos abandonados a própria sorte, que por sinal era tão pouca a sorte... Ela era odiada pelos Padres e Pastores que por sinal eram poucos, não tinham com o Diabo. Não tinham. Odiado por  ser Espirita, praticava o Espiritismo. Se tornara Escritora, escreveu dois Romances, e criou uma  Revistas, foi Poetisa, em São Paulo recebeu apoio dos Abolicionistas e Republicanos, sem nenhum tostão comprou  uma fazenda de  75 Alqueire de terra, mata Atlântica e capoeira sem fim no distrito de Vila Formosa, um sitio, uma Chácara. Acredito que ela tenha adquirido essas terras do Padre Diogo Antônio Feijó. ''O Regente Feijó'' que vivia solitário no  casarão junto a senzala e  Anália Franco transformou tudo num ''Paraíso Verdadeiro'' e entrou pra dentro com os seus  seguidores, colaboradores e transformou tudo em plantações para abastecer suas lojas que já eram duas, o seu grupo de seguidores e seguidoras, já contava no momento de fundar essa Associação com vinte mulheres. Em 1901 fundou no Largo do Arouche  a ''Associação Feminina Beneficente e Instrutiva'' no dia 17 de novembro de 1901. Teve um momento na vida dessa brava mulher, que ela pegou os seus alunos, Negrinhos e Negrinhas mais de trina e foram pra Rua pedir esmola pessoalmente, Numa festa de Igreja todos olharam torto. Para alimentar seus negrinhos. Em 1903 passou a publicar uma revista 'Á voz Maternal'' com uma tiragem de 6.000 exemplares, impressos em oficinas própria. 


                                                                                                                                         pg.187.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais. 



Mantinha Escolas Reunidas na Capital e Escolas Isoladas no Interior. Fundou ali no no sitio Anália Franco ''Colônia Regeneradora D. Romualdo''A obra toda constitui  em 71 Escolas, 2 Albergues, 1 Colônia Asilos , 23 Asilos para crianças órfãs, 1 Banda de Musica Feminina, 1 Orquestra, 1 Grupo Dramático, Oficinas, de Manufaturas de chapéus, Flores, em 24 cidades do Interior e Capital. Essa Gigante morreu em 20/01/1919 em São Paulo. E as meninas de hoje só conseguem gostar de Gatos. Me levantei e fui embora pra casa, cheguei em casa estavam todos me procurando em todo lugar, mais cheguei em casa de alma lavada e enxaguada. São Paulo era em pequena cidade, importante só pelo Café produzido e Exportado para Europa e Estados Unidos.  

 

                                         ''O SINO'' 

                                Não sou fácil 

                                Não sou 

                                Sou teimoso

                                Sou pra frente

                                Sou da terra quente

                                Eu sou é gente.


                               Sou renitente 

                               Sou linha de frente

                               Na paz sou bandeira branca

                               Na guerra sou casamata

                               Sou trincheira

                               Na Igreja sou o Sino.


                                        Fim.     E. Gois. 



                                                                                                                                          PG.188.

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Estradas Reais .

Livro Revista.

                                                                                                          

             Com meia dúzia de Barões do Café, de um lado, do outro lado centenas de flagelados: Índios e Negros escravos, alguns Nordestinos fugindo da seca, da Guerra dos Canudos e chegando aqui a pé tentar a sorte nas colheitas do Café e no corte da Cana de Açúcar. ficavam onde hoje é o Museu do Imigrante esperando que agentes de Fazendeiros do interior vinhecem escolher-los para levar para o trabalho na lavoura, ocupar o lugar vagos que os ''escravos'' tinham deixado'' se acotovelavam com os Italianos que chegavam aos montes no Brasil. No inicio do século dezenove 19. Pronto falei. Chegado os anos 60 eu só pensava em vim pra São Paulo para trabalhar, ganhar meu dinheiro para gastar, comprar roupas, fumar cigarros fino e beber bebidas boas era o que eu pensava. Eu tinha um cabrito crescendo rápido na Fazenda do Sr Zacarias Bonina que ia ser a minha passagem assim estava escrito. Eu continuava trabalhando como aprendiz de sapateiro sem ganhar nada, mais interessado em ser um sapateiro de Luiz XV. sempre sonhei alto. Estava prestes a largar tudo: Minha Mãe com meus irmão e amigos, iam ficar sem mim em breve pois eu tinha um sonho que não podia esperar. E assim foi. Em 61 larguei tudo e vim sem nada, sem documentos que era o principal não podia ser esquecido de tirar esquecemos isso foi uma derrota eu lembro. Conseguimos as duras penas tirar todos aqui, agora com todos os documentos eu estava pronto para me F durante quarenta anos sem respirar, só na primeira empresa me roubaram um ano de registro em carteira, me enrolaram um ano.  Com um ano em São Paulo eu já estava sabadinho, chegou minha Mãe e todos os meus irmãos pequenos, recebi eles com o coração aos pulos de alegria. Dai pra frente eu só fui feliz, eu achava sempre que já tinha mais do que precisava para viver. E eu acho que tinha, fomos ensinado a pensar pequeno. É : A comida nossa era a de sempre como estar escrito: Ovo frito, ou uma sardinha, frita ou ensopada com tomate. Uma sardinha salvadora, de vez em quando um bifinho de carne se segunda. E trabalhar ou ficar desempregado, nada de lazer, o lazer é cachaça, a cachaça já foi inventada pra isso, pra suprir a falta de alegria na vida do pinhão de fabrica.



                                                                                                                                           pg.189.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Estradas Reais. 




Na vida do pobre que toma chuva e Sol o dia todo na roça sua ou dos outros, a noite comer uma banana verde cozida. Agente até ia no samba, no forro, ouvia musica, ia na praia, mais tudo movido a cachaça. Também ia na boca do lixo, afogar as mágoas, digo o garçom kkk. Lembrar que tudo ou quase tudo que escrevi sobre essa mulher extraordinária é dedução, fruto do que eu li, e deduzir e concluir. 




                                                                                                                                                         













                                                                                                                                             pg.190.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------   Estradas Reais 233, 234, 235, 236. O CAIXEIRO VIAJANTE

Livro Revista.



             Tínhamos um vizinho na Bahia, um homem muito rico dono de varias fazendas de gado e de cacau, por boa parte do Estado da Bahia, na década de cinquenta  o Brasil era coberto de uma figura que acho que não temos mais: O Caixeiro Viajante.  Esses homens geralmente  bem vestidos 99% brancos de boa aparência cruzavam o Brasil de Norte a Sul de Leste a Oeste. Eram representantes, vendedores de tudo que se possa imaginar. Mais tinha um que destaco que era os retratistas, que se destacavam por baterem palmas em todas as casas, para vender os retratos das pessoas. Na quele tempo você chegava em uma casa e lá na parede bem na sua frente o retrato dos chefes da  casa bem colorido. Meu pai e minha mãe não escaparam dessa moda. O senhor Virgilio O fazendeiro Crente fervoroso e eu fomos vitima desses famigerados Caixeiros Viajantes. Rapaz ido de São Paulo vendeu um retrato pra o Senhor Virgilio. Um mês depois ou uns 40 dias chega o homem com a preciosa entrega, bateu de novo palmas e não saia ninguém. Depois de horas nos procurou para saber informação, minha mãe falou que esse pessoal que era crente, e nos não gostava de crentes, falou que eles estavam na roça, a roça deles era na serra da palha. O que faz o que não faz, minha mãe ofereceu eu pra ir levar o homem lá na serra da palha onde era o roça do homem. o Senhor Virgílio. ''Eu no alto dos meus 09 ou 10 anos de idade '' lá me vou com esse desconhecido total no meio da queles matos e lamas e cobras e se vacilar até onça pintada. Não sei como mais eu sabia aonde era a fazenda. Vamos lá eu e o homem calcado de sapatos naquele lamaçal sobe serra e desse serra chegamos na porteira da fazenda, chamamos  e lá vem alguém, conversaram e acho que o homem fez a entrega do retrato e tomamos um pouco de agua. e voltamos pelo mesmo caminho. Pensei que o homem o tal Caixeiro Viajante ia me dar uns dez contos, que nada! não deu nada. Foi embora ou veio embora pra outra entrega e eu fiquei chupando o dedo Esses Caixeiros Viajantes pularam o século Dezoito.


                                                                                                                                  pg.191.

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          É dezenove e vinheram  pará no nosso século, antes eles eram chamados de Mascates, vendiam de um tudo, eram dominados pelos Árabes, pelos Libaneses. No Norte e Nordeste ele se alastraram como ramas de batata.   


                                                               Em volta de uma viagem

                                                              Me faltou toda a coragem 

                                                               Ao chegar em meu barracão

                                                           Encontrei as portas todas fechadas

                                                               Passei horas amarguradas 

                                                               Com minha pasta na mão


                                                             Numa Doze mais potente 

                                                              Avizinha estava ausente 

                                                           Ea noite foi que ela voltouuu

                                                         Para me entregar envergonhada

                                                               Com pena do meu estado 

                                                            As chaves que a outra deixou 


                                                             Abri a porta do meu barracão

                                                                    Meu infeliz coração batia

                                                            loucamente  sem parar.


Esse é um pedaço de uma letra que o meu pai cantava quando estava romântico e eu estou a homenagea-lo


                                                                                                                                              PG.192.

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Menino Rei Livro Revista.


                                                                   

                 Conta a história de um Caixeiro Viajante e a traição da sua amada, que fugiu com outro enquanto ele estava viajando. Voltado ao tema: O cacheiro viajante eram figuras muito bem vestidas na minha avaliação,  usavam óculos Raybam eu acho uma bonita Pasta Preta, se hospedavam em bons Hotéis, isso era a base para mim querer ser um dia um Caixeiro Viajante, ja tinha tirado da cabeça de ser Padre.kkk. Ter ido levar aquele um lá na Fazendo do, do Coronel Virgilio só me fez bem. Digo seu Virgilio. A figura do Caixeiro Viajante surgiram logo depois da Revolução Industrial quando começaram a aparecer as primeiras Industrias, os produtos tinham que ser demostrados nos quatro cantos do mundo. Venho de uma era sem The Beatles sem Rol Stone, sem Guerra de Vietnã. Curioso eu queria conhecer outros lugares. Vinha da escola do cinema, muita fantasia na cabeça, o Cinema Era a Minha Universidade eu queria ser Caixeiro Viajante, algo me dizia que só assim eu ia conhecer o mundo, vestir boas roupas, que um dia eu ia calcar sapatos, nunca conseguir chegar nem perto. Eu via poesia em tudo, vejo ainda, pensava que aquele homem que eu levei pelas aquelas estrada de tropeiros enlameada podia ter me dado uns trocados e não deu, justo eu que colocava todo mundo que fazia bondade comigo e morria eu colocava junto com as estrelas no céu, os que me davam doce. foi encantadora a minha infância mesmo pobre. O cinema me construiu, com os seus filmes espetaculares, '' O  Maior Espetáculo da Terra,'' e '' E O Vento Levou '' Os Dez Mandamentos'' Assim Caminha a Humanidade entre outros mil.  Ainda tinha dona Zefa charuteira, mulher  negra alfabetizada peça rara nos nossos tempos que sabia ler e escrever, tinha sido neta de escravizados, criada por fazendeiro que colocara na Escola. Era a Mãe do  Quina meu grande amigo de infância, ela parava de enrolar charutos para ler Romances de Cordéis para nos. conheci assim a história do ''Pavão Misterioso'' '' O Cachorro dos Mortos'' A Chegada de Lampião no Inferno''.  Assim foi a minha Infância, tudo isso enrigada a belas surras, bastava se interter e demorar a chegar em casa. A cidade de  Coaraci as duras penas tinha Luz elétrica, mais só as casas dos ricos possuíam. 


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                PG.193.                 

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Menino Rei Livro Revista. 





               As ruas só tinha calçamentos  a Rua Rui Barbosa e a Rua J J Siabra. Eu queria ser Caixeiro Viajante quase não chego a servente de Pedreiro e não cheguei ser. conquistei a função dentro da indústria de Ajudante Geral e exerci por bons oito ou nove anos, Hoje aposentado me descobrir ArtistaEscultor e Poeta. 











                                                                                                                                        PG. 194.                                                                                                                                           

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